Falência decretada, engolida pelas chamas e mais : Fim devastador de 3 gigantes do varejo de SP

Tv Foco mostra hoje atrizes brasileiras dos anos 1990 já chegaram aos 50 anos, mas continuam arrancando suspiros por onde passam.
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3 varejistas foram extintas após falência e incêndio (Foto Reprodução/Montagem/Canva/Lennita/Tv Foco)

3 varejistas foram extintas após falência e incêndio (Foto Reprodução/Montagem/Canva/Lennita/Tv Foco)

3 grandes e históricas varejistas de São Paulo acabaram tendo um fim devastador após falências, crises e até mesmo incêndio

O mundo varejista sempre foi sinônimo de renovação constante, mas, às vezes, até mesmo os maiores nomes caem de forma inesperada.

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Inclusive, São Paulo, centro pulsante do comércio brasileiro, foi palco de histórias inesquecíveis envolvendo gigantes do varejo, que foram da ascensão à queda de gigantes do setor.

Entre tragédias, má gestão e mudanças nos hábitos de consumo, temos 3 casos que se destacam:

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Sendo assim, a partir de informações obtidas através do portal Veja S.Paulo, a equipe especializada em economia do TV Foco, traz mais detalhes de cada uma dessas varejistas, que apesar do adeus, fizeram história e ficaram marcadas para sempre no coração dos paulistanos.

1. Lojas Pirani: Engolida pelo fogo

As Lojas Pirani eram muito mais do que um ponto de compras: eram uma experiência, uma referência de status e sofisticação:

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Propaganda das lojas Pirani (Reprodução/Internet)

Além de seus produtos e serviços, a Pirani era conhecida pela tradição de criar decorações natalinas exuberantes, cujas quais atraíam famílias inteiras para visitar suas lojas durante as festas de fim de ano.

Aliás, podemos dizer que para muitos paulistanos, passear pela Pirani no Natal era um ritual.

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No entanto, em 24 de fevereiro de 1972, o que parecia ser um período próspero transformou-se em tragédia.

Um incêndio de proporções devastadoras consumiu o Edifício Andraus, aonde a mesma se sediava, deixando 16 mortos, centenas de feridos e uma memória trágica que marcou a história da cidade.

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Investigações posteriores apontaram negligências no sistema de segurança do edifício, como a falta de saídas de emergência adequadas e o uso de materiais inflamáveis na construção.

Incêndio no edifício aonde sediava a Pirani (Reprodução/Internet)

Como o incêndio começou nas dependências da loja, a Pirani acabou sendo responsabilizada judicialmente.

Ou seja, os custos milionários com indenizações às vítimas, além do dano irreparável à sua reputação, arruinaram a empresa.

Poucos meses após o desastre, a Pirani não conseguiu se reerguer e decretou falência.

2. G. Aronson: Do topo ao chão:

Fundada em 1944, a G. Aronson começou como uma boutique especializada em casacos de pele. A loja inicial, localizada no centro de São Paulo, era um ícone de exclusividade e sofisticação, atendendo uma clientela que buscava produtos de alta qualidade e design refinado:

G. Aronson teve sua falência decretada no fim da década de 90 (Foto: Reprodução/ Internet)

O início do declínio ocorreu na década de 90, com a intensificação da concorrência de grandes redes, como Casas Bahia e Ponto Frio, que adotaram estratégias mais agressivas de marketing e financiamento.

Infelizmente, a G. Aronson não conseguiu acompanhar as mudanças, especialmente no que dizia respeito às opções de crédito facilitado, que se tornaram um diferencial decisivo para o público.

Fatalmente, em 1998, incapaz de sustentar suas operações diante das dívidas acumuladas e da perda de relevância no mercado, a G. Aronson teve sua falência decretada.

Por fim, sua queda representou o fim de uma era para uma geração de consumidores paulistas que cresceram comprando em suas lojas.

3. SEARS: A queda de uma lenda Internacional

Fundada em 1886 nos Estados Unidos, a SEARS chegou ao Brasil em 1949 como um exemplo do modelo americano de lojas de departamento:

Loja da Sears no Brasil (Foto: Reprodução/Internet)

Com design moderno, corredores espaçosos e um padrão de atendimento diferenciado, a rede conquistou rapidamente o público paulistano.

Por décadas, a SEARS manteve-se como um símbolo de consumo aspiracional.

Por que a SEARS acabou?

No entanto, a crise econômica dos anos 1980 no Brasil e a crescente competição de redes nacionais, começaram a enfraquecer sua operação.

Sendo assim, a matriz americana também passou por problemas, uma vez que a SEARS global não conseguiu se adaptar às mudanças no varejo, como a ascensão dos hipermercados e, posteriormente, do e-commerce.

No inicio da década de 90, a SEARS encerrou suas operações no Brasil, fechando suas 11 filiais no país.

Embora tenha sido um marco de inovação e estilo, a rede não conseguiu sustentar o modelo que a consagrou no passado.

Nos Estados Unidos, a SEARS continuou operando até enfrentar falência em 2018, marcando o colapso de um império que já foi o maior varejista do mundo.

Considerações finais:

Em suma, a queda de grandes varejistas como Pirani, G. Aronson e SEARS, cujas quais já foram verdadeiros impérios comerciais, não ficaram imunes às adversidades.

Seja por crises econômicas, tragédias ou mudanças nos hábitos de consumo, as 3 sucumbiram e deixaram de existir.

No entanto, para os consumidores, essas histórias evocam nostalgia e reflexão e deixa um alerta para que as empresas possam se preparar para enfrentar os desafios inevitáveis do futuro.

Mas, para saber sobre mais detalhes de outras varejistas e histórias de falências, clique aqui*.

Autor(a):

Lennita Lee é jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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