O QUE ROLOU?!
Falência, abandono e rejeição: 3 montadoras, gigantes como a FIAT, têm fim amargo no Brasil
23/12/2024 às 7h30
Saiba o que aconteceu com as três grandes montadoras, tão populares quanto uma Fiat, cujas quais acabaram tendo um fim amargo após fracassos e falência
De longe, o mercado automotivo é um dos mais instáveis do mundo, ainda mais aqui no Brasil.
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Afinal de contas, mesmo com uma certa prosperidade inicial, muitas empresas acabam fracassando ou não obtendo sucesso em manter essa constância de conquistas.
Mesmo porque, ao longo das décadas, a economia brasileira enfrentou crises políticas e econômicas que reduziram o poder de compra da população e aumentaram os custos operacionais.
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Além disso, a desconfiança dos consumidores em relação à qualidade dos produtos e a falta de suporte técnico adequado aceleraram o declínio de várias montadoras.
Nesse contexto, a partir de informações coletadas através do Jornal do Carro Estadão, a equipe especializada em economia do TV Foco, traz três casos impactantes envolvendo grandes nomes de montadoras internacionais, tão grandes quanto uma FIAT, que acabaram tendo um fim amargo no Brasil.
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1. Lifan:
A Lifan foi uma das primeiras marcas chinesas a se estabelecer no Brasil. Chegando em 2010, apostou em modelos que prometiam unir tecnologia e preço acessível:
- Seu maior sucesso foi o SUV X60, lançado em 2013;
- No ano seguinte, se tornou o carro chinês mais vendido do país.
No entanto, o cenário começou a mudar rapidamente. Isso porque, apesar do seu bom desempenho do X60, outros modelos da marca, como o sedã 620, enfrentaram uma grande rejeição no mercado.
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A Lifan tentou reposicionar sua linha de produtos, mas os altos custos de operação e a falta de uma estratégia de longo prazo comprometeram a continuidade da marca no Brasil.
Em fevereiro de 2021, a Lifan ainda mantinha um site ativo e emitia comunicados à imprensa assegurando que suas operações seguiam normais, incluindo suporte pós-venda.
Contudo, na prática, a marca já estava encerrando suas atividades. Pouco depois, a Lifan decretou falência em seu país de origem, sendo adquirida pela Geely.
Hoje, a empresa renasceu como Livan, focada em veículos elétricos, mas sem planos de retorno ao Brasil.
Ao procurar declarações da marca sobre esse colapso, as mesmas não foram encontradas.
A Geely:
Falando na Geely … Ela chegou ao Brasil em 2014, representada pelo Grupo Gandini, que também opera a Kia no país:
- Inicialmente, a montadora trouxe dois modelos: o sedã EC7 e o compacto GC2.
- A proposta era atrair consumidores que buscavam carros com design e preços acessíveis.
Mas, apesar do otimismo inicial, a operação por aqui teve um prazo bem curto.
Isso porque a Geely enfrentou desafios desde o início, como a dificuldade de estabelecer uma rede de concessionárias robusta e de manter preços competitivos em um mercado cada vez mais instável.
Além disso, a baixa aceitação dos consumidores em relação aos veículos chineses prejudicou as vendas.
Em abril de 2016, apenas dois anos após sua chegada, a Geely anunciou sua saída do Brasil. Em comunicado, a empresa atribuiu a decisão à instabilidade econômica do país, que afetava tanto a demanda quanto os custos operacionais.
Com o fechamento das concessionárias, muitos consumidores ficaram sem assistência técnica e enfrentaram uma desvalorização drástica dos veículos.
Na época de sua saída, a Geely divulgou um comunicado culpando a instabilidade do mercado brasileiro e as condições econômicas adversas.
A empresa destacou que “o ambiente econômico não proporcionava segurança para novos investimentos” e que a decisão de sair do país era “necessária para manter a sustentabilidade global da marca”.
Para os consumidores, a saída da Geely trouxe inúmeros problemas, como desvalorização acentuada dos veículos e dificuldades na manutenção devido ao fechamento das concessionárias.
Zotye:
Por fim, outra marca chinesa que tentou se estabelecer no Brasil foi a Zotye.
Desde sua entrada no mercado, a empresa prometeu investimentos significativos, incluindo a construção de uma fábrica local.
A estratégia visava reduzir custos de importação e tornar seus produtos mais competitivos.
No entanto, a realidade se mostrou muito mais complexa. A Zotye enfrentou dificuldades para obter a aprovação dos consumidores, que viam seus modelos como inferiores em qualidade e design.
Além disso, o alto custo de operação e a falta de suporte técnico adequado agravaram a situação.
Pouco tempo depois de sua chegada, a Zotye abandonou os planos de construir uma fábrica e, em seguida, encerrou suas atividades no Brasil.
A empresa, ao anunciar sua saída, justificou a decisão pelas: “Condições econômicas adversas e o alto custo de operação no Brasil”.
A Zotye também mencionou que as sucessivas crises econômicas no país tornaram inviável a continuidade de suas operações.
Embora o anúncio tenha sido acompanhado de promessas de manter o suporte aos clientes existentes, muitos consumidores relataram dificuldades em acessar serviços de pós-venda e peças de reposição.
Mas, porque algumas montadoras fracassam no Brasil?
Todos esses casos acima ilustram como o mercado brasileiro pode ser hostil para marcas que não conseguem se adaptar às suas particularidades. Entre os principais fatores que levaram essas montadoras ao fracasso estão:
- Instabilidade econômica: O Brasil passou por crises significativas ao longo da década, que reduziram o poder de compra dos consumidores e aumentaram os custos operacionais.
- Custos elevados: A alta carga tributária, somada aos custos de importação e distribuição, tornou a operação no país extremamente onerosa.
- Rejeição do consumidor: Muitos brasileiros desconfiavam da qualidade e da durabilidade dos carros chineses, o que prejudicou as vendas.
- Falta de infraestrutura: A ausência de redes de concessionárias e suporte técnico adequado deixou muitos consumidores desamparados, impactando negativamente a imagem das marcas.
- Estratégias mal pensadas: A tentativa de competir apenas pelo preço, sem oferecer diferenciais claros, mostrou-se insuficiente para conquistar o mercado.
Considerações finais:
O mercado automotivo brasileiro é notoriamente instável, dificultando a permanência de montadoras internacionais.
Marcas como Lifan, Geely e Zotye, que chegaram com grandes ambições, enfrentaram rejeição do público, altos custos operacionais e crises econômicas locais.
Esses casos mostram como estratégias mal planejadas e falta de suporte técnico comprometem operações no Brasil.
Mas, para saber mais sobre essas histórias de falências, retomadas e muito mais, clique aqui*.
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.