2 igrejas acabam indo ao fundo do poço após grave e escandalosa situação vir à tona
E duas grandes igrejas acabaram sendo alvo de notícias nos últimos dias após um grande escândalo vir à tona a ponto de uma delas apelar para o próprio pedido de falência.
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Uma delas se trata do Franciscanos da Califórnia, nos Estados Unidos, grupo que trabalha em conjunto com a igreja católica e que possuem unidades religiosas próprias no país.
De acordo com a Veja, eles anunciaram nesta última terça-feira (2) que declararam falência para enfrentar quase uma centena de denúncias de abus0 sexual e ped0filia, ocorridas ao longo dos anos 40 a 90.
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Dentro da lei …
De acordo com o El Observador, ainda ano de 2020, o Poder Legislativo do Estado da California, criou um período de três anos para qualquer vítima de pedofilia buscar indenização por via civil.
A janela fechou no dia 31 de dezembro de 2023, mesmo dia em que os franciscanos entraram com o pedido de falência, de forma discreta, pelo Capítulo 11 (o que seria a recuperação judicial no Brasil).
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No dia 1º de janeiro de 2024, entraram em vigor novas normas estaduais que eliminam a prescrição dos crimes de estupro de menores.
Os juízes podem determinar os valores que as vítimas receberão, ainda maiores do que as políticas da época e independentemente de os contratos terem desaparecido fisicamente.
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Logo, essa ação na visão da Igreja Católica significou uma reestruturação interna para garantir o cumprimento de obrigações financeiras diante das graves acusações, de fatos ocorridos décadas atrás, e que ainda recaem sob ela.
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David Gaa, chefe da ordem nos Estados Unidos, garantiu que a decisão de declarar falência visa garantir que essas vítimas recebam “uma compensação justa”.
Não é um caso isolado
Como mencionamos no inicio desse texto, outra igreja se encontra na mesma situação e caminha a passos largos para um possível fim.
Isso porque anterior ao caso da Franciscanos, a Arquidiocese de São Francisco havia anunciado falência em agosto de 2023.
Tal como fizeram agora os franciscanos, os responsáveis por 88 paróquias em três condados da Califórnia argumentaram que era a única saída possível para “gerir e resolver” nos tribunais mais de 500 relatórios. de crimes sexuais perpetrados por seus religiosos.
Casos esses ocorridos entre as décadas de 60 e 80.
De forma similar, os responsáveis por 88 paróquias em três condados da Califórnia argumentaram que essa era a única saída possível para “gerir e resolver” nos tribunais as mais de 500 denúncias de crimes sexuais contra o grupo.
Lembrando que apesar dos pedidos, as duas continuam no processo neste ano de 2024 e ainda não fecharam em definitivo.
Comunicado emitido pelos Franciscanos
Diante da situação, e conforme divulgado pelo portal Plu7, os Frades Franciscanos da Califórnia emitiram um comunicado oficial esclarecendo o ocorrido a população, Veja abaixo na íntegra:
“Os Frades Franciscanos da Califórnia entraram com a petição de falência, Capítulo 11, para tratar de 94 reclamações de abuso sexual infantil apresentadas como resultado de leis estaduais que permitiam que sobreviventes de abuso apresentassem queixas de décadas atrás que, de outra forma, estavam prescritas ou expiraram de acordo com o estatuto de limitações do estado.
Todas as alegações são baseadas em abusos que supostamente ocorreram há pelo menos 27 anos, com várias reivindicações que remontam à década de 1940
Apenas seis dos frades citados nas reivindicações – quase todos apresentados na Califórnia – ainda estão vivos.
Os frades sobreviventes foram todos removidos permanentemente de todos os ministérios públicos e ambientes ministeriais, e vivem sob estrita supervisão de terceiros“.
Como foi o processo de acusação contra a Franciscanos da Califórnia?
Ainda de acordo com a Veja, os frades receberam 94 autuações por crimes sexuais, que ocorreram entre os anos 40 e de 96, a grande maioria na própria Califórnia.
Vale mencionar que no ano de 2019, a Califórnia facilitou os caminhos para que vítimas de abuso conseguissem denunciar seus agressores em tribunais.
Uma lei ampliou o limite de idade para levar um caso à corte de 26 para 40 anos, para permitir que sobreviventes tenham mais tempo para processar seus traumas.
Apesar de serem alvo constante de denúncias, os franciscanos também assumiram um papel ativo no julgamento desses crimes.
Quando a Califórnia expandiu os direitos das vítimas, os franciscanos em seguida forneceram à justiça 18 nomes de predadores sexuais investigados dentro da própria ordem.
A organização afirma ser mais transparente sobre o tema do que outros braços da Igreja.