Falacaminhamão – Por Arthur Vivaqua
10/09/2012 às 20h08
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Sinceridade.
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Essa talvez tenha sido a palavra chave da estreia do Programa da Tarde.
Há pessoas sinceras por trás dele.
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Que erram, é claro.
Mas que querem dar certo. Ou, se preciso for, fazer dar certo.
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A (bonita!) bancada de vidro trouxe duas boas novas:
Britto Jr voltou a ser… Britto Jr!
Dinâmico, sorridente e feliz, ao contrário do que víamos em A Fazenda.
Ana Hickmann viu-se livre para ser… Ana Hickmann!
Emotiva, simpática, feliz. (grifem esta última palavra, ela é importante)
Britto e Ana voltaram de onde nunca deveriam ter saído: a companhia um do outro.
A estreia (elaborada às pressas, segundo os padrões da TV) beirou o “impecável”.
Pautas criativas, comoventes e (perdoem-me pela repetição) sinceras.
A começar pelo Babado Fashion, fórmula batida, mas (gostemos nós, “intelectuais”, ou não) consagrada.
Foi possível perceber a falta de um “algo a mais”, mas não consegui identificar um “algo a menos”.
O Programa da Tarde tem o DNA da Record.
E é disso que a Emissora precisava!
Não é preciso haver Logo na tela para saber onde estamos.
Com o tempo, esta característica pode tornar o Programa da Tarde o mais novo Hoje em Dia da Emissora, ou seja, algo que tenha a sua “cara”.
A inspiração do PDT é clara: O antigo Tudo a Ver, maravilhoso Programa apresentado por Paulo Henrique Amorim (outro que atualmente está aprisionado) e uma série de colaboradores.
Anos depois, uma Record maior produziu um Programa maior.
Foi feita uma salada que não causará indigestão aos telespectadores, justamente porque estes serão cativos.
Quem não gosta da Record não assistirá o Programa da Tarde, pois este possui o aroma da Emissora.
Mas quem gosta, voltará a assisti-la e este é o objetivo.
Antes de conquistar telespectadores novos, a Record precisa recuperar os antigos.
E nada como uma boa dose de sinceridade para fisgá-los de volta…
***
A visita a Shaolin serve de analogia perfeita para o Programa:
Disposto a apostar no drama, mas não a explorá-lo.
O rosto de Shaolim não foi mostrado. A família de Shaolim não foi provocada.
E mais: Além de visitado, ele foi beneficiado.
Como chamar de exploração a doação de um equipamento revolucionário?
Como chamar de exploração a alegria demonstrada por Shaolim ao sentir-se “ativo” novamente?
Quem não conhece o Amor vive chamando-o de outro nome.
***
À massacrada pela Mídia, o destaque:
Ana Hickmann desceu de um pedestal no qual foi inocentemente colocada.
Mostrou que é humana, apesar do rosto de boneca.
Chorou, caminhou, brincou, riu…
Foi sincera.
Claro, ainda há um longo caminho a ser percorrido.
Sim, apenas um dia não faz um Programa.
Mas numa TV que joga suas tardes à naftalina, foi bom demais ver um “ao vivo” colorir a tela!
***
Para terminar, uma brincadeirinha:
Imaginem os críticos perguntando:
– Será possível unir entretenimento e emoção?
Britto e Ana, possivelmente inspirados por Nicole Bahls, poderiam responder:
– Ah, falacaminhamão!
Twitter: @ArthurVivaqua
E-Mail: [email protected]