Fabíola Gadelha “não dá samba” na Record

08/03/2015 às 18h04

Por: Marcos Martins
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Fabíola Gadelha não dá samba

Fabíola Gadelha vira passista em quadro do programa “Hora do Faro” (Foto: Divulgação/ TV Record)

Para alcançar o almejado espaço na televisão, existe uma série de possibilidades. Talento? Imprescindível. Popularidade? É um gás. Competência? Desejável. Carisma? Não se compra na farmácia, mas é possível forçar a barra – e esse é o ponto em questão. Antiga candidata a vereadora em Manaus, no Amazonas, Fabíola Gadelha passou a ganhar destaque na área do jornalismo. Conhecida por entrevistar e bater de frente com criminosos, a jornalista deu os primeiros passos na função de repórter dentro da TV A Crítica, afiliada da Record na capital amazonense, e passou por enorme ascensão.

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Além de gravar reportagens e apresentar programas na retransmissora, a jornalista passou a colaborar com matérias para o Cidade Alerta desde 2013, e logo virou a “menina dos olhos” de Marcelo Rezende. No ano passado, Fabíola Gadelha foi convidada para apresentar o programa policial durante as férias do titular. No retorno de Rezende, a Rabo de Arraia foi oficializada como nova contratada da Record e ganhou de mãos beijadas a versão matutina do Balanço Geral Manhã, em São Paulo, fora as edições especiais do Cidade Alerta. Tudo isso sem lembrar o salário, que foi quadriplicado (de R$ 5 mil para R$ 20 mil, segundo informações que circularam na mídia).

Confira a despedida de Fabíola na afiliada:

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https://www.youtube.com/watch?v=v8TxWK1fJKs

A primeira edição do Balanço Geral SP, exibida de segunda a sexta, a partir das seis da manhã, teve a sua audiência derrubada após a manauara assumir no início de novembro. Vale lembrar que Fabíola, desde que ganhou status de estrela, sempre recebeu privilégios dentro da emissora. É difícil listar todas as participações em programas, reportagens especiais e outras medidas tomadas para “levantar” a popularidade dela. Para critério de comparação, o antigo apresentador do programa, Rodrigo Pagliani, sequer teve o seu nome divulgado nos programas da casa e ainda sim tirava “leite de pedra” recebendo da programação religiosa, isso na época em que César Filho despontava nas manhãs do SBT.

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Fabíola Gadelha desfila no “Programa da Sabrina” em participação especial (Foto: Divulgação)

Talvez um dos erros mais gritantes da Record foi o choque de personalidades. Fabíola Gadelha rompeu com o tom jornalístico padrão que era levado até o momento no BG Manhã, e trouxe um verdadeiro “circo” para frente das câmeras. O resultado afastou o público mais conservador e, consequentemente, diminuiu os índices. Os veículos de imprensa não perdoaram e veio à tona o desastre: todos os programas assumidos por Fabíola tiveram a audiência derrubada. Isso gerou inúmeros problemas e antagonismos dentro da própria emissora.

Na internet, como de costume, é possível notar grupos distintos. Há quem defenda a protegida de Rezende, mas a maioria cai em cima da apresentadora. Inclusive o comentarista Silvio Luiz, da RedeTV!, causou polêmica e chamou Fabíola de “gorda sem nexo”. Importante: o objetivo deste texto não é, em hipótese alguma, julgar determinado fenótipo ou questões estéticas. Isso não cabe a nós enquanto veículo de comunicação e, inclusive, condenamos qualquer tipo de preconceito. Mais atenção na hora de sair comentando nas redes sociais, leitores!

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O problema é que a maioria das críticas está relacionada ao perfil “desbocado” e caricato de Fabíola, algo que diminui a credibilidade dos programas em questão e também afasta o público mais exigente, algo que o próprio instituto de medição comprovou. Sim, é aceitável a espontaneidade na televisão (e temos ótimos exemplos como Notícias da Manhã, Jornal Hoje e Hora 1), mas existe tempo e limite para tudo – e este é excedido aqui.

Como paródia à situação, já dizia a música Mulher Que Não Dá Samba, do icônico Paulo Vanzolini: “Parece que vai tudo em santa paz, na base do mais ou menos. Um pouco mais menos do que mais, tão regular, sem reclamar. Porém não satisfaz”. Fica agora a expectativa de que a emissora “aberta ao novo” corrija erros como esse na programação e possa crescer ainda mais. O seu público agradecerá, Record.

Por Marcos Martins (Siga: @MarcosMartinsTV)

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Autor(a):

Jornalista apaixonado pelos meios de comunicação, em especial a TV. (TWITTER e INSTAGRAM: @marcosmartinstv)

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