O QUE ROLOU?!

Falência, engolida pela Magalu e lojas fechadas: 3 viradas ceifam varejistas nº1 do país

29/01/2025 às 6h40

Por: Lennita Lee
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Três varejistas passam por viradas chocantes, incluindo compra da Magalu e até mesmo falência (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/Bing)

Três viradas derrubam grandes varejistas, consideradas nº1 do Brasil; Relembre agora como essa quebra impactou o mercado

Ao longo de todos esses anos, o cenário varejista brasileiro testemunhou a ascensão e queda de diversas redes que, em seus tempos áureos, foram líderes de mercado e referência para os consumidores.

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Aliás, vale destacar que as mesmas eram consideradas como nº1 em referência e a ruína das mesmas deixaram uma grande lacuna entre seus consumidores mais fiéis.

Muitas razões as levaram a esse desfecho, no entanto, três viradas foram pontos cruciais para isso como:

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  • Crises financeiras;
  • Mudanças de mercado e concorrência acirrada, resultando em falências;
  • Fechamentos de unidades e aquisições por rivais.

Sendo assim, a partir de informações do portal Wiki e demais apurações, a equipe do TV Foco levanta três desses casos emblemáticos que ilustram bem essa realidade:

1. Lojas Hermes Macedo – Falência devastadora

A história das Lojas Hermes Macedo começou ainda nos anos 30 (1932) , quando o jovem Hermes Farias de Macedo , com seus apenas 18 anos, fundou em Curitiba (PR) a “Agência Macedo“.

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  • O negócio iniciou com a venda de autopeças usadas para caminhões, algo inovador para a época, já que a encomenda de peças automotivas no Brasil era bastante escassa.
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Hermes Macedo, fundador Lojas HM – (Foto: Reprodução/Montagem/Blog )
  • Com o sucesso da empreitada, Hermes e seu irmão Astrogildo passaram a anunciar nos jornais a compra de veículos usados, desmontá-los e revender suas partes.
  • O negócio prosperou rapidamente e, ainda na década de 30, a empresa deu um grande passo ao começar a importar peças novas dos Estados Unidos , tornando-se referência no setor.

Sucesso progressivo

Nos anos 40 , a empresa abriu sua segunda loja no centro de Curitiba , expandindo sua linha de produtos para bicicletas francesas e eletrodomésticos , itens que começaram a se popularizar no Brasil.

  • Em 1942 , inaugurava sua terceira unidade em Ponta Grossa (PR) .
  • Dois anos depois, adquiriu um grande prédio das Indústrias Matarazzo na capital paranaense, ampliando sua estrutura para oferecer uma variedade ainda maior de produtos.

A partir dos anos 50 , a Hermes Macedo passou a operar como loja de departamentos , oferecendo um mix diversificado de itens, como:

  • Confecções,
  • Utensílios;
  • Materiais de pesca;
  • Pneus,
  • Artigos de cama,
  • Mesa e banho,
  • Som e Náutica.
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Lojas Hermes Macedo – (Foto: Reprodução / Internet)

O processo de expansão passou a acelerar mais na década de 60, com a abertura de unidades nos principais municípios do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.

Foi nesse período que a rede atualizou o famoso slogan: Do Rio Grande ao Grande Rio”.

Já dos anos 70 aos 80, a Hermes Macedo tornou-se a maior rede de lojas de departamentos do Brasil, superando concorrentes como Casas Pernambucanas, Mesbla e Lojas Americanas.

A empresa investiu fortemente em marketing, utilizando propagandas em TV, rádio e jornais, além de promover sorteios de carros e prêmios.

Suas lojas eram conhecidas por grandes estruturas e fachadas modernas, as quais eram renovadas constantemente.

Tanto que, nos anos 80, a rede já contava com 180 lojas espalhadas pelo Brasil e figurava na 33ª posição entre as 500 maiores empresas privadas nacionais, conforme publicado em edição da Exame.

Declínio e falência total

Infelizmente, o império ruiu em 1990, impulsionado por uma combinação de fatores:

  • O Brasil enfrentava uma forte crise econômica, agravada pelo Plano Collor, que, como muitos sabem, congelou recursos financeiros e reduziu drasticamente o consumo.
  • Além disso, a morte da esposa de Hermes Macedo gerou disputas familiares internas, fragilizando a gestão da empresa.

Isso sem falar na concorrência contra a Casas Bahia, C&A e Riachuelo, as quais começaram a dominar o varejo, trazendo novos modelos de negócios e financiamento que atraíam mais consumidores.

Em 1992, Hermes Macedo entrava com pedido de concordata, e em três anos depois, um acordo foi feito com as Lojas Colombo, permitindo que a rede continuasse operando com estoques e estrutura compartilhada.

