Âncora da Globo foi arrancado da emissora em troca de milhões e empresa faliu
Grandes marcas usam a TV como porta para a ascensão no mercado. Mas, uma delas acabou levando a pior ao arrancar um âncora da Globo por salário milionário e chegar ao fim de forma surpreendente.
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Atual âncora do Hoje Em Dia, na Record, César Filho é dono de um currículo extenso com passagens por outras emissoras. No passado, aliás, o jornalista foi estrela da Globo, ainda nos anos 80.
Durante uma entrevista ao ‘Programa de Todos os Programas’, comandado por Flávio Ricco e Dani Bavoso, no Portal R7, o comunicador relembrou ter sido convidado para ser âncora do SP2. Contudo, ele acabou recusando a proposta após receber uma proposta ainda melhor.
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Indagado sobre a causa de ter saído do Fantástico, em 1989, César Filho disse ter sido convidado para ser garoto-propaganda de uma famosa loja de departamento, a Mappin.
“Eu tive uma proposta pra fazer o SP2, aqui em São Paulo, que é o jornalismo da noite e simultaneamente eu tinha trabalhado com um diretor de comunicações de um magazine aqui em São Paulo, chamado Mappin. Eles precisavam de outro garoto-propaganda.”, iniciou o ex-âncora da Globo.
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“Fizeram testes com vários apresentadores e eu fiz também. Aí eu tive a proposta tanto para fazer os comerciais do Mappin, quanto pra fazer o SP2″, prosseguiu.
“Na época, pra mim fazer o TV Mulher e o Fantástico eu ganhava 7 milhões de cruzeiros. Ai a oferta inicial do Mappin, era um contrato de 5 anos que eu começava ganhando 32 milhões de cruzeiros. Eu não tinha o que fazer e fui falar com o Boni. Eu não sabia qual direção tomar”, prosseguiu ele.
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“Ele me disse: ‘Vai e faz’ [o contrato com o Mappy]. Só que ele me ensinou, faz o seu pé de meia, guarda dinheiro e aí eu optei por fazer esse contrato porque era a chance de comprar uma casa pra minha mãe e vi um universo totalmente diferenciado. Eu não me arrependo de ter feito isso, eu acho que fui muito feliz com essas escolhas e com a liberdade que eu tive depois de não ficar tão preso a um veículo só”, pontuou César Filho.
O que aconteceu com a Mappin?
Na década de 1970 e 1980, a Mappin vivia seus anos de ascensão. O grupo escreveu sua história na cidade de São Paulo desde a década de 1910, como uma loja de departamentos que foi referência.
Apesar do sucesso absoluto, a empresa não segurou as pontas e em 1999 acumulava 300 pedidos de falência e uma dívida de R$ 1,2 bilhão. Naquele ano, o grupo fechou as portas, deixando cerca de 2 mil funcionários desempregados.
Além disso, o proprietário do Mappin, Mansur, foi preso em janeiro de 2020, aos 71 anos, condenado por gestão fraudulenta.