COMPILADO 2023!

Cerveja, chocolate amado, mercado e rival da Renner: Falência decretada de 6 marcas amadas em 2023

19/12/2023 às 6h30

Por: Lennita Lee
Algumas falências incluindo de mercado, loja rival da Renner e até marca de cerveja e chocolate  marcaram o ano de 2023 (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco)
Algumas falências incluindo de mercado, loja rival da Renner e até marca de cerveja e chocolate marcaram o ano de 2023 (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco)

Relembre 6 marcas amadas, de cerveja a rival da Renner, que acabaram tendo falência decretada no ano de 2023

Se tem uma coisa que ocorreu no ano de 2023, no ramo dos negócios, foram as temidas falências. Ao longo dos meses nos deparamos com inúmeros casos chocantes e que pegaram muitos de surpresa.

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Mesmo porque muitas dessas marcas, cujas quais muitas tiveram sua falência decretada na Justiça, são famosas e gigantes no setor varejista, o que acabou causando um choque imenso na maioria dos consumidores quando a situação veio à tona,

Sendo assim, relembre os  6 dos casos mais impactantes do ano, envolvendo uma marca rival da Renner, marca de cerveja, chocolate amado e muito mais.

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1- Marisa

No inicio de 2023, mais precisamente no primeiro semestre deste ano, a Marisa, principal rival da Renner, começou a enfrentar o seu pior pesadelo.

Ela que está presente nos principais shoppings do país, assim como tantas outras marcas, enfrentou pedidos de falência e uma série de situações conturbadas em meio a um cenário delicado e crítico.

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Segundo o portal Uol,  a Marisa enfrentou ao menos 10 ações de despejo relacionadas à inadimplência em contratos de aluguel.

Vale dizer que esses processos começaram a ser protocolados na Justiça desde  fevereiro de 2023, após a empresa admitir que não conseguiria honrar pagamentos.

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Lojas Marisa enfrenta uma crise financeira violenta (Foto Reprodução/Internet)

Lojas Marisa, amada pela maioria das mulheres, enfrenta uma crise financeira violenta (Foto Reprodução/Internet)

Conforme informações divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo, um desses casos foi registrado no dia 3 de maio, aonde consta a exigência do pagamento de R$ 413.113,32.

Já o montante total das ações referente aos aluguéis atrasados chegou na faixa de R$ 10,1 milhões.

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Em meio a esse caos, a Marisa chegou a divulgar uma nota afirmando que já renegociou contratos com diversos fornecedores, incluindo proprietários de imóveis.

A empresa ainda destacou que a maior parte dessas renegociações já haviam sido concluídas e que pretendia buscar um acordo amigável entre todos os credores.

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Se não bastasse tudo isso, a Marisa ainda enfrentou  exatos três pedidos de falência da empresa, partindo de credores, cujas dívidas somadas chegavam no valor de aproximadamente R$ 800 mil.

Ainda respira …

Por meio de comunicado, divulgado ainda em maio de 2023, a empresa afirmou que estava em “rota de ajuste”.

A Marisa ainda afirmou que possuia “números positivos na operação de varejo, notadamente na receita e margem bruta” e mostrou uma certa “resiliência” diante de cenário adverso.

Ela ainda atribuiu a sua crise a uma série de fatores como consumo enxuto dos clientes e ás importações ilegais da concorrência sem a devida tributações, as elevadas taxas de juros e restrições mais rígidas de capital de giro

Conforme as últimas apurações feitas, a Marisa informou realmente a recuperação judicial mas estruturou um plano para reduzir as dívidas e conseguir fugir da falência.

De acordo com o Metrópoles, no dia 23 de Agosto, a empresa confirmou a capitalização de R$ 30 milhões na financeira da companhia, a MPagamentos*

*Para saber mais sobre o assunto, clique aqui

2- Grupo Petrópolis

Se você ama cerveja já deve ter ouvido falar do Grupo Petrópolis, que é responsável pelas cervejas Crystal, Itaipava e Petra.

Pois é, apesar do dono ser um dos 70 bilionários do Brasil, com uma fortuna avaliada em R$ 12 bilhões, o grupo decretou recuperação judicial, também no primeiro semestre desse ano.

De acordo com o portal Diário do Comércio, essa situação se desencadeou após uma dívida milionária que o grupo contraiu no valor de R$ 4 bilhões.

O pedido foi deferido no dia 28 de março de 2023 o que impediu uma cobrança imediata de uma dívida de R$ 105 milhões, resultado de uma operação financeira que venceria, uma semana após do pedido.

A justiça ainda determinou a liberação de recursos da empresa junto aos bancos Santander, Daycoval, BMG e Sofisa e ao Fundo Siena, que somavam R$ 383 milhões. Com a tutela, os bancos não poderiam  reter o dinheiro presente nas contas da Cervejaria.

