O QUE ROLOU?!
Falência decretada, atropelada pela Apple +: 3 gigantes têm fim devastador cravado nos shoppings
03/01/2025 às 4h00
Três gigantes marcas, as quais fizeram muito sucesso nas lojas de shoppings do país, acabaram tendo desfechos devastadores entre falências e defasagem
Quando falamos em grandes marcas, ainda mais no setor de tecnologia, muitas delas vivem uma constante roda-gigante entre apoteoses seguidas de quedas drásticas, muitas vezes definitivas.
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Pois é, gigantes que já foram sinônimos de inovação e status enfrentaram crises profundas quando não conseguiram acompanhar o ritmo avassalador das mudanças tecnológicas.
Mesmo porque, novas ideias e produtos tendem a transformar o cenário rapidamente, colocando em xeque a relevância das mais tradicionais.
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Pensando nisso, a equipe do TV Foco, especializada em economia, a partir de informações divulgadas pelo portal G1 e Tech Mundo, separou 3 desses casos, cujo adeus cravado nas lojas de shoppings deixou milhares sem chão.
1. BlackBerry:
Fundada em 1984 no Canadá pela Research In Motion (RIM), a BlackBerry alcançou o ápice de sua popularidade no início dos anos 2000.
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- A empresa foi pioneira em lançar celulares que combinavam teclado físico, e-mail corporativo e acesso à internet, criando um ecossistema de comunicação que revolucionou o mercado.
- Seu principal público-alvo envolvia profissionais de negócios e figuras de destaque, como políticos e executivos, os quais buscavam segurança e produtividade.
Uma marca de status
Em seu auge, os celulares BlackBerry representavam o sonho de consumo, apelidados carinhosamente de “CrackBerry“, devido à “dependência” que seus usuários desenvolviam.
Até mesmo Barack Obama, então presidente dos Estados Unidos, era um dos fãs declarados da marca.
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Segundo o portal TecMundo, o governo americano chegou a manter contratos exclusivos com o BlackBerry devido à sua tecnologia de segurança avançada.
Atropelada pela Apple
Entretanto, o cenário começou a mudar significativamente após 2007, com o lançamento do iPhone, da Apple.
Até porque Steve Jobs apresentou ao mundo um dispositivo que tem um design elegante, uma interface sensível ao toque e um sistema operacional inovador, o iOS.
A abordagem da Apple focava não apenas no hardware, mas também em um ecossistema de software robusto, com a App Store como grande diferencial.
Com isso, o BlackBerry não conseguiu reagir rapidamente. Sua insistência em manter teclados físicos e sistemas fechados contrastava com a experiência do iPhone, que priorizava uma tela ampla e a facilidade de navegação.
Em paralelo, o Android, liderado pelo Google, começou a ganhar terreno ao oferecer sistemas operacionais personalizáveis e dispositivos em diversas faixas de preço, deixando o BlackBerry ainda mais para trás.
De acordo com a consultoria Gartner, em 2010, a BlackBerry ainda tinha 16% do mercado global de celulares, mas esse número começou a despencar rapidamente.
Até 2016, sua participação era de menos de 1%. A incapacidade de competir com Apple, Samsung e outras gigantes foi fatal.
Infelizmente, no ano de 2021, a BlackBerry anunciou o fim definitivo de seus aparelhos e serviços móveis.
Em comunicado, a empresa orientou seus usuários a migrarem para outros dispositivos e sistemas operacionais, marcando oficialmente o fim de uma era.
Atualmente, a BlackBerry se posiciona como líder em cibersegurança e Internet das Coisas (IoT), atendendo empresas e governos, mas bem longe do protagonismo que teve nas principais lojas de celulares dos shoppings.
2. Nokia
Por outro lado, enquanto a BlackBerry liderava os segmentos corporativos, a Nokia reinava absoluta entre os consumidores comuns.
