Rede gigantesca de supermercados brasileira sucumbiu à crise e à falência após enfrentar uma série de dificuldades financeiras, com desfecho cruel que chocou consumidores
Em 1999, uma importante e tradicional rede varejista do setor de supermercados, acabou fechando as portas teve sua falência decretada após anos atuando no país.
Trata-se da Casas da Banha, fundada ainda em 1955 cujo maior auge foi entre os anos 70/80. Conforme exposto pelo portal Wiki, seu maior BOOM foi quando passou a patrocinar o Velho Guerreiro, Chacrinha na década de 70.
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O famoso costumava jogar bacalhau para a plateia em seu programa de auditório, na antiga TV Tupi, ainda na década de 70, dando alusão aos produtos da rede.
Falência
De acordo com o portal Diário do Comércio, a falência foi decretada pelo juiz da 2ª Vara de Falências e Concordatas, Luiz Felipe Salomão.
Conforme dito pelo advogado Alfredo Bumachar, a decisão foi tomada após uma confissão da empresa feita na Vara.
O juiz estabeleceu um prazo de 20 dias para que os credores justificassem seus créditos e priorizou o pagamento das dívidas trabalhistas, estimadas em US$ 5 milhões na época
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Além de ordenar o lacre das instalações da empresa.
Lojas fechadas
Porém, a crise da empresa iniciou ainda em 1986, com os planos econômicos heterodoxos do governo federal, como os Cruzado I e II.
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Segundo o advogado da empresa esse “congelamento foi absurdo” conforme decretado nestes planos.
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Em 1991, a empresa implicou um controle e a contenção das empresas, bem como nos fechamento de algumas unidades das lojas pertencentes a elas.
O advogado explicou que: “Na decretação do Plano Cruzado I, várias mercadorias vendidas pelas Casas da Banha estavam com preços promocionais e, com o congelamento, os preços tiveram de continuar a ser cobrados por um ano“
A empresa ainda enfrentou o confisco do Plano Collor, cujo qual “agravou ainda mais o que já estava ruim”, conforme declarado pelo advogado.
Demissões
A empresa que chegou a ter 22 mil funcionários, em 1991, tinha como folha de pagamento apenas US$ 2 milhoes, para remuneração de cerca de 9 mil empregados restantes.
Além disso, venderam ou repassaram 149 unidades aos antigos donos para sanar dívidas
75 delas permaneciam fechadas à espera de negociação, incluindo o tradicional Porcão.
No ano de 1992, a Casas da Banha dispensou 3,5 mil empregados restantes , por uma decisão judicial, e como mencionamos, a rede começou gradativamente, a fechar suas portas.
Já em 1993, a rede ainda foi alvo de 9 mil processos trabalhistas. O número foi reduzido a 800, com o pagamento gradual de indenizações pedidas em 2,8 mil processos.
Ao procurar manifestações da empresa sobre o ocorrido, as mesmas não foram encontradas. Mas, apesar do tempo, o espaço permanece aberto se assim desejar expor sua versão dos fatos.
Quais os direitos dos trabalhadores em caso de falência de empresas?
Em caso de falência, o trabalhador tem direito de receber os mesmos benefícios que teria em uma demissão sem justa causa, como salários atrasados, férias vencidas e proporcionais com acréscimo de 1/3, décimo terceiro salário, FGTS, aviso prévio, multa de 40% e seguro-desemprego, conforme o portal Meu Tudo.
Considerações finais:
Em suma, a história da Casas da Banha nos mostra como os impactos de políticas econômicas instáveis e má gestão empresarial, acabaram resultando na perda de mais de 22 mil empregos e em inúmeras ações trabalhistas.
Sendo assim, a sua decadência serviu como um alerta sobre a importância de uma gestão eficaz em momentos de crise.