Falência: O fim de rede de lojas nº1 de departamentos no Brasil e compra multimilionária pelas Casas Bahia

Enquanto esteve ativa, a empresa virou referência de marketing para as novatas no mercado, mas foi dissolvida e vendida à rival, que segue atuando

Durante longos anos, uma importante rede de lojas teve uma história de sucesso no setor de varejo no país. Foram décadas movimentando fortunas, até que, surpreendentemente, a gigante brasileira revelou um processo de falência.

No auge, o grupo chegou a bater de frente com as Casas Bahia, que surgiu na mesma época e também teve um crescimento meteórico entre o público. Ambas disputavam os mesmos clientes e a colocação na lista das grandes companhias nacionais.

Para quem não se lembra, a Ultralar, fundada em 1956, foi criada pelo empresário Ernesto Igel. Naquela época, o marketing, que ainda era uma ação segmentada, foi revolucionário e assustou a concorrência: a comercialização de fogões foi associada aos botijões de gás.

Se destacando das demais concorrentes, o grupo fechou um acordo multimilionário com a Empresa Brasileira de Gás a Domicílio, a atual Ultragás. Essa parceria, que envolveu um alto dinheiro, foi certeira e as vendas estouraram para a marca que fez importantes investimentos.

No entanto, nem todos eles deram certo como o primeiro, que levantou seu nome. Segundo a CNN Brasil, na década de 90, a Ultralar começou a enfrentar dívidas e precisou passar por uma reestruturação. Já na virada para os anos 2000, não conseguindo que o plano fosse para frente, eles tiveram falência decretada, sem chances de seguir funcionando.

Como parte do processo para quitar as contas que ficam abertas com as ações erradas, boa parte das lojas foram compradas pelas Casas Bahia por um valor multimilionário. O restante, que a Ultralar havia aberto como uma proposta de supermercados inspirado no Pão de Açúcar, foi arrematado pelo Grupo Carrefour, que hoje é o maior dentro do setor no Brasil.

Depois disso, todas as unidades assumiram o nome das atuais donas. Ao todo, a rede esteve em funcionamento por 44 anos, até que as lojas fossem vendidas e a marca sumisse do mapa das varejistas. O escritório, que ficava no Rio de Janeiro, chegou a ser lacrado pela Justiça e, desde então, não foram encontrados pronunciamentos oficiais por parte deles.

O que acontece em casos de falência?

Esse processo reúne os bens da instituição e dos donos, apontando o que deve ser liquidado para pagar as dívidas em aberto. Ele pode levar longos anos na Justiça, assim como também pode ser revertido, caso o responsável consiga achar um jeito de levantar a empresa novamente.