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Adeus após 14 anos: Falência de gigante dos combustíveis é decretada no RJ e abala cariocas

Gigante do petróleo sucumbe com falência e abala cariocas no RJ (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/GMN)

Gigante do petróleo sucumbe com falência e abala cariocas no RJ (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/GMN)

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Fim de uma era: Gigante dos combustíveis entra em falência no RJ após 14 anos e deixa cariocas perplexos e sem chão com a situação

Uma das maiores crises empresariais no Brasil teve um desfecho histórico com a falência decretada de uma gigante do setor de combustível do Rio de Janeiro, abalando milhares de cariocas.

Trata-se da Sete Brasil, a qual teve sua falência decretada pelo juiz Luiz Alberto Carvalho Alves, da 3ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), ainda no dia 17 de dezembro de 2024.

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A empresa fornecia sondas de perfuração à Petrobras, líder em exploração, produção, refino e comercialização de combustíveis e gás natural.

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Petrobrás (Foto: Reprodução/ Agência Brasil)

Em suma, tal decisão marcou o adeus de um projeto bilionário, após 14 anos, o qual fracassou em suas tentativas de recuperação.

Sendo assim, a partir de informações coletadas por meio do Portal Valor e O GLOBO, a equipe especializada em economia, traz todo o desenrolar da situação e os impactos na economia nacional.

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A criação e a promessa de um gigante (2010)

A Sete Brasil foi fundada em 2010 com a ambição de impulsionar a indústria naval brasileira:

Escândalo de corrupção e crise financeira (2014-2016)

Apesar de toda a expectativa empenhada, os primeiros sinais de colapso surgiram em 2014, quando investigações da Operação Lava Jato revelaram um esquema de corrupção e superfaturamento nas licitações da Sete Brasil.

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Esse escândalo comprometeu a credibilidade da empresa, dificultando a obtenção de novos investimentos.

Sete Brasil nasceu com a descoberta do pré-sal (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Em meio a essa crise, a Sete Brasil entrou em recuperação judicial, ainda em 2016, tentando reestruturar suas dívidas e manter as operações.

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Recuperação judicial frustrada (2016-2024)

Durante oito anos, a empresa tentou diferentes estratégias para se recuperar:

No entanto, os resultados foram pífios:

Além disso, apenas quatro das 28 sondas previstas chegaram a ter suas obras iniciadas.

A empresa ainda enfrentava altos custos administrativos, que saltaram de R$ 2,5 milhões para R$ 4,6 milhões entre maio e setembro de 2024.

Decisão judicial e reações (2024)

Conforme dito acima, em dezembro de 2024, o juiz Luiz Alberto Carvalho Alves decretou a falência da Sete Brasil, alegando que a empresa não apresentava condições de soerguimento.

A Sete Brasil afirmou estar surpresa com a falência, confiando em reversão, e seguindo medidas alinhadas com os credores para reverter a situação.

Grave acusação (2025)

No dia 04 de fevereiro de 2025, a Sete Brasil chegou a entrar com uma ação indenizatória de R$ 36 bilhões contra a Petrobras, por supostos acordos não cumpridos.

De acordo com as informações exclusivas divulgadas pelo colunista Lauro Jardim, de O GLOBO, ela se referiu a prejuízos sofridos com o colapso do “Projeto Sondas”, concebido pela Petrobras após as primeiras descobertas da presença do pré-sal em nosso território.

Conforme a ação, a Sete Brasil já havia iniciado a construção de 28 sondas quando surgiu a delação do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, na Operação Lava-Jato.

Sendo assim, ocorreu a suspensão do financiamento pelo BNDES, o que levou a Sete Brasil a uma grave crise.

Sonda para o pré-sal da Sete Brasil (Foto: Reprodução/Fabio Rossi/ Agência O Globo)

Ainda de acordo com o colunista, os advogados da Sete Brasil acusam a Petrobras de se aproveitar do incidente “para camuflar a intenção de acabar com o projeto, sem assumir as perdas”.

A Sete Brasil alegou que a Petrobras descumpriu suas obrigações contratuais, implicando inclusive pedido de recuperação judicial por parte da empresa.

A empresa destacou que a estatal não cooperou, repudiou a iniciativa e agiu de má-fé ao levar Sete Brasil e credores a acreditar em soluções.

Na ação, os advogados ressaltam que a Sete Brasil contraiu empréstimos de curto prazo em soma bilionária, cujo vencimento foi a principal razão para a recuperação judicial.

Comentaram, ainda, que 80% do valor recuperado pela Sete Brasil serão destinados ao pagamento de credores.

A Sete Brasil acredita que deve ser ressarcida tanto pelos gastos com a implementação do Projeto Sondas quanto pelo que deixou de lucrar.

Ministério a favor da falência:

No entanto, em março de 2025, o Ministério Público do Rio de Janeiro se manifestou a favor da falência definitiva, reforçando os argumentos sobre a inviabilidade da recuperação judicial.

Ainda em dezembro de 2024, os administradores entraram com um recurso em 2ª instância e conseguiram suspender a decisão em caráter liminar. 

O Licks Associados, administrador judicial do processo de recuperação judicial, já havia se manifestado sustentando os motivos que levaram ao pedido de falência da companhia.

Entre eles, o fato de o processo ter se arrastado por quase nove anos e de o grupo nunca ter desenvolvido atividade empresarial. 

Mas, o MPRJ, por sua vez, rechaçou os argumentos da Sete Brasil de que não tiveram direito ao contraditório.

Como a falência da Sete Brasil abala a vida dos cariocas?

Apesar da falência da Sete Brasil afetar a nossa economia como um todo, para os cariocas ela tem um peso ainda mais significativo.

Com essa falência, o setor petrolífero, um dos pilares econômicos do estado do Rio de Janeiro, perde um importante projeto, o qual prometia impulsionar a indústria naval e gerar milhares de empregos.

Pequenas e médias empresas fornecedoras, que já enfrentavam dificuldades devido aos atrasos nos pagamentos, agora lidam com os riscos de demissões em massa.

Falência da Sete Brasil gerou uma série de incertezas e abalou a economia do Brasil, ainda mais no RJ (Foto Reprodução/O Globo)

Além disso, a arrecadação de royalties e investimentos na exploração de petróleo pode ser afetada, comprometendo recursos destinados à infraestrutura e projetos sociais no estado.

Com um passivo bilionário e um histórico de má gestão, a Sete Brasil entra para a história como um dos maiores fracassos do setor petrolífero brasileiro, levantando questionamentos sobre a governança pública e privada no país.

Conclusões finais:

Em suma, a Sete Brasil, uma grande empresa do setor de combustíveis do Rio de Janeiro, entrou em falência em 17 de dezembro de 2024, após 14 anos de operação. 

A empresa foi criada em 2010 para fornecer sondas de perfuração para a Petrobras, com investimento previsto de US$ 25 bilhões

A crise começou em 2014 com um escândalo de corrupção, levando a Sete Brasil a entrar em recuperação judicial em 2016. 

Apesar de várias tentativas de recuperação, a empresa não conseguiu reverter sua situação e acumulou dívidas bilionárias. 

Por fim, a falência deve impactar a economia carioca, afetando empregos e arrecadação de royalties, e levantando questões sobre a gestão do setor.

Mas, para saber mais informações sobre outras falências, clique aqui*.

Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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