Uma das maiores cervejarias do país, após ter a falência decretada, passa por leilão neste ano de 2024 e futuro incerto gera ansiedade e tensão entre os clientes
Conforme sempre mencionamos, até mesmo grandes empresas tradicionais e gigantes do setor em que atuam, podem sofrer com derrocadas e desfechos cruéis, como a temida e implacável falência.
A trajetória da Cervejaria Malta, uma das mais tradicionais do Brasil e rival direta de marcas internacionais como a Heineken, exemplifica bem esse colapso.
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Fundada em Assis-SP nos anos 60 por Caetano Schincariol, a Cervejaria Malta se tornou um ícone da produção de bebidas no Brasil.
No entanto, em setembro de 2024, a história da companhia chegou a um momento crítico ao colocar seus bens e ativos em leilão.
Sendo assim, a partir de informações coletadas no portal Wiki e Folha de S.Paulo, a equipe especializada em economia do TV Foco, traz mais detalhes sobre essa quebra e sua história.
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Tinha tudo para da certo!
A Malta foi estabelecida nos anos 60, motivada pela presença de uma mina de água com características ideais para a fabricação de bebidas:
- A localização estratégica em Assis contribuiu para o crescimento rápido da empresa, que diversificou sua linha de produtos, incluindo o popular refrigerante Cristalina e a cerveja malzbier.
- Durante décadas, a Malta competiu de forma expressiva no mercado nacional, sendo uma alternativa às gigantes internacionais.
Os primeiros sinais de dificuldade
Em setembro de 2023, a empresa entrou em recuperação judicial devido a dívidas que ultrapassavam R$ 200 milhões.
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Apesar de um faturamento mensal de R$ 2,5 milhões, a Malta não conseguiu cumprir o plano de reestruturação aprovado.
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Em agosto de 2023, a Justiça converteu a recuperação judicial em falência. No entanto, a paralisação completa da fábrica durou até dezembro daquele ano, quando atividades modestas foram retomadas com a venda de sucata.
No início de 2024, a produção de água com gás e refrigerantes voltou a operar, e parcerias permitiram a retomada da fabricação de cervejas e chopes em agosto de 2024.
Tudo a leilão!
Em agosto de 2024, o juiz Luciano Antonio De Andrade, da 1ª Vara Cível de Assis, determinou o leilão dos ativos da Malta.
Marcado para o dia 18 de setembro, o certame incluía:
- A fábrica;
- Todas as marcas registradas;
- Os bens móveis;
- As fórmulas de composição dos produtos;
- Uma carteira com 2.677 clientes.
As autoridades destinariam o dinheiro arrecadado aos credores, conforme determina a lei.
A FKConsulting.PRO, gestora judicial responsável, afirmou que o processo de venda serviu para garantir a continuidade das operações sob nova direção.
Atualmente a fábrica opera com 170 funcionários e capacidade produtiva de 500 mil litros diários, incluindo opções de envase em diversos formatos, no entanto seu possível fim ainda gera ansiedade e tensão entre clientes.
Quem comprou a Cervejaria Malta?
No entanto, nesta última semana de dezembro, um grupo de empresários locais adquiriu a empresa, assegurando a continuidade de suas operações e preservando empregos na região.
O prefeito de Assis, José Fernandes, destacou o impacto positivo da negociação, que mantém viva a tradição da Malta na cidade:
“Preservamos a empresa e fortalecemos os investimentos na cidade”– Afirmou ele que acompanhou de perto as tratativas para a venda.
Além disso, ele também enalteceu o esforço dos novos proprietários, ressaltando que a transação representa mais do que um resgate econômico, mas uma reafirmação do compromisso com a história e a identidade local.
Até o momento, não foram encontradas declarações públicas dos responsáveis pela Cervejaria Malta sobre a falência e o processo de leilão.
Porém, caso queiram, o espaço permanece em aberto para que deem a versão dos seus fatos sobre essa parte da sua história.
Mas, enquanto a venda traz esperança de revitalização para a fábrica, o futuro da marca Malta depende do compromisso dos novos administradores em realmente reconquistar o mercado.
O que nos resta é aguardar pelos próximos desfechos …
Considerações finais:
A Cervejaria Malta, um ícone brasileiro, enfrentou uma grave crise financeira em 2023, culminando em um leilão de seus ativos em 2024.
No final de 2024, um grupo de empresários locais adquiriu a empresa, garantindo a continuidade das operações e gerando expectativas de recuperação.
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