- Fundada em 1865 na Finlândia, a Nokia se tornou referência global no mercado de celulares, especialmente nos anos 1990 e 2000.
- Modelos como o 3310 e o 1100 conquistaram milhões de pessoas pela durabilidade e simplicidade.
Em 2007, a Nokia tinha uma fatia impressionante de 49,4% do mercado global de smartphones.
No entanto, a chegada do iPhone também atropelou seus planos. A Nokia apostava no Symbian, um sistema operacional considerado arcaico e um pouco intuitivo em comparação ao iOS e ao Android.
No entanto, esse mesmo avanço da Apple, aliado à ascensão do Android, provocou um declínio vertiginoso na participação da Nokia no mercado.
Foi aí que, no ano de 2014, a Microsoft adquiriu uma divisão de celulares da Nokia, na esperança de contribuir com sua presença no setor.
Porém, o Windows Phone não conseguiu competir com suas rivais e a estratégia acabou fracassando.
Hoje, a Nokia opera como fornecedora de tecnologia de redes e banda larga móvel, além de licenciar suas patentes para outras empresas.
Ao procurar pelas manifestações da Nokia quanto ao seu fim no mercado de celulares, as mesmas não foram encontradas. Porém, o espaço permanece aberto, caso queira expor a sua versão dos fatos.
3- Kodak – caída no esquecimento
A Kodak, fundada em 1889 por George Eastman em Rochester, Nova York, é considerada um marco na história da fotografia.
Desde a criação do primeiro rolo de filme e câmera de fácil manuseio até inovações como o filme a cores Kodachrome e o desenvolvimento da câmera digital, a empresa transformou a forma como as pessoas capturavam e guardavam suas memórias.
Conquistas e impacto global:
- Na década de 70, ela já dominava 90% do mercado de filmes e 85% do mercado de câmeras nos EUA.
- Empregava 100 mil pessoas e gerava lucros bilionários.
Isso sem falar nas inovações como:
- Primeira câmera portátil (Pocket Kodak);
- Filme colorido em massa (Kodachrome);
- Primeira câmera digital;
- Desenvolvimento de tecnologias para a indústria cinematográfica e médica (como o microfilme e avanços em análise de radiação).
No Brasil, a Kodak chegou a ser sinônimo de fotografia, com uma forte presença comercial e um impacto direto na popularização da fotografia amadora e profissional.
Quando a Kodak faliu?
Embora tenha criado a câmera digital, a Kodak relutou em lançar a inovação no mercado por medo de canibalizar seu principal negócio de filmes fotográficos.
Esse erro estratégico abriu espaço para empresas como Canon, Sony e Fuji dominarem o mercado emergente de câmeras digitais.
A crise global da Kodak culminou em sua falência no ano de 2012, afetando também suas operações no Brasil, encerrando oficialmente suas operações e deixando de ser uma referência nacional em fotografia.
Mas, apesar da falência, ela não deixou de existir totalmente, no entanto, ela foi “jogada no limbo”, sendo apenas “uma sombra do que foi” , conforme exposto pelo Start-se.
Ao procurar pelas manifestações da Kodak quanto à falência, as mesmas não foram encontradas. Porém, o espaço permanece aberto, caso queira expor a sua versão dos fatos.
Mas, se você quer saber mais sobre outras falências envolvendo grandes empresas, clique aqui*.
Considerações finais:
Três gigantes da tecnologia e fotografia, BlackBerry, Nokia e Kodak, que dominaram o mercado e as principais lojas de shoppings do país, em suas respectivas épocas, enfrentaram um declínio irreversível ao não se adaptarem às rápidas mudanças tecnológicas.
A incapacidade de inovar e acompanhar a concorrência, principalmente com a ascensão de smartphones e câmeras digitais, levou essas empresas a mudar de rumo e até mesmo ter sua falência decretada, deixando um legado de como a falta de adaptação pode ser fatal para empresas, mesmo as mais renomadas.
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.