O apresentador Fábio Porchat esteve no programa Luciana By Night, da RedeTV!, na noite da última terça-feira, 23 de abril, e abriu o jogo sobre sua saída da Record.
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“Toda vez que dou entrevista querem que eu fale mal da Record. Toda emissora tem problema, não é essa a questão. Achei que o programa estava bom, a crítica falando bem, o público gostando. Eu estava super feliz, mas pensei: ‘Será que o programa vai ter mais um ano de vida? Será que eu consigo mais 250 convidados interessantes com boas histórias?'”, afirmou.
“Eu já tinha entrevistado o Ronnie Von três vezes, a Ticiane Pinheiro, cinco. [Pensei] ‘Acho que agora é a hora de parar’. Foi uma decisão artística, totalmente consciente. Saí da Record de boa. Falei ‘não quero ter um programa com audiência, que falem bem, quero dizer eu gostei”, pondera.
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No bate-papo, Fábio Porchat falou sobre o humor na era do politicamente correto. “Não é ruim, ele te faz pensar. Muita gente fazia uma piada e, se alguém se ofendesse, dizia: ‘Ah, nem pensei na hora’. Não é muito ruim a gente falar uma coisa que a gente nem pensou? É melhor falar o que pensou. Em 2020 a pessoa quer lutar para fazer uma piada racista?”, questionou ele.
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“Não existe isso de que fazer humor está difícil. Acho que os tempos mudaram para todo mundo. Fazer publicidade está diferente, fazer jornalismo está diferente, fazer programa de televisão… Está tudo diferente, mas a gente tem que se adaptar”, continuou.
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Fábio ainda falou sobre a parceria com Tatá Werneck no programa Tudo Pela Audiência, no Multishow, entre 2014 e 2016. “A gente zoava, sacaneava e eu acho que a gente devia ter sido preso. Ela é genial, o máximo, rápida, ágil. A Tatá beijou o João Kléber de língua, cara!” Fazer o programa com ela foi sensacional”, comemorou.
O apresentador, que também é ator e está no ar na série Homens no canal Comedy Center, falou sobre o machismo. “Os homens não estão sabendo se posicionar no mundo de hoje. Todo homem é machista, eu também, claro. Lógico que não sou machista babaca que pega na bunda da mulher passando”, explicou ele, que deu um exemplo:
“Na estreia de ‘Jurassic Park’ eu ganhei uma máscara de dinossauro. Pensei em dar para o sobrinho de uma amiga minha e minha mulher falou: ‘Por que você não dá para a Nina, filha da Miá [Mello]? Ela vai amar’. Eu disse: ‘Não, isso é um brinquedo meio bruto, mais de menino’. Ela rebateu: ‘Por que é de menino?’. Respondi: ‘É, sei lá’. Realmente, fui machista”, revelou.