Falência decretada 2 vezes: O triste dia em que gigante do varejo acabou chegando ao fim após crise feia

Grande varejista famosa em todo o Brasil, teve falência decretada duas vezes e acabou chegando ao fim após crise feia

Sabemos que com a atual situação financeira e econômica em que se encontra o Brasil e o mundo, grandes empresas e lojas estão enfrentando uma enorme crise, fazendo demissão em massa, e até mesmo decretando falência.

Contudo, se engana quem pensa que esta situação é um caso específico de 2023. Para quem não sabe, outras grandes empresas do passado também já se afundaram após crise feia.

Como, por exemplo, o caso de uma gigante do varejo, que acabou tendo sua falência decretada duas vezes, e acabou chegando ao fim.

Qual gigante do varejo decretou falência duas vezes?

Para melhor entender, estamos falando da Lojas Arapuã foi uma rede de lojas de varejo fundada em Lins, interior de São Paulo, pelo descendente de libaneses Jorge Wilson Simeira Jacob.

A grande comercializava, dentre os seus produtos, essencialmente eletroeletrônicos e chegou a ter 265 pontos de venda pelo Brasil.

A rede de Lojas foi fundada em 1957, e no ano de 1971, a empresa já gerava recursos suficientes para iniciar uma fase de diversificação dos negócios através de novos investimentos e da aquisição de empresas existentes.

Já na década de 80, a grande varejista, um dos fundadores Simeira Jacob, viajou para os Estados Unidos com um grupo de executivos, e depois voltou convencido de que era preciso mudar o foco dos negócios.

Nessa época, de uma vez só, a rede fechou 120 lojas.  Já no ano de 1998, além dos eletrônicos, a empresa e passou a vender móveis, utensílios para o lar como faqueiros, relógios e até brinquedos numa tentativa de reverter o baixo desempenho das vendas.

Contudo, nem tudo funcionou da maneira como eles esperavam, pois a empresa contraiu uma dívida milionária, e logo, em 2 de junho de 1998, empresa pediu concordata e foi decretada no dia 22 do mesmo mês.

Já em 2002, a gigante do varejo fechou lojas e demitiu funcionários, e a dívida já chegava a um bilhão. Porem, a empresa não cumpriu integralmente o acordo correndo o risco da Justiça decretar a falência, pois a empresa estava com três parcelas vencidas das concordatas.

❮❯

E foi em julho de 2022, que a Justiça determinou em primeira instância decretar a falência da Arapuã, justamente por descumprimento da concordata.

Mas, com muita luta, a empresa reverteu a situação  em segunda instância no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Passado algum tempo, já em 2009, duas empresas credoras que pediam a decretação da falência da empresa, e assim,  Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou o recurso dando a oportunidade de que a empresa tivesse seus bens utilizados para quitar dívidas.

Foi então no ano citado, que a Justiça confirmou a falência da Arapuã por descumprimento da concordata pedida em 1998. 

Já mais recentemente, no ano de 2020, uma nova decisão em 2020, o STJ fez com que o resultado do julgamento do TJ-SP fosse ilegal porque a Arapuã havia descumprido a concordata e já tinha a falência decretada.

E foi justamente assim, que os ministros do STJ decretaram a falência pela segunda vez por 4 votos a 1.

Atualmente, a família fundadora da varejista, após ter a rede com falência decretada duas vezes,  passou a investir em lojas de roupas populares em regiões periféricas de São Paulo e Belo Horizonte.

Inclusive, segundo as informações que foram apuradas, o nome Arapuã deve ser leiloado para pagar parte da dívida, mas, até agora, nenhuma proposta foi apresentada.