NOSTALGIA!

Falência e adeus às prateleiras: 3 gigantes dos doces, populares da infância, são extintos em mercados

26/12/2024 às 6h20

Por: Lennita Lee
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3 marcas gigantes de doces deixaram de existir em meio à falência e fracassos (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva)

Doces amados na infância tiveram um triste adeus após anos de sucesso e a extinção faz muitos chorarem até hoje

É indiscutível que a infância seja uma fase mágica, repleta de descobertas e momentos que ficam eternizados na memória.

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Para quem cresceu nas décadas de 80 e 90, essa época foi especialmente marcante, permeada por brincadeiras ao ar livre, programas de TV icônicos e, claro, uma variedade de doces que adoçavam o dia a dia.

Aliás, os doces desempenharam um papel fundamental na construção dessas lembranças nostálgicas.

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No entanto, ao longo dos anos, muitas dessas guloseimas desapareceram das prateleiras, deixando um vazio no coração de quem as apreciava.

Diante disso, com base nas informações do portal Wiki, G1 e LinkedIn, a equipe especializada em economia do TV Foco traz mais detalhes dessas histórias açucaradas, porém repletas de tristeza e saudade …

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Alguns doces marcaram a infância de muitos na década de 80 (Foto: Reprodução / Freepik)

Bala Soft: A “bala da morte” dos anos 80

Nos anos 80, a Bala Soft emergiu como uma das guloseimas mais populares entre as crianças:

  • Suas cores vibrantes e sabor marcante a tornaram irresistível. Contudo, a bala ganhou notoriedade por ser potencialmente perigosa.
  • Devido à sua textura lisa, havia o risco de escorregar pela garganta e causar engasgamentos, o que lhe rendeu o apelido de “bala da morte“.
Bala soft (Foto Reprodução/YouTube)
Bala soft (Foto Reprodução/YouTube)

Embora não haja registros oficiais de fatalidades, o temor entre os pais era palpável.

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A polêmica levou à retirada do produto do mercado ainda nos anos 80, fazendo com que ele retornasse reformulado em 1990.

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A Bala Soft retornou com um formato quadrado, buscando minimizar os riscos. Mas, apesar da reformulação, a mudança não agradou totalmente ao público, resultando em queda nas vendas e, eventualmente, no seu adeus às prateleiras.

Não foram encontradas declarações oficiais dos responsáveis pela marca sobre o fim da Bala Soft. No entanto, apesar do tempo, o espaço permanece aberto.

Chiclete Ping Pong: O primeiro do Brasil

Lançado pela Kibon em 1945, o Chiclete Ping Pong foi o primeiro do gênero no Brasil.

  • Apesar de sua textura mais rígida, conquistou o público com suas figurinhas colecionáveis, que se tornaram febre entre as crianças.
  • Álbuns temáticos, como os dos Recordes Guinness e Copa do Mundo, impulsionaram as vendas.
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Ping Pong (Foto: Reprodução/ Internet)
  • Em 2002, a edição com figurinhas de Sandy & Júnior vendeu mais de 160 milhões de unidades.

Por décadas, o Ping Pong rivalizou com o Chiclete Ploc, da Adams, conhecido por sua maciez e adesivos que viravam tatuagens.

Ambas as marcas foram posteriormente adquiridas pela Kraft Foods, que optou por fundi-las.

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Com a crescente concorrência de marcas como Big Big e Babalu, o Ping Pong perdeu espaço no mercado, levando à sua descontinuação.

Da mesma forma que o caso acima, não foram localizadas declarações dos responsáveis pela marca sobre o encerramento da produção do Chiclete Ping Pong.

Porém, o espaço também permanece em aberto.

Chocolates Pan: Do auge à falência

Por fim, temos a Chocolates Pan, fundada ainda no ano de 1935, mas que teve seu maior BOMM entre os anos 80 e 90:

  • A Chocolates Pan sempre foi vista como uma das mais criativas, uma vez que buscava fabricar doces em formatos divertidos, mexendo assim com o imaginário dos seus clientes.
  • Um dos fatos mais marcantes envolvendo a marca é que o seu sucesso deu o pontapé inicial justamente com o lançamento dos polêmicos cigarrinhos de chocolate, ainda na década de 40.
Os “cigarrinhos” da Chocolates Pan fizeram sucesso no Brasil (Foto: Divulgação)
Os icônicos “cigarrinhos” da Chocolates Pan (Foto Reprodução/Internet)
  • Na época, eles eram verdadeiras coqueluches, já que o ato de fumar naquela época dava alusão a um hábito elegante e efervescente, uma vez que a indústria do cinema vendia a ideia, mas isso é outra história …

De acordo com O Globo, os cigarrinhos passaram a ser alvo de críticas, principalmente de profissionais da saúde que afirmavam que o chocolate no formato de cigarro poderia incentivar crianças ao vício.

Posteriormente, eles passaram a ser substituídos pela caixa de lápis de chocolate, outro sucesso dos anos 2000.

