FIM DE UMA ERA!
Falência, venda e engolida por rival: O fim decadente de 3 fábricas alimentícias gigantes no Brasil após anos
10/04/2024 às 10h54
Relembre 3 casos de grandes fábricas alimentícias que foram varridas após falência, vendas e mais
Se tem uma palavra que ficou muito evidenciada e assombrou os últimos anos, principalmente o de 2023, quando falamos sobre grandes empresas e varejistas é a palavra FALÊNCIA!
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Inclusive, esse mal não afeta apenas os menores empreendimentos. Ao longo dos tempos nos surpreendemos com notícias envolvendo grandes impérios, que da noite para o dia, caíram em ruína.
Falando nisso, separamos 3 desses casos envolvendo grandes fábricas alimentícias, que após anos em plena atividade e tradição, acabaram falindo de forma decadente, vendidas e até mesmo sumindo do mapa, para a tristeza de muitos …
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1- Café Damasco (Vendida)
Iniciamos a lista com a fábrica do Café Damasco, localizada na BR-277, em Curitiba. Em dezembro do ano de 2010 ela acabou fechada e mandou cerca de 150 funcionários embora.
De acordo com o portal Gazeta do Povo, a empresa passou a assinar devidamente as rescisões contratuais.
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As informações partiram do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Bebidas, Café e Alimentação de Curitiba e Região Metropolitana (Sindibebidas).
Essas demissões ocorreram poucos dias após o anúncio da venda do Café Damasco para a companhia norte-americana Sara Lee, que possuía uma liderança absoluta no mercado de cafés nos anos 2000.
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A transação foi divulgada ainda no dia 29 de novembro de 2010.
Segundo o Sindibebidas, a Sara Lee comprou apenas a marca Damasco, por R$ 100 milhões. Tanto a fábrica quanto os contratos de trabalho permaneceram com o antigo dono.
O presidente do Sindibebidas-PR, Antonio Sergio Farias lamentou o ocorrido: “Não pudemos fazer nada, apenas conversamos com a direção para garantir que os demitidos seriam indenizados”
Vale dizer que a garantia de pagamento foi dada pela própria Damasco. Ainda de acordo com o dirigente sindical, não houve risco de não pagamento dessas obrigações para com os funcionários.
Manifestação da Sara Lee:
Ao procurar a, até então, nova detentora da marca, a Sara Lee, o portal Gazeta do Povo alegou que a mesma apenas divulgou a seguinte nota:
“Sara Lee Cafés do Brasil informa que, como parte da incorporação dos negócios da Café Damasco, concluiu os estudos de reestruturação do quadro de funcionários.
A empresa oferecerá aos funcionários desligados o suporte necessário para auxiliá-los em sua recolocação no mercado de trabalho, sendo observadas todas as regulamentações e procedimentos locais exigidos”.
Vale dizer que a Damasco era considerada a líder no setor de cafés na região Sul do Brasil, e a sétima maior torrefadora de café do país.
Em 2010 a empresa havia completado 50 anos de existência. Do período de 2010 a 2007 ela foi considerada a segunda empresa paranaense do setor de bebidas a passar para as mãos de uma multinacional.
Em 2007, a centenária Leão Júnior, dona da marca de chás Matte Leão, foi adquirida pela também norte-americana Coca-Cola.
2- Ceval Alimentos (Engolida por Rival)
Na segunda da lista nós temos a Ceval Alimentos, fundada ainda em 1974 cuja propriedade pertencia a família Hering, nome familiar pra quem conhece o setor têxtil não é mesmo?
Pois é, de acordo com o portal Exame, a fábrica havia sido instalada no município de Gaspar, em Santa Catarina.
Muitos não sabem, mas ela era dona da Seara, cuja qual foi comprada pela empresa nos anos 80.
A Ceval também detinha outras marcas como o óleo de cozinha Soya, as margarinas Bonna, All Day e entre outras.
De acordo com o portal Folha de. S. Paulo, no ano de 1997 a Ceval foi vendida para a multinacional Bunge, uma de suas maiores rivais da época, pela qual foi “engolida“, ou seja, integrada à marca no ano de 1998
Vale mencionar que a compra da Ceval Alimentos pelo grupo argentino Bunge foi confirmado com a grande expectativa de crescimento anunciada em vários relatórios de analistas de investimentos na época.
3- Chocolate Pan ( Falência devastadora)
Para fechar a lista com chave de ouro, nós temos a falência devastadora da icônica Chocolates Pan, que fiou nacionalmente conhecida pelos cigarrinhos de chocolate e de brincar com o imaginário de muitos.
Infelizmente, a mesma teve sua falência decretada em meados de fevereiro de 2023, pela 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem de São Paulo.
Segundo o portal CNN, a empresa já estava em recuperação judicial desde o ano de 2021 e havia entrado com pedido de autofalência na Justiça, na 1ª RAJ (Região Administrativa Judiciária) do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), no dia 13 de fevereiro de 2023.
A marca sucumbiu de vez após reconhecer a incapacidade de continuar operando e honrar as dívidas. Ainda segundo o portal as mesmas chegavam na casa dos R$ 300 milhões.
Com isso a administradora judicial deu inicio ao encerramento definitivo da fábrica e seguiu vendendo os ativos restantes para conseguir pagar os credores.
Segundo o que a própria empresa declarou, a pandemia foi fator determinante que dificultou ainda mais o cenário catastrófico*
(*Para saber mais detalhes sobre a falência da Pan clique aqui)
Quem arrematou a fábrica da Chocolates Pan?
De acordo com o portal Folha de S.Paulo, a antiga fábrica da Chocolates Pan, foi colocada a leilão ainda em agosto de 2023, mas na época não havia recebido nenhum lance, sendo esnobada por completo em menos de 20 horas do fim do certame*
(Para saber mais sobre esse assunto, clique aqui*)
Avaliado em mais de R$ 105 milhões, o complexo industrial tem 10.432 m² e está localizado na cidade de São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo.
No dia 15 de setembro, de acordo com o Diário do Comércio, O Grupo Cacau Show ofereceu R$ 70 milhões, com entrada de R$ 17,5 milhões e o saldo em 30 meses.
No dia 19 de outubro, a Justiça homologou o processo oficializando assim o arremate da gigante dos chocolates por 71 milhões.
Por meio do seu braço de investimentos CCSH, a Cacau Show disputou e levou todos os itens leiloados, comprando a área do imóvel onde ficava a fábrica, bem como os equipamentos e máquinas do local.
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.