O banco gigantesco que patrocinou o JN teve o adeus decretado após anos
Os bancos, sem sombra de dúvidas, são instituições financeiras essenciais na vida de todos. E por falar neles, um banco gigantesco, que patrocinou o JN, fechou às portas e deixou clientes na mão.
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Para quem não conhece, o Jornal Nacional, da Globo, é um dos grandes portais quando o assunto se trata da divulgação de marcas, afinal, o jornalístico é um dos carros-chefes de audiência da emissora. No último ano, aliás, os telespectadores foram surpreendidos com o patrocínio do Nubank, que custou R$ 110 milhões.
Mas, no passado, outra instituição patrocinou o principal jornal do Brasil. Nos anos 1970, o Banco Nacional marcou com uma vinheta e uma trilha que ficou na memória de todos. Mas, o adeus da companhia foi cruel e repleto de escândalos.
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O Nacional, originalmente Banco Nacional de Minas Gerais, foi uma instituição fundada pelo ex-governador de MG, José de Magalhães Pinto e seu irmão, Valdomiro de Magalhães Pinto.
Criado em 1944, o banco se destacou no início por características como a divulgação no JN e o pioneirismo em marketing esportivo, como é o caso do famoso patrocínio ao piloto Ayrton Senna. Mas, o que parecia perfeito acabou se afundando aos poucos.
No ano de 1969, a Globo lançou o primeiro jornal em rede ao Brasil, o JN. Para ele, o patrocínio foi do Banco Nacional. “Com o prestígio do Banco Nacional, e das empresas do Grupo Nacional, você vai assistir agora a uma emissão jornalística da Rede Globo”, anunciava um locutor antes do telejornal entrar no ar.
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A companhia deixou o Jornal Nacional anos mais tarde e outras instituições passaram a assumir o noticioso, como é o caso do Unibanco, Bradesco, HSBC, Crefisa e Itaú.
O que aconteceu com o Banco Nacional?
Todavia, em 1988, foi identificada a situação precária do Nacional. Na época, uma equipe foi contratada para reverter a situação, mas, o plano não funcionou. Assim, na primeira metade da década de 1990, a instituição sofreu uma intervenção do Banco Central do Brasil, por conta de sua insolvência.
Marcos Magalhães Pinto, então controlador da companhia, e mais 32 pessoas, sofreram fortes acusações de fraude. Assim, no ano de 2002, Marcos foi condenando em 28 anos de prisão. A pena foi reduzida para 12 anos em 2010.
Falido, os ativos do banco famoso foram adquiridos pelo Unibanco, hoje Itaú, e os passivos ficaram para o Banco Central. O processo, porém, não parece ter arranhado a marca, mesmo após ser eliminada pela do Unibanco.
“Quando a empresa fecha as portas, sua marca se deteriora porque ela perde a referência principal. Isso não acontece com o Banco Nacional, pois a marca ainda tem esta referência”, alegou um cliente da instituição.