Dois grandes nomes do setor dos supermercados têm fim desolador no Rio de Janeiro e situação deixa clientes sem chão
Quando falamos em fechamentos e falências de grandes varejistas, o impacto do fim é sempre devastador, ainda mais no setor de supermercados.
Até porque essas redes costumam ter um peso a mais na economia de um país, especialmente quando as mesmas estão localizadas em grandes metrópoles, como o Rio de Janeiro.
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Isso sem falar que elas costumam empregar milhares de pessoas e são fontes relevantes de arrecadação fiscal.
Diante disso, a partir de informações divulgadas pelo portal Wiki e do Blog Sérgio Castro, a equipe especializada em economia do TV Foco traz todos os detalhes de dois casos como esses, ocorridos na região do RJ e que até hoje deixam milhares de consumidores sem chão.
1 – Paes Mendonça:
Fundado nos anos 30 por Mamede Paes Mendonça, um empreendedor sergipano com pouca escolaridade, o grupo começou com uma padaria em Aracaju (SE).
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A visão de Mamede o levou a transformar seu pequeno negócio em um império do varejo:
- Em 1942, ele abriu uma loja de secos e molhados e, em 1959, inaugurou seu primeiro supermercado, em Salvador (BA).
Crises e disputas:
Apesar de sua relevância no mercado, o Grupo Paes Mendonça começou a enfrentar dificuldades financeiras nos anos 80.
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A rápida expansão exigiu investimentos pesados, e o grupo acumulou dívidas consideráveis. Internamente, a família também enfrentava tensões:
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- Mamede discordava de seu sobrinho, João Carlos Paes Mendonça, que detinha 20% do capital e defendia um foco no Nordeste.
- João Carlos deixou a sociedade nos anos 1980, levando consigo lojas em Sergipe, que mais tarde formariam a rede Bompreço.
Além disso, Mamede tomou decisões controversas, como a aquisição da cadeia Unimar no Nordeste, contrariando os interesses de outros sócios.
Essas escolhas contribuíram para aumentar as pressões financeiras e desgastes dentro da família.
Autofalência:
Em fevereiro de 1993, após anos de dificuldades para equilibrar as contas, Mamede Paes Mendonça foi obrigado a vender as 59 lojas do grupo na Bahia para investidores liderados por Norberto Odebrecht:
- Agruparam essas lojas sob a marca Unimar, mas o controle das operações continuou instável.
- Pouco depois, a Unimar pediu autofalência, incapaz de lidar com suas dívidas crescentes.
A autofalência marcou o fim da trajetória do grupo como uma potência no varejo.
A administração das lojas passou para credores e investidores, que tentaram reestruturar a marca, mas não conseguiram recuperar sua força.
Sob novas gestões, as lojas mudaram de nome várias vezes, tornando-se Supermar e, posteriormente, parte da rede Bompreço, o que fez a rede se extinguir de vez.
2- Supermercado Disco:
Por fim, temos a rede Disco, que foi fundada no Rio de Janeiro em 1952 e rapidamente se tornou uma das líderes do mercado fluminense.
Com lojas icônicas, como o “Discão” na Avenida Brasil e o “Gigante” no Bairro de Fátima, o Disco era conhecido pela sua proximidade com o consumidor, atendendo desde as classes populares até os bairros mais elitizados.
Como foi o fim da Disco?
No entanto, nos anos 1980, o Disco começou a enfrentar dificuldades financeiras devido à má gestão e à concorrência crescente, conforme exposto pelo “Origem das Marcas“.
A crise culminou na venda da rede na década de 90, após a morte devastadora do seu fundador, o que deixou um vácuo na liderança da empresa.
Sob novas administrações, as lojas foram gradualmente incorporadas a outras marcas, encerrando as operações da rede.
Mas, para saber mais detalhes sobre outras falências marcantes, clique aqui*.
Ao procurar manifestações ou notas oficiais de ambas as empresas, as mesmas não foram encontradas. Porem, o espaço permanece aberto.
Considerações finais:
Dois grandes nomes do setor supermercadista no Rio de Janeiro, Paes Mendonça e Disco, enfrentam trajetórias desoladoras marcadas por crises financeiras e má gestão.
Essas falências deixaram lacunas no mercado e impactaram profundamente a economia local, além de desolar consumidores e milhares de trabalhadores.