Situação delicada de uma empresa tradicional
Afinal, R$ 11 milhões em dívidas e com pedido de falência decretada, uma tradicional empresa de transportes está ‘respirando por aparelhos’ hoje para sobreviver.
Na última quarta-feira, 06 de setembro, foi decretado a falência da empresa. Isso porque erros contábeis e a falta de apresentação de documentos financeiros fizeram com que a juíza Anglizey Solivan de Oliveira, da 1ª Vara Cível de Cuiabá, decretasse, novamente, o encerramento das atividades da empresa tradicional de transportes.
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Trata-se do Grupo Executiva North, que atuava no setor de transporte em Mato Grosso. O conglomerado é composto pelas seguintes empresas listadas:
- Fashion Tur Viagens e Turismo Ltda-ME;
- Transportadora Expresso Juara Ltda-EPP;
- Executiva North Transportes Ltda-ME;
- Adriane Transportes e Turismo Ltda-ME;
- América Tur Viagens e Turismo Ltda-ME;
- Vianorth Viagens e Turismo Ltda-ME;
- Expresso Norte Transportes Ltda-ME;
- Quartzonorth Indústria e Comércio de Argamassa Ltda-ME;
- AVM Viagens e Turismo Ltda-ME;
- Boa Viagem Transportes e Turismo Ltda-ME;
- MAV Indústria, Incorporadora e Construtora Ltda-ME;
- Rosário Tur Viagens;
- Incorporadora e Turismo Ltda-ME;
- Transcapital Transportes e Turismo Ltda-ME;
- Transruelis Transportes Ltda-ME;
NOVO PEDIDO DE FALÊNCIA?
As empresas haviam entrado com um pedido de recuperação judicial em 2013, após acumularem o valor chocante de R$ 11.729.346,50 milhões em dívidas. Elas justificaram que a pandemia da Covid-19 que agravou a crise.
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Não só no Brasil, mas no mundo todo a pandemia deixou um forte impacto nas empresas. Mesmo após três anos, várias delas ainda lutam para reverterem a situação.
A empresa também justificou que o fato do governo estadual ter autorizando a concorrência de fazer passagens com preços mais competitivos, a crise deflagrou a ponto da falência ter sido decretada.
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A primeira falência do grupo tinha sido em 2017. Porém, a decisão acabou sendo revertida, mas em 2022 a empresa decidiu requerer a autofalência de acordo com informações do portal Esportes Notícias.
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Acontece que a magistrada ao analisar a situação da empresa, relatou que faltavam muitos documentos referentes aos anos de 2021 e 2021.
“Concluiu-se, pois, que os fatos relatados pela administradora judicial e pelas próprias devedoras demonstram desde o início o descumprimento dos requisitos legais, bem como a inviabilidade na continuidade do processo recuperacional”, diz o trecho.
QUAL A SITUAÇÃO ATUAL?
Com prejuízo financeiro, perdendo para a concorrência, a falência da empresa além de fazer com que vários funcionários sejam demitidos, também o estado perde mais uma fonte importantíssima de receita.
“Importante destacar que o princípio da preservação da empresa foi observado durante todo o processamento da presente recuperação judicial, no entanto, se a fonte produtora não mais subsiste, por óbvio que desaparece, o fundamento da preservação da empresa, revelando-se imperiosa a decretação da falência. Assim, presentes as hipóteses que justificam a convolação da recuperação judicial em falência, declaro aberta nesta data a falência das empresas”, decidiu a magistrada.
Portanto, a empresa está ‘respirando hoje com a ajuda de aparelhos’, apenas para que osbens deixados pela mesma sejam arrecadados, para que em seguida, sejam creditados ao pagamento dos créditos deixados pela parte devedores.