Rombo milionário, intervenção do Banco Central e falência decretada: O fim decadente de banco gigante no Brasil

Banco Central teve que intervir em caso de banco gigantesco que decretou falência no Brasil

Não precisa ser um grande especialista no assunto para entender que uma série de fatores pode comprometer a economia. Nem mesmo os bancos estão isentos desse problema. E hoje, falaremos sobre a falência de uma instituição gigantesca em 2015, após ter passado por um grande escândalo 3 anos antes. Confira a seguir mais detalhes sobre essa notícia.

Fundado em agosto de 1989, por Luiz Felippe Indio da Costa, estamos falando sobre o Banco Cruzeiro do Sul. A instituição surgiu a partir da empresa Cruzeiro DTVM do Grupo Pullman, dona do grupo Pão Americano. O banco cresceu ao longo dos anos, tornando-se uma das instituições financeiras médias mais conhecidas do Brasil.

A instituição financeira teve sua falência oficialmente decretada no 11 de agosto de 2015, mas, antes disso ocorrer, alguns escândalos explodiram. Segundo a ‘Veja’, o banco até mesmo precisou de uma intervenção do Banco Central (BC).

Mais sobre o assunto

Vale dizer que, o escândalo envolvendo o Cruzeiro do Sul estourou em 3 de junho de 2012, quando a autoridade monetária descobriu ações fraudulentas na gestão do banco. Na ocasião, o Banco Central comunicou à imprensa que identificou um rombo de R$ 1,3 bilhão, resultando num patrimônio líquido negativo de R$ 150 milhões, provocado por créditos fictícios. Assim, o Banco Cruzeiro do Sul acabou sendo liquidado pelo BC.

Com a polêmica, os bens de seus controladores e diretores acabaram todos bloqueados e ainda ocorreu o afastamento deles da instituição. O objetivo dessa medida foi evitar que eles se desfizessem ou ocultassem os bens que poderiam ser usados para pagar dívidas dos credores, o que de fato foi necessário com a falência.

Dessa forma, a instituição enfrentou sérios problemas, que culminaram em sua intervenção e liquidação de falência pelo Banco Central em 2015. Entre as rações para essa intervenção, podemos citar, além do rombo de milhões, os problemas com a qualidade de ativos, gestão ineficiente e falta de capital para atender aos requisitos regulatórios.

Na época, a intervenção levou a uma série de questionamentos sobre a supervisão e regulação do setor financeiro no Brasil. Segundo o portal ‘O Globo’, a Laspro Consultores, nomeada como administradora judicial da massa falida do banco Cruzeiro do Sul, quer receber cerca de R$ 141,7 milhões de honorárias.

Qual banco no Nordeste decretou falência?

Outra instituição financeira que fechou as portas tinha sede em Fortaleza, capital do Ceará. Estamos falando do Bancesa, antigo Banco Popular de Sobral. Segundo informações da Folha de São Paulo, no ano de 1995, o Bancesa passou a enfrentar uma crise financeira.

Apresentando perda do lucro inflacionário. Para compensar as dificuldades, o banco deixou de repassar ao governo R$ 132,8 milhões em impostos e contribuições de seus funcionários. Ele sofreu intervenção do BC em fevereiro de 1995, com passivos de aproximadamente 421 milhões de reais e ativos de 136 milhões. Teve a falência decretada em 2003.