Falência decretada pela Justiça e dívida de R$ 350M: Fábrica n°1 em Santa Catarina tem fim confirmado em 2025

Fábrica de Santa Catarina tem falência decretada pela Justiça e dívida de R$ 350M! Saiba como isso afeta a economia local

A empresa Itagrês Revestimentos Cerâmicos, com sede em Tubarão (SC), teve sua falência oficialmente decretada no fim de janeiro deste ano.

O juiz Luiz Henrique Bonatelli, responsável pela Vara Regional de Falências e Recuperações Judiciais e Extrajudiciais da Comarca de Florianópolis, tomou a decisão após constatar que a empresa não conseguiu cumprir os prazos acordados no processo de Recuperação Judicial. Este processo foi iniciado em 2017, com um prazo limite estabelecido para janeiro de 2025.

Conforme informações divulgadas pelo portal TubaNews’, a situação financeira da Itagrês se deteriorou ao longo dos anos, culminando com o encerramento das atividades em novembro de 2023. A empresa acumulava uma dívida superior a R$ 350 milhões, impossibilitando qualquer tentativa viável de reestruturação.

Como resultado, a Justiça lacrou as unidades localizadas em Mossoró (RN) e Tubarão (SC), tornando impossível qualquer movimento relacionado aos bens ou atividades da empresa.

Cronologia do colapso financeiro

O processo de Recuperação Judicial da Itagrês foi aberto em 2017, com um cronograma claro para sanear as finanças da empresa. No entanto, desde o início, dificuldades surgiram no cumprimento dos compromissos assumidos.

A falta de fluxo de caixa e a incapacidade de gerar receitas consistentes contribuíram para o fracasso desse plano. Além disso, a empresa enfrentava uma série de demandas judiciais de credores, o que aumentava ainda mais a pressão sobre suas finanças.

Em 2022, a unidade de Mossoró passou por uma tentativa de revitalização. A direção da empresa buscou locar a estrutura para interessados externos, mas as negociações não avançaram.

Sem alternativas viáveis, a unidade permaneceu lacrada até o momento da falência. Já em Tubarão, uma proposta de venda surgiu em 2023, quando a empresa Bally ofereceu R$ 29 milhões pelo imóvel. Apesar de ter depositado o valor em juízo, não concluíram a transação, agravando ainda mais a crise.

Impactos econômicos e próximos passos

Com a falência decretada, a Itagrês está impedida de realizar qualquer tipo de movimentação envolvendo seus bens ou atividades. Vale destacar que ainda cabe recurso à sentença, o que pode alterar os rumos do caso nos próximos meses.

Antes de concluir, vale ressaltar os principais pontos que levaram à falência da Itagrês:

• Incapacidade de cumprir o cronograma da Recuperação Judicial;
• Acúmulo de dívidas superiores a R$ 350 milhões;
• Encerramento das atividades em novembro de 2023;
• Tentativas frustradas de revitalização em Mossoró e venda em Tubarão;
• Decisão judicial proibindo movimentações de bens e recursos.

Considerações finais

A falência da Itagrês Revestimentos Cerâmicos marca o fim de uma trajetória marcante no setor cerâmico brasileiro. Fundada pela família Bortoluzzi, a empresa foi pioneira em diversos aspectos tecnológicos e comerciais.

Assim sendo, com o destino definido pela Justiça, resta aguardar os próximos capítulos desse processo, especialmente em relação às questões trabalhistas e fiscais pendentes.