Grupo Petrópolis é dono de marcas amadas, como Itaipava e Petra (Reprodução: Internet)

Grupo Petrópolis é dono de marcas amadas, como Itaipava, Petra e mais (Reprodução: Internet)

Ainda de acordo com o Diário do Comércio, o  Grupo Petrópolis informou, na petição, que a dívida financeira e de mercado de capitais girava em torno de R$ 2 bilhões (48% da dívida).

Na petição apresentada na 5ª Vara Empresarial, a companhia afirmou que enfrentava uma redução de receitas há 18 meses.  Essa queda de vendas foi responsável por uma redução expressiva de 17% na receita.

Agora, conforme publicado pelo G1,  a dívida acumulada que estava na casa de 4,2 bilhões de reais, sendo que 48% desse montante era financeira e os 52% restante com os fornecedores, cresceu em mais de R$1 bilhão e alcançou os R$5,6 bilhões.

Em uma nota, divulgada em novembro deste ano, o Grupo Petrópolis disse que permitirá a adoção de medidas necessárias para a readequação do endividamento e da estrutura de capital da companhia, permitindo a retomada dos investimentos.

3- Chocolate Pan

A falência da icônica Pan, conhecida pelos cigarrinhos de chocolate, foi decretada em fevereiro de 2023, mais precisamente  no dia 27 de fevereiro  pela 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem de São Paulo.

Segundo o portal CNN, a empresa já estava em recuperação judicial desde o ano de 2021 e havia entrado com pedido de autofalência na Justiça, na 1ª RAJ (Região Administrativa Judiciária) do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), no dia 13 de fevereiro de 2023.

Chocolates Pan (Foto: Internet)

A marca precisou chegar a esse extremo após reconhecer a incapacidade de continuar operando e honrar as dívidas. Ainda segundo o portal a sua dívida chegava na casa dos R$ 300 milhões.

Apesar da Pan ter pedido um prazo de mais 90 dias  para tentar se recuperar, ela acabou não resistindo e sucumbiu de vez.

Com isso a administradora judicial deu inicio ao encerramento definitivo da fábrica e seguiu vendendo os ativos restantes para conseguir pagar os credores.

Segundo o que a própria empresa declarou, a pandemia foi fator determinante que dificultou ainda mais o cenário catastrófico*

Para saber mais sobre a falência da Pan clique aqui

Leiloada

De acordo com o portal Folha de S.Paulo, a antiga fábrica da Chocolates Pan, foi colocada a leilão em agosto de 2023, mas na época não havia  recebido n nenhum lance, sendo esnobada por completo em menos de 20 horas do fim do certame.

Avaliado em mais de R$ 105 milhões, o complexo industrial tem 10.432 m² e está localizado na cidade de São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo.

Cacau Show deu maior lance por área da Chocolates Pan (Foto Reprodução/Diário do Grande ABC)

Cacau Show deu maior lance por área da Chocolates Pan (Foto Reprodução/Diário do Grande ABC)

*Para saber mais sobre esse assunto clique aqui”

Porém no dia dia 15 de setembro, de acordo com o Diário do Comércio, O Grupo Cacau Show ofereceu R$ 70 milhões, com entrada de R$ 17,5 milhões e o saldo em 30 meses.

No dia 19 de outubro, a Justiça homologou o processo oficializando assim o arremate da gigante dos chocolates.

Por meio do seu braço de investimentos CCSH, a Cacau Show disputou e levou todos os itens leiloados, comprando a área do imóvel onde ficava a fábrica, bem como os equipamentos e máquinas do local.

4- Makro

Já em meados de julho, a  Makro, cujo qual estava em solo nacional  desde a década de 70 , decidiu se despedir do Brasil, o que deixou muitos em choque na época

Um dos motivos apresentados pela sua desistência, foi a competição acirrada do setor alimentício, principalmente do atacarejo (conjunto de redes com foco em atacado).

Ao que parece, a marca apesar de renomada, acabou ficando defasada com a chegada de novos do segmento, que até então, era dominado somente pela holandesa.

Makro Atacadista (Foto: Reprodução, ABAD)

Makro Atacadista (Foto: Reprodução, ABAD)

Com isso a sua marca acabou caindo na “falência” no Brasil e não teve muita escolha a não ser vender seus ativos e partir de volta para “casa”.

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Ela que vendeu o que sobrou dos seus ativos para o  Grupo Muffato, Savegnago e Grupo Pereira, encerrou oficialmente suas atividades e em seu site publicou, na plataforma e nas redes sociais, um comunicado sobre o fim de sua operação no país:

“Há 50 anos iniciamos nossa jornada no Brasil, e em todos estes anos participamos de sua história, da sua evolução e do seu crescimento.

Estivemos sempre ao seu lado e fizemos parte da sua família. Hoje, temos a certeza de ter conquistado um lugar no seu coração.

Nossa operação se despede do Brasil deixando nosso agradecimento a todos clientes, fornecedores e colaboradores que juntos fizeram parte desta história.”

