Supermercado tão popular quanto o Carrefour acabou tendo suas portas lacradas e sua falência decretada após acumular dívidas
Abrir um negócio no Brasil, especialmente no ramo alimentício, como um supermercado, é uma missão que exige mais do que bons preços e prateleiras cheias.
Sem sombra de dúvidas, são muitos os desafios que podem colocar em risco até mesmo empreendimentos sólidos e de longa trajetória.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Um exemplo recente e triste é a falência de um supermercado que, por anos, foi considerado um rival à altura de gigantes como o Carrefour: o Supermercado Santo Antônio.
De símbolo regional à falência
Para quem é da região de Guarapari, no Espírito Santo, o nome dispensa apresentações. A rede era tradicional, com décadas de história, e fazia parte do cotidiano de muitas famílias capixabas.
No entanto, segundo as informações apuradas pelo TV FOCO, uma sequência de dificuldades financeiras acabou empurrando o negócio para um fim melancólico.
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
● “Fechou as portas”: Globo confirma adeus de restaurante nº1 no RS e abala Porto Alegre em 2025
● O fechamento de restaurante n°1 de Campo Grande, MS, e a venda colossal para novo substituto em 2025
● Adeus: Rede n°1 de Campinas, SP, encerra as atividades após 45 anos, emite comunicado e devasta moradores
Conforme as informações do ‘Portal 27’, no dia 1º de dezembro de 2022, a Justiça decretou oficialmente a falência da empresa J. Zouain e Cia. Ltda., responsável pelos Supermercados Santo Antônio.
Além disso, de acordo com as informações do portal Tribuna Online, dois meses depois, em fevereiro de 2023, 24 imóveis ligados à rede foram leiloados.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Um marco que sinalizou, de forma definitiva, o encerramento das atividades da empresa, que já havia fechado suas portas ao público desde 2020.
Nota oficial confirma autofalência
De acordo com o escritório de advocacia Rudolf Rodrigues, que representa a empresa, os sócios optaram por um pedido de autofalência como forma de proteger os credores diante da gravidade da crise.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A nota à imprensa destacou que os empresários lamentam não terem conseguido recuperar a rede, mas se comprometeram a colaborar com a Justiça e com o administrador judicial designado.
Queda e dívida milionária do supermercado
O passivo financeiro acumulado pela empresa é gigantesco. A dívida trabalhista, sozinha, chegou à casa dos R$ 25 milhões.
Mas o cenário piora quando se somam débitos com fornecedores, impostos e outras obrigações: os valores ultrapassam bilhões de reais.
Na tentativa de frear a queda, os gestores tomaram medidas drásticas. Como a suspensão do plano de saúde dos funcionários e cortes diversos, que acabaram comprometendo ainda mais a reputação da rede.
Apesar de todos os esforços, o Supermercado Santo Antônio não resistiu à tempestade financeira que começou a ganhar força no verão de 2020, até ter a falência cravada em 2022.
Com a falência, espera-se que os pagamentos devidos, especialmente os trabalhistas, sigam a ordem legal e ofereçam algum alívio às centenas de pessoas impactadas pela queda dessa gigante regional.
A legislação determina prioridade para:
- Créditos trabalhistas (até 150 salários mínimos) ou de acidentes de trabalho
- Créditos garantidos por imóveis
- Créditos tributários
- Demais dívidas e fornecedores
Considerações finais
- A história do Supermercado Santo Antônio serve de alerta.
- Mesmo negócios sólidos e queridos podem ruir diante de crises mal administradas ou contextos econômicos desfavoráveis.
- E para os clientes que cresceram vendo aquela marca nas sacolas de compras, resta apenas a memória de um tempo em que o supermercado fazia parte do dia a dia.
Falência x Recuperação Judicial: qual a diferença?
Conforme o portal Vem Pra Dome, ambos os institutos têm como objetivo a satisfação de dívidas de uma empresa. Contudo, a principal diferença está na continuidade ou não do empreendimento.
Na recuperação judicial, se ganha tempo para recuperar a capacidade de gerar resultados na empresa. Por outro lado, na falência, não existe a reestruturação do negócio e ele acaba fechando as portas.
A ideia da recuperação é manter o negócio ativo, gerando empregos e possibilitando que a empresa consiga pagar as suas dívidas. Na falência, ocorre o encerramento do negócio, considerado irrecuperável.
Confira mais matérias sobre falência clicando aqui.