Falências, crises e adversidades financeiras somadas à uma corrida implacável contra a concorrência, fez 3 gigantes do varejo terem um fim devastador
No auge de sua popularidade, gigantes do varejo marcaram o cotidiano dos consumidores brasileiros, e eram tão populares e amadas quanto a Magalu. Aliás, podemos dizer que a varejista é uma das maiores referências de sucesso da atualidade.
Porém, nem sempre os momentos foram de uma glória ininterrupta. Três grandes nomes do varejo nacional, tão popular quanto à mencionada Magalu, foram devastadas e tiveram um adeus amargo.
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Sendo assim, a partir do portal Wiki e Exame, a equipe especializada em economia do TV Foco levantou a história desses nomes, que são:
- Lojas Hermes Macedo;
- Manlec;
- Lojas Muricy.
1- Lojas Hermes Macedo
Fundada em 1932 por Hermes Farias de Macedo, em Curitiba, a HM começou como uma pequena loja de autopeças:
- Porém, com sua visão empreendedora, Hermes e seu irmão expandiram o negócio, incluindo bicicletas e eletrodomésticos em sua oferta;
- Nos anos 50, o grupo cresceu para fora do Paraná, abrindo uma loja de dez andares em São Paulo;
- A década de 80 marcou o auge da HM, com 180 lojas espalhadas por cinco estados brasileiros e um conglomerado diversificado que incluía financeiras e concessionárias de veículos.
- Foi líder do varejo nacional, superando rivais como Casas Pernambucanas e Lojas Americanas.
Falência e derrocada:
A crise econômica dos anos 90, agravada pelo Governo Collor, afetou severamente a HM.
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Disputas familiares após a morte da esposa de Hermes e a competição devastadora com as redes como C&A e Casas Bahia contribuíram para a queda.
Foi aí que no ano de 1992, o grupo que já não suportava mais, acabou pedindo pela concordata, mas sua falência foi inevitável em 1997.
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Não foram encontrados registros públicos de declarações ou entrevistas de representantes da empresa, como executivos ou familiares do fundador, sobre os momentos que antecederam a falência.
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No entanto, apesar do tempo, o espaço permanece em aberto.
2- Manlec:
Fundada por Atílio Manzoli e Felipe Lechtman em 1953, no bairro Bom Fim de Porto Alegre, a Manlec começou como uma fábrica especializada em copas coloniais:
- A entrada oficial no varejo ocorreu em 1967, e a marca rapidamente se expandiu, chegando a operar 46 lojas no Rio Grande do Sul.
- A empresa tornou-se um símbolo de inovação e qualidade, conquistando gerações de consumidores com seus designs exclusivos e campanhas publicitárias memoráveis.
Afogada em dívidas …
No início do século XXI, a Manlec começou a sentir o impacto da concorrência crescente e das mudanças nos hábitos de consumo.
A crise econômica global dos últimos anos agravou ainda mais a situação, levando a empresa a acumular uma dívida de R$ 100 milhões.
Em 2014, a Manlec solicitou recuperação judicial na tentativa de reestruturar suas dívidas e continuar operando.
Apesar dos esforços de recuperação, que incluíram a redução do número de lojas e reestruturação de operações, a Manlec não conseguiu estabilizar suas finanças.
Em julho de 2017, a Justiça decretou a falência da empresa, considerando inviável a continuidade das operações.
A decisão marcou o fim de uma era para a Manlec, que havia se tornado uma parte intrínseca da cultura gaúcha e do setor de móveis e eletrodomésticos no Brasil.
O que causou a crise da Manlec?
De acordo com o portal Economic News, a Manlec enfrentou vários obstáculos que culminaram em sua falência. Entre eles:
- O fato de ser devastada pelas rivais;
- As mudanças no comportamento dos consumidores;
- A crise econômica global;
- A incapacidade de adaptar-se às novas dinâmicas de mercado;
- Falta de inovação
Tudo isso contribuiu para o seu colapso. Durante o processo de recuperação judicial, a administração afirmou sua intenção de reestruturar a empresa, mantendo a operação como forma de preservar empregos e a marca.
Não foram localizadas declarações diretas detalhadas de membros da família fundadora ou da alta direção sobre o impacto ou as causas específicas do colapso.
Porém, espaço também permanece em aberto.
3- Lojas Muricy:
Fundada em 1976 pelo grupo Arthur Lundgren (Pernambucanas), a Muricy buscou modernizar o varejo de departamentos.
No entanto, dificuldades financeiras nos anos 1980 e 1990 levaram ao encerramento das operações.
No Brasil, suas lojas foram absorvidas pela Pernambucanas em 1998, e as operações no Chile terminaram em 1991, após a falência no país.
Não se sabe muitos detalhes sobre o caso, mas não foram encontrados registros públicos de declarações específicas dos executivos ou responsáveis pela administração da Muricy durante a transição e o encerramento das atividades.
Porém, espaço também permanece em aberto.
Quais são os direitos dos trabalhadores em caso de falência e encerramento de atividades?
O fechamento ou falência de uma empresa afeta não só consumidores, mas também funcionários, que possuem direitos garantidos por lei. De acordo com o portal Migalhas, os principais direitos estão:
- Rescisão contratual: Os empregados têm direito ao recebimento das verbas rescisórias, que incluem saldo de salário, aviso prévio, férias vencidas e proporcionais com adicional de um terço, e 13º salário proporcional;
- Multa do FGTS: Empregadores devem pagar uma multa de 40% sobre os valores depositados no FGTS em casos de demissão sem justa causa;
- Prioridade no pagamento em casos de falência: A legislação brasileira prioriza dívidas trabalhistas em processos de falência, garantindo que empregadores paguem seus funcionários antes de outros credores;
- Seguro-desemprego: Para aqueles que se enquadram nos critérios, é possível solicitar o benefício do seguro-desemprego.
Além disso, os trabalhadores podem recorrer à Justiça do Trabalho para proteger seus direitos, e os sindicatos atuam vigorosamente em seu apoio.
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Considerações finais:
As varejistas brasileiras como Hermes Macedo, Manlec e Muricy sucumbiram por conta de uma série de fatores:
- Concorrência feroz;
- Mudanças nos hábitos de consumo;
- Crises econômicas;
- Dificuldade em se adaptar a novas tecnologias.
A falta de flexibilidade e a incapacidade de inovar foram os principais motivos para o declínio dessas empresas.