Falência de companhia aérea no Brasil deixa muitos clientes no prejuízo e funcionários sem diretos até hoje

Veja situação de companhia aérea que faliu e deixou muitos clientes e funcionários no prejuízo

Após decretar falência em 2022, a Itapemirim transportes aéreos, a companhia aérea parou de voar deixando clientes e funcionários sem expectativas sobre seus direitos e viagens.

Com as paralizações das atividades, todos os sete aviões que eram alugados foram devolvidos aos seus respectivos donos. Na ocasião, chegou a ser feito um acordo com os credores para a continuação das atividades, mas acabou não dando certo. Com suas operações encerradas e com sua falência decretada, a Itapemirim ficou sem pagar milhares de credores e funcionários.

Além de todo processo envolvendo credores e funcionários, existem os clientes que se sentiram lesados, afinal só na plataforma consumidor.gov.br a companhia tem uma media de 6.953 reclamações até o encerramento de suas operações. No tribunal de Justiça de São Paulo, há uma media de mil processos sobre indenização por danos morais e reembolso.

Os clientes que fizeram suas compras de passagens por meio de sites ou por meio de operadoras de cartão de crédito conseguiram o estorno dos valores. As empresas que trabalhavam como intermediação das vendas das passagens acabaram processando a Itapemirim após terem que assumir os prejuízos com as vendas.

Como estão os funcionários e o que eles acham do encerramento da companhia?

Em entrevista ao UOL, ex-funcionários da companhia aérea acabaram falando como estão sua situação após os encerramentos das operações: “Acumulei dívidas, mesmo voltando a trabalhar em outra empresa. Com salários atrasados, fiquei endividado com coisas básicas, e ainda não consegui terminar de quitar todos os meus débitos. Este ano foi de muita luta na Justiça para ter os meus direitos reconhecidos, mas ainda não recebi nada”. Relatou um ex-funcionário da área administrativa.

Outro ex-funcionário da área operacional da Itapemirim também comentou como esta sua situação: “O mercado ficou saturado de profissionais, e demorei meses para ser recolocado. Processei a empresa para receber meus salários atrasados, mas nada até agora. E nem acredito que vá conseguir algum dia”.