Vale dizer que ao  procurar o perfil oficial da Makro Brasil nas redes sociais ele não aparece mais, os únicos perfis ativos são os dos países em que ele ainda opera como Colômbia, Venezuela e Argentina.

5- Livraria Cultura

De todas as notícias do gênero, a falência da Livraria Cultura, foi a que mais doeu em muitos brasileiros,  neste ano de 2023, principalmente no coração dos paulistanos.

Vale dizer que a Livraria Cultura, já estava uma forte crise desde meados de 2015, após o encolhimento do mercado editorial.

Fora isso, segundo o portal G1 o processo de recuperação judicial se estendia por mais de quatro anos, quando a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central Cível decidiu aceitar o pedido da companhia.

No ano de 2020, a Justiça já havia rejeitado um pedido de mudança no plano de recuperação da empresa, e apontado que a falência poderia ser decretada.

Foi então, que no início de fevereiro deste ano, a Justiça de São Paulo decretou a falência da empresa.

Livraria Cultura (Foto Reprodução/Internet)

Livraria Cultura (Foto Reprodução/Internet)

Na época de entrada de recuperação judicial, a livraria já alegava estar em crise econômico-financeira e havia informado dívidas de R$ 285,4 milhões, desde o ano de 2018, sendo a maior parte com fornecedores e bancos.

Ainda de acordo com o Exame, após a pandemia, no entanto, a companhia descumpriu o plano de recuperação judicial aprovado por seus credores, embora tenha conquistado um aditivo ao plano com melhores condições para o pagamento das dívidas.

Para justificar o decreto, Barros Monteiro declarou que esse novo plano de recuperação não foi cumprido pela Cultura.
O juiz também acrescentou motivos como a não-quitação das dívidas trabalhistas. Só com a Alvarez & Marsal, a dívida acumulada é de R$ 806 mil.

De acordo com o magistrado Ralpho Waldo De Barros Monteiro Filho, o plano de recuperação, firmado em 2021, também não foi cumprido pela empresa.

Monteiro Filho listou uma série de pendências, como ausência de quitação das dívidas trabalhistas que deveriam ter sido integralmente quitadas até junho de 2021 e a falta de envio de documentos. Ele também destacou o vencimento do período de pagamento a credores.

Segundo o juiz, a inadimplência da empresa passava de R$ 1,6 milhão, e não foi verificado nenhuma perspectiva quanto à possibilidade do cumprimento quanto q quitação da dívida.

Desde então, a Justiça analisou a situação da Livraria Cultura, para verificar se seria possível cumprir o plano de recuperação proposto. Mas, não teve mesmo nenhuma saída, e a solução foi decretar a “falência definitiva”

2- Conseguiu reverter

Porém , quando tudo parecia perdido e a falência mais que certa,  Livraria Cultura, como uma “fênix” surpreendeu ao conseguir reverter o que parecia impossível.

Isso porque a Livraria Cultura conseguiu uma liminar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para suspender sua falência.

Na decisão, o ministro Raul Araújo, do STJ, determinou que seriam retomadas as obrigações do plano de recuperação judicial da empresa, que foi aprovado pela assembleia geral de credores e homologado pela Justiça em 2018.

No dia 30 de junho de 2023 foram tomadas as medidas para retomar o funcionamento das livrarias. Vale dizer que a mesma permanece aberta, até então.

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6- Saraiva

Por fim, nós temos a saudosa   Livrarias Saraiva, que protocolou de vez o seu pedido de falência através da  2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca da Capital do Estado de São Paulo, em outubro de 2023.

Vale mencionar que a Saraiva já se encontrava em recuperação judicial desde o ano de 2018.

De acordo com o portal Metrópoles, em meio ao comunicado oficial, ela informou que a RSM Brasil Auditores Independentes não prestaria mais serviços de auditoria à rede.

Saraiva (Foto Reprodução/Internet)

Loja da Saraiva (Foto Reprodução/Internet)

De acordo com o portal Suno, no dia 07 de outubro A 2º Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo decretou em DEFINITIVO a falência da mesma, tendo assim, o sonho oficialmente acabado …

Como foi o foi o fim da Saraiva neste ano de 2023?

Com isso, a empresa deixou oficialmente de existir e seus bens passaram a integrar a massa falida, cuja qual será gerida por um administrador judicial que, deverá colocar os bens em leilões.

Segundo as informações que constam dos documentos da recuperação judicial da Saraiva, a companhia já não possuía mas nenhum imóvel.

Dentre os bens detidos pela empresa estão listados:

  • Bens móveis (máquinas, equipamentos, móveis): R$ 15 milhões
  • Estoque de 486 mil livros, 108 mil itens de papelaria e 28 mil itens de outras mercadorias: R$ 21 milhões
  • Valor a ser recebido em processos judiciais: R$ 250 milhões

Vale dizer que um pouco antes no fim de setembro, ela já havia encerrado as atividades em todas as lojas físicas, mantendo apenas suas vendas através do meio digital, o que causou a demissão em massa de milhares e a tristeza dos seus consumidores.

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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