O QUE ROLOU?!
Mais de R$10 M de dívidas: Fábrica nº1 de tênis tropeça em crise e tem falência devastadora em SP
16/04/2025 às 5h00

Após duas décadas, fábrica nº1 de um dos tênis mais amados entre crianças e adolescentes, o qual virou febre nas vitrines, teve fim devastador em meio à falência e dívidas
E uma fábrica nº1 no segmento de tênis, a qual já foi sinônimo de sucesso e calçou milhões de brasileiros durante 20 anos, não resistiu ao tropeçar em uma crise, a qual apagou seu brilho e a obrigou a decretar sua falência de forma devastadora no interior de São Paulo.
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Trata-se da saudosa Le Cheval, que marcou os anos 80 e 90 com seus tênis cobiçados, principalmente os modelos infantis que piscavam a cada passo, literalmente.
Conforme mencionamos acima, infelizmente ela fechou as portas em 1996, deixando para trás:
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- Dívidas em mais de R$ 10 milhões acumuladas;
- Processos judiciais;
- Centenas de funcionários sem indenização.
Agora, passados 23 anos, a Justiça finalmente deu início ao pagamento dos valores devidos, colocando um ponto final, ainda que tardio, em um dos capítulos mais melancólicos da indústria calçadista brasileira.

Neste contexto, a partir de informações coletadas através do G1 e Diário do Litoral, a equipe especializada em economia do TV Foco, traz abaixo todo o parâmetro desse colapso, o qual até hoje é lembrado por milhares de saudosistas da marca.
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Dos primeiros passos ao auge
Fundada no final da década de 1970 em Piracaia, interior de São Paulo, a Le Cheval nasceu como uma aposta nacional no mercado de tênis acessíveis, confortáveis e estilosos.
Com o tempo, os modelos ganharam espaço e se tornaram desejo de consumo de crianças e adolescentes.
Nos anos 80, o nome Le Cheval passou a ser sinônimo de inovação e diversão:
- Foi a primeira marca brasileira a lançar um calçado infantil com luzes que piscavam a cada pisada.
- O efeito luminoso virou febre nas escolas, parques e ruas: não era apenas um tênis, era um objeto de status para os pequenos.
- O sucesso de vendas consolidou a marca no mercado e manteve a fábrica de Piracaia a pleno vapor por quase duas décadas.

O passo em falso
Infelizmente, na metade dos anos 90, embriagada pelo sucesso, a Le Cheval decidiu dar um salto ainda maior e investiu na construção de uma nova fábrica em Goiás.
A decisão, no entanto, revelou-se precipitada, uma vez que a empresa não conseguiu suportar os altos custos dessa expansão.
Enquanto tentava reorganizar o caixa, a Le Cheval se viu no centro de uma batalha judicial contra a Adidas, que acusou a marca brasileira de copiar seus modelos e pediu uma indenização de R$ 2 milhões.
Ou seja, a combinação de dívidas, ações trabalhistas e o processo milionário tornou a recuperação impossível.
Fatalmente, em 1996, a empresa decretou sua falência e encerrou as atividades.
Assim, a fábrica de Piracaia, que já empregava cerca de 500 pessoas, silenciou de vez.
O fim da espera:
No entanto, esse encerramento abrupto das operações deixou um rastro de dívidas.
Durante mais de duas décadas, ex-funcionários, fornecedores e credores aguardaram uma solução que parecia distante.
Apenas em 2019, a Justiça iniciou o processo de leilão de imóveis, móveis e maquinário pertencentes à empresa e aos antigos sócios.
De acordo com a decisão judicial, as dívidas trabalhistas ficaram na lista de prioridade:
- R$ 7,6 milhões foram reservados aos ex-funcionários, os quais ficaram para receber 75% do valor que lhes era devido.
- Outros cinco credores, incluindo vítimas de acidentes de trabalho e o advogado da massa falida, tiveram que receber o valor integral devido.
A lista completa com os nomes dos beneficiados ficou fixada no Fórum de Piracaia, localizado na Rua Benedito Vieira Silva, 300, bairro Vista Alegre.
Qual foi o legado deixado pela Le Cheval?
A Le Cheval se despediu do mercado como tantas outras marcas nacionais que, mesmo queridas pelo público, não resistiram ao peso de decisões mal calculadas e a um mercado cada vez mais competitivo.
Da fábrica, sobraram apenas terrenos leiloados e galpões vazios.
Nas ruas, porém, o nome sobrevive nas conversas de quem viveu a infância calçando os modelos de cano alto, confortáveis e, principalmente, nos tênis que piscavam a cada passo, um verdadeiro show portátil que fez parte da vida de uma geração inteira.
Não foram encontradas manifestações dos antigos responsáveis pela fábrica, no entanto, o espaço segue em aberto, caso os mesmos queiram expor a sua versão dos fatos.
No entanto, a antiga fábrica, de fato, já consta como encerrada, conforme podem ver na imagem abaixo:

Conclusões:
A Le Cheval saiu das prateleiras, das fábricas e das ruas, mas nunca saiu da memória de quem cresceu calçando seus tênis brilhantes.
A marca encerrou sua trajetória no papel, mas sobrevive no imaginário afetivo de uma geração.
A Justiça agora encerra a última etapa, quitando o que restou da dívida.
Por fim, a história, enfim, se despede com as luzes definitivamente apagadas. Mas, para saber mais sobre essas histórias de falências, retomadas e muito mais, clique aqui*.
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.