JÁ ERA!
Falência de 3 varejistas nº1, incluindo rival da Casas Bahia, deixa clientes sem chão
13/10/2024 às 9h20
Relembre o caso de 3 varejistas, incluindo rival da Casas Bahia que fizeram história no país mas que acabaram tendo um desfecho triste
Nunca antes a frase “não está fácil para ninguém!” fez tanto sentido como nos últimos anos. Até mesmo as grandes lojas, que pareciam imunes à crises financeiras, enfrentaram desafios como fechamento, falências e aquisição por concorrentes.
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Crises e seus impactos no mercado ao longo dos anos
Porém, tais situações não afetam apenas o mercado atual. Aliás, crises e cenários desafiadores sempre impactaram o setor, especialmente nas décadas de 80 e 90.
Naquela época, ao mesmo tempo que essas grandes lojas de departamento dominavam o consumo dos brasileiros, elas enfrentavam as mudanças econômicas, como:
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- A abertura do mercado;
- A estabilização da moeda;
- A defasagem com a chegada de novas concorrentes
Sendo assim, muitas dessas lojas deram adeus antes mesmo de conseguir contemplar a moeda estável, causando grandes impactos no comércio varejista.
Portanto, iremos relembrar 3 grandes varejistas, incluindo forte rival da Casas Bahia, que acabaram se despedindo de forma cruel, entre crises e falências, deixando os consumidores sem chão.
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1. Ducal
A Ducal, fundada na década de 50, era um dos grandes nomes da moda masculinas, tendo seu maior auge entre os anos 60 e 70.
Operando em 3 estados brasileiros, a loja era famosa por suas promoções, como a oferta de “duas calças”, na qual o cliente comprava um paletó e ganhava uma segunda calça por um preço reduzido.
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No entanto, apesar das promoções, a loja não possuía fama em ter alta qualidade.
De acordo com o portal Veja São Paulo, a última loja da Ducal foi fechada em 1986, após enfrentar grandes prejuízos devido à inflação.
Isso porque seu sistema de crédito, com parcelas fixas e sem correção monetária, foi severamente impactado.
A Ducal chegou a se unir à rede mineira Bemoreira em 1966, o que trouxe algum sucesso por um período.
Contudo, as mudanças no comportamento dos consumidores e a inflação acabaram levando a marca à decadência.
A última loja, localizada em Duque de Caxias (RJ), foi fechada em 1986.
2. Pirani
A Pirani, por sua vez, ganhou fama de “loja dos sonhos” no início dos anos 70, graças à sua decoração de Natal e à sua loja de cinco andares no Edifício Andraus.
De acordo com o portal Wiki, em 1972, um incêndio no prédio, causado por negligência técnica, destruiu a loja, resultando em indenizações significativas às vítimas.
Esse evento, somado à necessidade de compensar financeiramente as famílias afetadas, levou a empresa a declarar falência.
A restauração do edifício foi concluída em 1976, mas a marca Pirani entrou em processo de recuperação judicial.
Inclusive, o portal JusBrasil registrou o último status de recuperação da marca Pirani em janeiro de 2018
3. Ultralar
Fundada em 1956, a Ultralar fazia parte do grupo Ultragás e cresceu rapidamente, diversificando seus negócios.
A rede expandiu seus negócios, iniciando com a venda de fogões a gás e chegou a abrir um hipermercado, o Ultracenter, em São Paulo, mas acabou adquirido pelo Carrefour anos mais tarde.
No início da década de 90, o Grupo Ultra começou a desinvestir em áreas fora de seu negócio principal, que incluía a distribuição de gás e petroquímica.
O Grupo Susa Vendex comprou a Ultralar, que na época possuía 44 lojas. No entanto, as mudanças no mercado e a modernização da rede não evitaram sua falência.
A Justiça decretou a falência da Ultralar em maio de 2000, após a empresa enfrentar sérias dificuldades financeiras e não conseguir pagar uma dívida de R$ 148,2 mil, conforme noticiado pelo Diário do Grande ABC.
Quando que a Ultralar foi vendida à Casas Bahia?
Pouco tempo antes, para evitar uma catástrofe ainda maior, a Ultralar chegou a entrar em negociação com o Ponto Frio (Atualmente chamado apenas de Ponto) afim de vende-la, mas isso nunca se concretizou.
Porém, em meio a situação de falência e sem saída, a Ultralar acabou sendo vendida por completo à Casas Bahia que acabou engolindo TODOS os seus pontos de vendas.
Conclusões finais:
As varejistas Ducal, Pirani e Ultralar, que já foram símbolos de sucesso e prosperidade no Brasil, enfrentaram desafios que as levaram ao fim.
- A Ducal, apesar de ser pioneira na moda masculina, não resistiu à inflação e à mudança nos hábitos de consumo.
- A Pirani, após o trágico incêndio no Edifício Andraus, sucumbiu às pesadas indenizações.
- E a Ultralar, mesmo com uma trajetória diversificada, acabou vendida à Casas Bahia depois de anos de dificuldades financeiras.
Ao procurar as manifestações e notas oficiais do trio, as mesmas não foram encontradas, porém o espaço permanece aberto.
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.