Tudo sobre a falência de loja da móveis gigante com direito a nada mais, nada menos que calote de R$100 milhões abalando os clientes
Sobre a falência de grandes empresas, é fato falar que os casos mais comuns passam por não conhecimento do mercado de atuação, falta de controle das finanças e precificação envolvente de produtos e serviços. A falta de análise de mercado é um dos principais motivos que levam à
falência, segundo o Serasa Experian.
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Tecnicamente falando, a falência é quando todo o patrimônio do empresário é reunido e usado para pagar as dívidas. Assim, a falência pode ser pedida pelo próprio empresário, ao ver que sua empresa não tem mais condições.
Falência de empresa de móveis
Simplesmente, em uma reviravolta inesperada no mundo do varejo, uma icônica loja de móveis, que durante décadas foi sinônimo de qualidade e inovação no Brasil, viu seu fim chegar em meio a dívidas milionárias.
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A falência da Manlec, que já foi a N°1 em lojas de móveis no Rio Grande do Sul, marca o término de uma era para muitos brasileiros que acompanharam sua trajetória desde sua fundação, há 71 anos.
A história da Manlec começou em 1953, quando Atílio Manzoli e Felipe Lechtman abriram a primeira loja no bairro Bom Fim, em Porto Alegre, segundo informações do portal colunafinanceira. Com uma proposta inovadora, a Manlec logo se tornou um verdadeiro sucesso. A loja expandiu para 46 unidades, espalhadas por todo o Rio Grande do Sul, estabelecendo-se como a principal referência do setor no estado.
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Durante muitos anos, a loja representou a vanguarda do design de móveis e a qualidade no atendimento ao cliente, solidificando seu lugar no coração dos consumidores. As informações são da Wikipédia.
No entanto, a maré começou a virar a partir dos anos 2000. A mudança no perfil do consumidor e uma crise econômica global desafiou a Manlec, que já enfrentava uma concorrência crescente e agressiva.
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Além disso, grandes marcas rivais também foram surgindo no mercado, muitas das quais ainda dominam o mercado hoje, ocupando o espaço que a Manlec costumava liderar.
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A adaptação ao novo cenário se revelou difícil para a empresa. Apesar dos esforços para recuperar sua posição e reverter a situação, a Manlec acabou afundando em dívidas que chegaram a R$100 milhões.
Foram 3 anos de tentativas, até que a empresa decretasse sua falência e fechasse as portas de vez. Na época, 30 funcionários ainda estavam contratados na empresa.
Muitos deles choraram com a situação, pois acabavam de perder seus empregos. Isso ocorreu em um momento difícil que o país estava enfrentando.
A saída da Manlec do mercado deixa um vazio significativo e um legado de nostalgia para os moradores do Rio Grande do Sul, que agora se despedem da marca que fez parte de suas vidas por tanto tempo.
A falência da Manlec é um lembrete contundente das dificuldades que até mesmo as empresas mais bem-sucedidas podem enfrentar em um ambiente econômico em constante mudança.
O fim da empresa Manlec
A Manlec entrou em recuperação judicial em 2014, na tentativa de reestruturar suas dívidas. Infelizmente, essas medidas não foram suficientes para salvar a empresa. Apesar dos esforços e das tentativas de recuperação, a situação financeira da Manlec continuou a se deteriorar.
As dificuldades enfrentadas pela empresa se mostraram insuperáveis, e em julho de 2017, a Justiça decretou a falência da Manlec. Segundo o portal correiodopovo, a falência ocorreu após a não quitação do débito trabalhista de R$ 12 milhões a 800 credores (ex-funcionários) no prazo acordado.
A decisão marcou o fim de uma era para a loja, que havia sido um ícone no mercado de móveis brasileiro por 71 anos.
Quanto tempo em média dura um processo de falência?
O parecer emitido pela Associação Brasileira de Jurimetria relata que entre os dados da primeira avaliação e o último leilão, a média de duração do processo de falência é superior a cinco anos, justificando, com isso, a preocupação do legislador em criar mecanismos de acelerar a arrecadação e alienação do ativo.
Falência x Recuperação Judicial
Para quem não sabe, a falência ocorre quando a empresa deixa de ser inadimplente e passa a ser insolvente. Portanto, não há mais como o devedor cumprir com suas obrigações empresariais, e nem como abrir uma execução simples.
A recuperação é uma forma de evitar que uma inadimplência se torne insolvência.
Quantas empresas já faliram no Brasil?
Segundo o Mapa de
Empresas do Governo Federal, 2.156.046
empresas fecharam no ano passado. Esse número equivale a 4
empresas fechando por minuto, valor 25% superior ao registrado em 2022.