Falência decretada pelo Banco Central e calote de R$ 300M: O fim devastador de banco n°1 de MG após 49 anos

Falência decretada pelo Banco Central e calote de R$ 300 milhões marcam o fim devastador do banco número um de Minas Gerais após 49 anos

O Banco Central decretou a falência de uma das instituições financeiras mais tradicionais de Minas Gerais, encerrando uma história de 49 anos com um desfecho marcado por um calote bilionário.

O banco, que já ocupou a liderança no estado, acumulou dívidas superiores a R$ 300 milhões e não conseguiu reverter a crise que se arrastava há anos.

O TV Foco, a partir do seu time de especialistas em finanças e das informações do Exame, detalha agora o motivo que levou o Banco Central a decretar falência do Banco Rural.

Falência do Banco Rural

O Banco Central do Brasil decretou, em 2 de agosto de 2013, a liquidação extrajudicial do Banco Rural S.A., sediado em Belo Horizonte.

A medida ocorreu devido ao comprometimento da situação econômico-financeira da instituição e à ausência de um plano viável para sua recuperação.

A decisão afetou também outras empresas do conglomerado, como o Banco Rural de Investimentos S.A., Banco Rural Mais S.A., Banco Simples S.A. e a Rural Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A.

Banco Rural

Na época, o Banco Rural possuía ativos totais de pouco mais de R$ 4 bilhões, mas apresentava um passivo descoberto de aproximadamente R$ 300 milhões.

Esses números evidenciavam a fragilidade financeira da instituição, que já vinha acumulando prejuízos nos anos anteriores.

Contudo, além dos problemas financeiros, o Banco Rural esteve envolvido no escândalo do mensalão, esquema de corrupção que marcou o cenário político brasileiro nos anos 2000.

Além disso, a instituição foi acusada de conceder empréstimos fraudulentos que facilitaram o desvio de recursos públicos.

Além disso, três ex-integrantes da cúpula do banco foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) devido ao envolvimento no esquema.

Situação financeira

A liquidação extrajudicial do Banco Rural trouxe à tona diversas questões financeiras pendentes. Entre elas, destacam-se:

• Dívida de aproximadamente R$ 380 milhões junto à Receita Federal, referente a tributos não pagos.
• Prejuízos acumulados de R$ 59 milhões em 2012 e mais R$ 10 milhões no primeiro trimestre de 2013.
• Passivo a descoberto de cerca de R$ 300 milhões, conforme mencionado anteriormente.

Clientes

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) atuou para proteger os correntistas, poupadores e investidores do Banco Rural.

O FGC é uma associação civil sem fins lucrativos que administra um mecanismo de proteção aos clientes de instituições financeiras, permitindo recuperar, até um limite máximo determinado, os depósitos ou créditos mantidos em caso de falência ou liquidação.

Em 21 de novembro de 2019, o Banco Central decretou o encerramento da liquidação extrajudicial do Banco Rural de Investimentos S.A., uma das empresas do conglomerado.

Por fim, essa medida marcou o fim de um longo processo de liquidação que se estendeu por mais de seis anos.

Qual é o maior banco do Brasil?

O Itaú Unibanco é o maior banco do Brasil em termos de ativos totais, com aproximadamente R$ 2,7 trilhões.

Além disso, formado pela fusão entre o Banco Itaú e o Unibanco em 2008, o Itaú Unibanco consolidou-se como a maior instituição financeira do país.

CONCLUSÃO 

Por fim, a falência do Banco Rural serve como um alerta sobre a importância da transparência e da solidez financeira nas instituições bancárias.

Contudo, a ausência de uma gestão responsável e o envolvimento em práticas ilícitas podem levar à perda de confiança dos clientes e do mercado, culminando em consequências drásticas como a liquidação da instituição.

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