FIZERAM HISTÓRIA!

De falência à compra pelas Casas Bahia: O fim de 3 varejistas tão populares quanto a Magalu no Brasil

07/07/2024 às 6h00

Por: Lennita Lee
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3 varejistas, tão populares como a Magalu, acabaram tendo desfechos trágicos como falência e venda à grandes rivais como a Casas Bahia (Foto: Reprodução/Montagem/Lennita/TV Foco/Canva/Casas Bahia/Magalu)

Relembre o caso de 3 varejistas que fizeram história no país, mas que acabaram tendo um desfecho triste. Com direito à falências, fim de unidades e até venda à rivais como a Casas Bahia

Nunca antes a frase “não está fácil para ninguém!” fez tanto sentido como nos últimos anos. O pior é que nem mesmo as grandes lojas que pareciam imunes à crise financeira mundial acabaram passando por percalços e até mesmo fechamento, falências e até mesmo passadas para as mãos de grandes rivais.

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Agora não se engane achando que esse tipo de situação afeta somente o mercado de AGORA. Infelizmente crises e cenários desafiadores sempre aterrorizaram o nosso mercado, principalmente nos anos 80/90.

Também pudera, ao mesmo tempo que famosas lojas de departamento eram verdadeiras coqueluches das décadas e destino certo dos fins de semana, elas foram marcadas pelas políticas econômicas de abertura da economia até finalmente chegar a estabilidade da moeda no começo dos anos 90.

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Sendo que muitas nem chegaram a sentir o gostinho do real … O que provocou um grande e assombroso impacto no setor do comércio varejista.

Sendo assim, separamos 3 casos envolvendo esses nomes para você relembrar e saber o que afinal aconteceram com esses impérios que um dia foram tão populares quanto uma Magalu:

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  • Ducal
  • Pirani
  • Ultralar

1- Ducal

Fundada ainda na década de 50, a Ducal era conhecida como a maior loja de roupas masculinas e teve seu maior auge entre os anos 60 e 70.

Com filiais em 3 estados brasileiros, era especializada em moda para homens, seu nome além de remeter ao nobre título de duque, também era a junção das sílabas das palavras “duas calças”, pois quem comprava um paletó e uma calça ganhava outra mais barata e ficava, assim, com duas calças.

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Porém por comercializar peças extremamente a baixo custo, a loja era famosa não apenas por essa promoção como de não ter exatamente “um acabamento impecável”.

De acordo com o portal Veja São Paulo, sua última loja foi fechada em 1986. Isso porque o período próspero da marca já havia encerrado na metade dos anos 70 e a inflação acabou trazendo grandes prejuízos para a Ducal devido o seu crediário em parcelas fixas e sem correção monetária.

Segundo o portal Wiki, houve a necessidade de se unir à igualmente famosa rede mineira de eletrodomésticos Bemoreira, ainda em 1966.

A parceria até conseguiu um certo sucesso entre o final dos anos 60 e início dos 70. Mas a inflação continuava prejudicando o sistema de crédito, sem falar na mudança no comportamento de compra e moda do público.

Consequentemente, a Bemoreira-Ducal entrou em decadência. À medida que o grupo saía da mídia, as lojas começavam a ser fechadas uma a uma.

A última, localizada no município de Duque de Caxias, no Estado do Rio de Janeiro, foi desativada em 1986.

Por ser uma loja extremamente antiga não encontramos manifestações, tampouco notas oficiais da empresa comentando o ocorrido. Porém, apesar dos anos, é sempre bom deixar claro que o espaço permanece em aberto.

2- Pirani

“Uma loja dos sonhos” era como definiam a Pirani no início dos anos 70. Localizada no Brás, era conhecida por sua decoração de Natal, a mais caprichada da cidade naqueles tempos.

Possuía também uma loja de cinco andares no Edifício Andraus, e foi confirmado que lá se originou o famoso incêndio que destruiu o prédio em 1972, por negligência técnica.