Fim devastador:

Apesar da tradição, a marca mais doce acabou amargando um fim devastador.

De acordo com o G1, sua falência foi decretada no dia 27 de fevereiro de 2023, pela 1a Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem de São Paulo.

A crise se deu após a empresa demonstrar incapacidade de continuar operando e honrar as dívidas, que já estavam nos R$ 300 milhões, fazendo com que sua despedida fosse inevitável.

A situação fatalmente desencadeou uma demissão em massa, colocando mais de 50 funcionários na rua.

Inclusive, assim que saiu a sentença de falência, alguns funcionários da empresa pediram mais três meses para a Justiça a fim de apresentar um novo plano para salvar seus empregos. Para saber mais detalhes do ocorrido, clique aqui.*

Tudo ficou ainda pior quando foi constatado que a mesma não recolhia impostos da forma correta há mais de 20 anos, o que deu ainda mais força para o triste desfecho.

Em nota, a administradora declarou: “Há ais de 20 anos a recuperanda (Pan) não paga seus impostos regularmente, conduta que já foi considerada em outras oportunidades como fraudulenta e contumaz..”

Também há “insuficiência de caixa e a impossibilidade de regularização do passivo, fato que compromete, irremediavelmente, seu soerguimento”.

Ao procurar declarações específicas dos responsáveis pela fábrica, as mesmas não foram encontradas. Porém, o espaço permanece aberto.

Leiloada

Inicialmente avaliado em mais de R$ 105 milhões, o complexo industrial tem 10.432 m² e está localizado na cidade de São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo.

Conforme exposto pela Positivo Leilões, os recursos obtidos com a venda seriam usados para:

  • Pagar credores;
  • Pagar funcionários;
  • Dar uma destinação útil ao imóvel para a sociedade.
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Entretanto, apesar das dívidas milionárias, caso surgisse um eventual comprador, ele receberia o complexo industrial livre de quaisquer débitos anteriores ao arremate.

Quem comprou a fábrica da Pan?

Por fim, no dia 19 de outubro de 2023, a Justiça finalmente homologou a compra da fábrica da Chocolates Pan à sua rival Cacau Show, uma das maiores marcas nacionais de chocolates da atualidade.

De acordo com a CNN, por meio do seu braço de investimentos CCSH, a Cacau Show disputou e levou todos os itens leiloados.

Entre os itens penhorados, ela arrematou:

  • A área do imóvel onde ficava a fábrica.
  • Todos os equipamentos e máquinas do local.

Conforme exposto pelo portal, a Cacau Show desembolsou R$ 71 milhões, representando um acréscimo de 33% do preço inicialmente estipulado.

O leiloeiro Erick Telles destacou que a decisão da Justiça foi crucial, pois estabeleceu o valor destinado ao pagamento dos credores.

Além disso, demonstrou a efetividade das medidas adotadas dentro do processo, que, segundo ele, caminha com bastante agilidade.

Outro fato positivo, segundo ele, é que os bens arrematados, que antes estavam abandonados, agora teriam um propósito.

Além disso, segundo a CNN, o governo distribuiu os recursos restantes entre a União, estados e municípios para quitar dívidas tributárias.

Quem comprou as marcas da Chocolates Pan?

Apesar de a Cacau Show ter levado a fábrica, em março de 2023, a empresa Real Solar, de Goianinha, região do Rio Grande do Norte, arrematou as 37 marcas da Chocolate Pan.

De acordo com a Agência Brasil, o lance vencedor foi de R$ 3,7 milhões. Um total de 12 empresas participaram do certame, que teve 25 lances.

De acordo com o administrador judicial da falência da marca, Fábio Rodrigues Garcia, da ARJ, o leilão da marca Pan foi crucial para o processo:

“O valor arrecadado vai ajudar a quitar parte das dívidas com os credores, especialmente vamos conseguir quitar todos os débitos com os funcionários.”

Além disso, o leilão vai possibilitar que a marca Pan retorne ao mercado, com uma nova gestão, uma nova proposta, gerando mais emprego e renda.

Conforme o portal Barte BLOG, todo o valor arrecadado teve como prioridade a quitação dos débitos trabalhistas.

Mas, para saber mais sobre essas histórias de falências, retomadas e muito mais, clique aqui*.

Considerações finais:

Doces icônicos como Bala Soft, Chiclete Ping Pong e os produtos da Chocolates Pan marcaram a infância das décadas de 80 e 90, mas enfrentaram declínio e extinção devido a mudanças de mercado, polêmicas e crises financeiras.

Enquanto a Bala Soft e o Ping Pong saíram das prateleiras sem explicações oficiais, a Pan teve falência decretada em 2023, com dívidas milionárias.

Suas marcas e fábricas foram leiloadas, garantindo pagamento parcial de credores e a promessa de um possível retorno ao mercado.

O legado dessas delícias, porém, permanece vivo na memória afetiva de muitos brasileiros.

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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