Falência: Canal de TV aberta dura menos de 1 ano, faz demissão em massa e é obrigado a sair do ar às pressas

Importante canal de TV aberta, a Loading chegou ao fim após não resistir à falência e demitir mais de 60 funcionários

Grande aposta da TV aberta, o canal Loading saiu do ar com menos de um ano no ar após enfrentar falência. A emissora tinha a missão de resgatar parte dos clientes que ficaram ‘órfãos’ da MTV Brasil, mas nem o saudosismo foi capaz de manter a empresa de pé.

A estreia do canal ocorreu em 7 de dezembro de 2020, ocupando a frequência da extinta MTV Brasil (1990-2013). Sua programação era diversa e tinha foco em música, cultura pop e jogos, totalmente dedicada ao público jovem.

Logo na primeira semana, uma crise atingiu os bastidores da Loading. A empresa perdeu profissionais do programa “Metagaming” e do campeonato de LOL (League of Legends).

A debandada ocorreu com horas de diferença e os profissionais acusaram a emissora de censura. Eles também não concordavam com a linha editorial proposta pela empresa.

Loading teve apenas um ano de existência (Foto: Reprodução/Twitter)

CRISE E DEMISSÕES

Em maio de 2021, a Loading demitiu 60 funcionários de uma vez só e encerrou todas as transmissões ao vivo. A empresa sobreviveu um tempo apenas com reprises, antes de desligar seu sinal de uma vez.

Thiago Garcia, presidente da emissora, chegou a bloquear funcionários nas redes sociais após receber críticas pela forma que conduziu o canal. Ele também recebeu acusações de censurar conteúdos como na Ditadura Militar, de acordo com o portal Na Telinha.

COMO ERA A AUDIÊNCIA DA LOADING?

A Loading teve uma boa audiência em sua primeira semana no ar. De acordo com dados da Kantar Ibope, o canal cresceu 134% na audiência em seus primeiros sete dias na Região Metropolitana de São Paulo.

A maior contribuição de audiência foi entre o púbico jovem entre 25 e 34 anos, com altas na faixa entre 7h e 12h (com 173%) e 18h e 1h (com 132%).

Nos primeiros 45 dias no ar, o canal conseguiu números expressivos que superavam a Rede Brasil, Gazeta, Cultura, RedeTV! e Band. Os números, entretanto, começaram a despencar com o passar dos meses.

Emissora promoveu demissão em massa (Foto: Reprodução/Loading)