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Falência de banco GIGANTE do país foi marcada por dívida milionária e desespero de clientes e novo desdobramento é exposto
E um gigantesco e importante banco brasileiro, apesar de ter tido sua falência decretada há anos, seu caso ainda está dando muito o que falar e agora a situação acaba de ganhar novos desdobramentos.
Estamos falando do famoso Banco Santos, fundado no fim da década de 80 e que faliu no ano de 2005, deixando uma dívida de um pouco mais de R$ 3 bilhões, em valores atualizados.
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1-Falência e desespero
Como mencionamos a falência do Banco Santos foi decretada especificamente em setembro do ano do ano de 2005, quase um ano após a ordem imediata do Banco Central (BC) em intervir e afastar Edemar Cid Ferreira e os demais administradores da gestão.
A 2ª Vara de Falências Paulistana foi responsável por decretar a falência do banco em 2005 e também promover o leilão de arte da massa falida, em setembro de 2020.
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Um fato ainda mais interessante é que, de acordo com o “Consulta Pública“, na época, o Banco Central (BC) bloqueou todos bens do banco e limitou os saques da poupança dos clientes ao descobrir o prejuízo milionário da instituição.
A situação causou um enorme sentimento de desespero nos correntistas que, com a situação, acabaram ficando no prejuízo. Conforme divulgado pelo Exame, mais de 20 mil depositantes individuais do banco ficaram com seus depósitos bloqueados.
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2- Prisão e Déficit
Segundo o TMA Brasil, inicialmente, em razão de operações casadas (crédito e investimento), o regulador viu um déficit patrimonial de R$ 700 milhões. Após averiguar as contas da instituição, o interventor encontrou um rombo de R$ 2,2 bilhões.
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Pouco depois da falência, o banqueiro Edemar Cid Ferreira, que controlava a instituição financeira, foi preso preventivamente sob a acusação de gestão fraudulenta.
Ele foi condenado em primeira instância, mas a sentença foi anulada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região no ano de 2015.
O Ministério Público recorreu e o tema voltou a virar pauta no Supremo Tribunal Federal (STF), após a anulação ter sido confirmada no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na época, o advogado do ex-banqueiro não comentou a situação.
Vale mencionar que no relatório da BDO*, divulgado em 2022, foi apurado um valor de R$ 854 milhões com relação ao Grupo Caoa, importante empresa do setor automobilístico.
*É uma das cinco maiores redes de contabilidade no mundo, prestando serviços para empresas de contabilidade pública, atendendo a clientes nacionais e internacionais em todo o mundo.
Em janeiro de 2021, a Adjud havia informado em Juízo que a dívida do Grupo Caoa com o Banco Santos seria de R$ 1,6 bilhão. Segundo a administradora judicial, a instituição financeira tentava cobrar o grupo e suas coligações há mais de 15 anos, sem sucesso.
3- Após a prisão
De acordo com o portal Terra, atualmente o ex-banqueiro perdeu toda sua fortuna e atualmente vive em um apartamento alugado em São Paulo.
Segundo o Estadão, a residência atual do ex-empresário, que já teve uma mansão milionária com vista para o Jóquei Clube, no Morumbi, é de cerca de 300 metros quadrados e fica na capital paulista.
Edemar alegou em março de 2023, que estudava os antigos processos judiciais para repensar a estratégia de defesa. O objetivo era reaver parte dos ativos bloqueados pela Justiça para pagar credores do Banco Santos:
“São aproximadamente R$ 12 bilhões que eu acredito que posso receber” – Afirmou ele na época
Mas qual é o atual cenário do Banco Santos?
De acordo com a Folha de S.Paulo, o Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou, no dia 14 de dezembro, o pagamento de uma dívida de R$ 120 milhões pelo Grupo Veríssimo ao Banco Santos.
Tal situação colocou de forma definitiva o fim de uma disputa de anos cuja qual travava o acerto de contas com os demais credores.
Agora, a esperança é que a Justiça finalmente autorize o leilão de cerca de R$ 500 milhões em créditos pendentes.
Vale destacar que há diversos bancos interessados no negócio. Na decisão, o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho impôs o parcelamento da dívida em 24 meses com juros de 1% ao mês.
No processo, ele menciona a existência de duas dívidas do Grupo Veríssimo, totalizando R$ 223 milhões sem encargos legais.
Cada uma delas se refere a um processo. Um deles envolve a J. Alves Veríssimo, com valor de R$ 115,5 milhões. O outro é da Verpar, de R$ 108,3 milhões.
Entendendo essa dívida
Essa dívida se refere a um contrato firmado em julho do ano de 2004 entre o Santos e uma empresa do Grupo Veríssimo que, inicialmente, ofereceu R$ 80 milhões para encerrar a discussão.
Após uma rodada de discussões, houve uma contraproposta de R$ 132 milhões. O magistrado pediu, então, que fossem ouvidos os credores, o banqueiro Edemar Cid Ferreira e o Ministério Público.
Uma parte dos credores apoiou a homologação do acordo, enquanto outra parte pediu revisão do valor e do prazo de pagamento. O ex-banqueiro vetou e pediu a suspensão do acordo.
O Ministério Público solicitou então revisão dos termos, mas não a suspensão do acordo, como queria Edemar.