De acordo com o portal Wiki, após a tragédia ficou decidida em processo Judicial que os responsáveis das Lojas Pirani deveriam pagar indenizações as famílias das vítimas e os feridos do incêndio causado pela marquise luminosa.

Como em uma matemática aonde 2 +2 não são 5, com essa quantidade absurda de pedidos indenizatórios para pagarem pouco tempo depois do caos, não teve outra alternativa a nao ser anunciar a sua falência pública.

O prédio passou por restauração e perícia pois restou apenas o esqueleto do prédio após o incêndio, sendo reconstruído pelos próximos quatro anos e reinaugurado em 1976, com novos proprietários.

Atualmente no local ele abriga uma parte da Secretaria Municipal de Finanças de São Paulo. Não se tem notícias sobre o estado atual da marca ou de seu dono, tampouco conhecimento sobre manifestações da mesma, mas a marca ainda passa por processo de recuperação judicial.

Seu último status de andamento foi em Janeiro de 2018, e pode ser consultada no site JusBrasil.

Ultralar:

Por fim temos a Ultralar, reconhecida como uma das maiores lojas de departamentos, ela foi fundada em ainda em 1956 e fazia parte do grupo Ultragás.

Como os fogões a gás ainda eram raros no país, a Ultragás montou uma loja para vendê-los e alavancar o negócio de gás de cozinha.

A rede cresceu em um curto prazo e se diversificou, abrindo inclusive um hipermercado nos anos 70, o Ultracenter, na Marginal Pinheiros, mais tarde comprado pelo Carrefour.

Porém, logo no inicio da década de 90, o Grupo Ultra iniciou o processo de desinvestimento de unidades fora do negócio principal, distribuição de gás e petroquímica, o que que incluiu:

  • Lojas Ultralar: com 44 lojas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio grande do Sul que foram vendidas ao Grupo Susa Vendex ( fusão entre Victor Malzoni com o holandês Vendex), que também controlava as lojas Sandiz e a Sears.

Foi nessa mesma época que se iniciou um programa para a modernização da Ultralar e passou a se chamar de Ultralar & Lazer incorporando algumas lojas da Sears no estado do no Rio de Janeiro.

Ainda na mesma época, foi desfeita a associação entre o Grupo Malzoni e o Grupo Vendex.

Fora isso, algumas empresas foram fechadas como Sears e Dillard’s e outras vendidas como a Drogasil e Ultralar & Lazer.

Falência e com dívidas até o pescoço

Infelizmente, nos anos 2000, com 17 lojas, a empresa já sentia diretamente o reflexo das mudanças do mercado e começou a sofrer com sérias dificuldades financeiras.

De acordo com o portal Diário do Grande ABC, a falência da Ultralar foi decretada no dia 08 de maio de 2000, pelo juiz em exercício da 6ª Vara de Falências e Concordatas do Rio de Janeiro, Marcel Laguna Duque Estrada.

Para concluir o processo de falência, a Justiça atendeu ao requerimento de um dos fornecedores da Ultralar, a paulista Anis Razuk Indústria e Comércio Ltda, de produtos de cama e mesa, que entrou na Justiça em 25 de outubro do ano de 1999.

A requerente pediu pelo fechamento da empresa por não ter honrado com a dívida de R$ 148,2 mil. Assim como a Pirani, nao encontramos manifestações da varejista sobre o ocorrido.

Quando que a Ultralar foi vendida à Casas Bahia?

Pouco tempo antes, para evitar uma catástrofe ainda maior, a Ultralar chegou a entrar em negociação com o Ponto Frio (Atualmente chamado apenas de Ponto) afim de vende-la, mas isso nunca se concretizou.

Porém, em meio a situação de falência e sem saída, a Ultralar acabou sendo vendida por completo à Casas Bahia que acabou engolindo TODOS os seus pontos de vendas.

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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