Incrédulos
“Não preciso de Deus”: Vera Holtz, Fagundes e mais 3 globais são ateus e não tem medo de dizerem o porquê
23/07/2024 às 6h10
Artistas consagrados na TV Globo construíram fama sem acreditar em Deus e sem medo de expor que são ateus ao público
O Brasil já foi um país predominantemente católico no passado, hoje, é quase que inteiro evangélico. Verdade seja dita, o cristianismo é a crença predominante e ninguém chega ao ‘Pai’ senão através de Jesus. Mas, a liberdade religiosa é constitucional e cada um pode acreditar ou não naquilo que bem entender. O livre arbítrio e direito de expressão é de todos, tal qual o direito de famosos consagrados tiveram ao revelarem, através de falas, que não acreditavam em um ser superior. Fagundes foi um dos que se denominou ateu.
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Desde Antonio Fagundes, Vera Holtz, foram mais 3 globais que fizeram questão de deixarem claro que não creem em Deus, ou seja, são ateus convictos. Eles garantem que não precisam de alguém acima deles para serem quem são. Autossuficientes e confiantes, estes artistas foram corajosos e deixaram muitos fãs boquiabertos com suas falas inteligentes e sinceras, independente se o público os julgaria ou não.
Polêmicas à parte, o importante é sempre respeitar todas as religiões e crenças, pois elas têm o poder de fazerem aquela pessoa em si, um ser único e independente, se sentir bem consigo mesmo, seja na promessa do paraíso, vida eterna, reencarnação ou qualquer outro rumo que crer. Para o ator Antonio Fagundes, sua falta de fé no Criador, se torna uma incessante busca por ela através da leitura.
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“Sou agnóstico, o mesmo que um ateu preguiçoso.”, disparou Antonio Fagundes, em 2016, em conversa com o jornal Extra. “Não penso em Deus, acho difícil de acreditar. Como é só uma questão de fé, não dá nem para falar sobre”, afirmou o consagrado ex-global. “Acredito, sim, no homem ético, naquele que quer se colocar bem diante do próximo. Mas não preciso de Deus para isso.”, cravou o veterano ateu.
O que mais surpreendeu, é que Antonio Fagundes, apesar a descrença em Deus, se interessa pela fé, mas como uma espécie de estudo e conhecimento: “Talvez eu tenha lido mais a Bíblia do que muito religioso por aí. Umas cinco ou seis vezes. Eu a li inteira. Já anotei, inclusive. Tem coisas muito interessantes.”, anunciou o ator, acrescentando: “Mas também já li Alcorão, Alan Kardec, Mitologia Grega”, numerou o ex-galã de novelas da Globo.
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Naquele mesmo ano, em 2016, a atriz Vera Holtz, um sucesso nas redes sociais com suas fotos mirabolantes, também concedeu entrevista ao jornal Extra. A famosa que fez fama em novelas da Globo, fez uma revelação surpreendente: “Eu tive formação católica, mas fui em busca de outros rumos, fiquei meio andarilha na vida. Acho que todas as religiões exigem uma prática diária, semanal ou mensal”, iniciou ela em sua explicação pública.
“Como não tenho muita rotina na vida, não consigo me dedicar a uma (religião). Minhas irmãs continuam católicas praticantes, mas eu já não consigo acreditar naquele Deus que me apresentaram: semelhante ao homem, mas com superpoderes. Super-heróis, para mim, só os da Marvel, de que sou fã”, escancarou Vera Holtz, dizendo nas entrelinhas que, apesar da vivência religiosa, não consegue acreditar em Deus, deixando nas entrelinhas suas convicções propensas ao ateísmo.
Em 2012, a atriz Alinne Moraes foi mais uma global que chocou o público ao falar, sem papas na língua, através de uma entrevista coletiva, seu posicionamento final no que realmente acredita, tal qual fez Fagundes: “[…] Sinto que devo me posicionar. As pessoas te cobram, querem que você acredite em alguma coisa. Eu acredito em mim, tenho fé em mim. Eu sou meu próprio Deus. Sou escrava da minha própria criação”, disparou sem dó aos jornalistas durante a coletiva oficial da série “Como Aproveitar o Fim do Mundo”, de acordo com informações publicadas pelo jornal ‘O Globo’.
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A grande maioria dos fãs que acompanham a vida e carreira da atriz Andréa Beltrão, sabem que ela é ateia convicta. Em conversa com a renomada revista Marie Claire, a artista foi perguntada no que ela se apegava em momentos duros da vida: “Em nada. Não acredito em nada. Só em mim e nas pessoas que amo. Se estou passando por um momento difícil, ouço uma música, choro, e só.”, escancarou a atriz, que teve a mesma coragem da colega Vera Holtz.
“Fé, para mim, é sinônimo de esperança. É um pensamento firme de ‘tem que dar certo’. E se não der, não deu. Não foi Deus que quis.”, expôs Andréa Beltrão, revelando um momento difícil de sua vida: “Quando meu irmão morreu, até pensei: ‘Poxa, se eu acreditasse em alguma coisa, seria mais fácil superar essa dor'”, relembrou ela em relação ao irmão que faleceu devido um aneurisma cerebral, aos 19 anos, isto quando a famosa atriz global tinha apenas 15 anos.
Por fim, acreditem se quiser, mas o grande Dr. Dráuzio Varella também deixou clara sua descrença em Deus sem medo de julgamentos: “Sou ateu e mereço o mesmo respeito que tenho pelos religiosos.”, iniciou ele. “Os religiosos que têm dificuldade para entender como alguém pode discordar de sua cosmovisão, devem pensar que eles também são ateus quando confrontados com crenças alheias.”, ponderou o famoso médico em texto sobre o assunto de intolerância religiosa, isto através de seu site oficial.
“Na realidade, a religião do próximo não passa de um amontoado de falsidades e superstições. Não é o que pensa o evangélico na encruzilhada, quando vê as velas e o galo preto? Ou o judeu quando encontra um católico ajoelhado aos pés da virgem imaculada que teria dado à luz ao filho do Senhor? Ou o politeísta, ao ouvir que não há milhares, mas um único Deus?”, questionou o Dr. Dráuzio Varella aos seus leitores, sem receio de ser incisivo.
“Quantas tragédias foram desencadeadas pela intolerância dos que não admitem princípios religiosos diferentes dos seus? Quantos acusados de hereges ou infiéis perderam a vida? O ateu desperta a ira dos fanáticos, porque aceitá-lo como ser pensante obriga-os a questionar suas próprias convicções”, analisou o Dr. Dráuzio Varella com maestria, destrinchando o assunto de intolerância religiosa no ano de 2012.
Autor(a):
Gustavo Melo
Apreciador da cultura pop das décadas passadas e muito antenado no mundo atual das celebridades. Sou também um Cinéfilo crítico, colecionador de filmes, livros e discos de vinil. E assumo que foi Chespirito (Roberto Bolaños) quem formou meu caráter e bom humor. Email: [email protected]