Mas, infelizmente, tais medidas não foram suficientes para reverter a crise. Em 1997, a falência de Hermes Macedo foi oficialmente decretada, encerrando uma história de 65 anos de atuação no varejo brasileiro.

Manifestações:

Não há registros de manifestações públicas por parte da família Macedo ou de antigos executivos da rede sobre o encerramento das atividades.

No entanto, se algum representante quiser expor a sua versão dos fatos, apesar do tempo, o espaço permanece aberto.

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2. Casa Cruz – Fechou tudo!

A tradicional papelaria Casa Cruz, fundada em 6 de dezembro de 1893, no Rio de Janeiro, por José Rodrigues da Cruz, teve sua criação motivada por um desentendimento familiar.

José e seu pai, o comerciante português Manoel Rodrigues da Cruz, mantinham juntos uma loja de artigos marítimos, especializada em lampiões e vidros de vigilância para navios.

Após a separação dos negócios, José decidiu abrir sua própria empresa, que rapidamente se consolidou como uma das principais papelarias do Rio de Janeiro.

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Com 124 anos de história, a Casa Cruz fechou suas portas (Foto: Reprodução/ Internet)

Primeira inaugurada

A primeira loja foi inaugurada na Rua Ramalho Ortigão , mas ao longo dos anos a rede se expandiu, com unidades no:

  • Centro;
  • Tijuca;
  • Copacabana;
  • Madureira;
  • Campo Grande;
  • Nova Iguaçu;
  • Niterói .

A Casa Cruz passou a se tornar referência na venda de livros, materiais escolares e papelaria em geral, além de oferecer produtos com marcas próprias, como “Silhueta” e “Casa Cruz” .

Com a chegada dos anos 2000, mais precisamente 2001, a empresa lançou sua loja virtual, apostando no comércio eletrônico como uma forma de modernização, em uma época em que isso estava apenas começando

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Fim de uma era:

Apesar de sua forte presença no mercado carioca, a Casa Cruz passou a a enfrentar dificuldades no início de 2010 .

Com o avanço da digitalização e das grandes redes varejistas, a mesma encontrou dificuldades para manter o desempenho da empresa.

Além disso, um incêndio em dezembro de 2007 comprometeu a loja do Largo de São Francisco de Paula, um dos seus pontos de venda mais fortes.

Fatalmente, em agosto de 2017 , a Casa Cruz fechou todas as suas lojas físicas, mantendo apenas a operação virtual.

No entanto, a crise se aprofundou ainda mais e em 2018, a empresa fechou sua loja online, encerrando definitivamente as atividades, marcando o fim de uma era de uma das papelarias mais emblemáticas do país.

Manifestações:

Da mesma forma que o caso anterior, não há registros de manifestações oficiais da Casa Cruz ou de seus ex-proprietários sobre o encerramento da empresa, porém, o espaço permanece igualmente aberto.

3. Lojas Maia – Engolida pela Magalu

Por fim, temos o caso da Lojas Maia, a qual surgiu no Nordeste brasileiro, inicialmente sob o nome “Casa Maia”, fundada por Francisco Severiano Vasconcelos em Patos, Paraíba .

Seu filho, Arnaldo Dantas Maia, ajudava nos negócios, que tinham como foco a venda de:

  • Utilidades domésticas;
  • Rádios;
  • Radiolas;
  • Móveis.
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As antigas Lojas Maia foram convertidas em unidades da Magazine Luiza (Foto Reprodução/Inernet)

A primeira filial foi aberta em João Pessoa, expandindo-se rapidamente para outras cidades da região.

Em 1972, a razão social foi alterada para FS Vasconcelos e Cia Ltda., quando a rede passou a vender artigos de cama, mesa, banho e perfumaria.

Nos anos 2000, a Lojas Maia já contava com 140 lojas espalhadas pelos novos estados do Nordeste, sendo uma das principais redes varejistas da região.

Quando a Magalu comprou a Casas Maia?

Mas, em 16 de julho de 2010, o Magazine Luiza anunciou a compra das Lojas Maia e, a partir de novembro do mesmo ano, as fachadas passaram a exibir os nomes das duas marcas.

No entanto, somente em setembro de 2012 que a transição foi concluída, e a marca Lojas Maia foi oficialmente extinta, dando lugar ao império da Magalu.

MAS ATENÇÃO! Embora existam outras varejistas com esse mesmo nome, elas não possuem nenhuma ligação com a história das Lojas Maia mencionada.

Manifestações:

Não há registros de manifestações públicas da família Maia ou de antigos executivos sobre a venda da empresa, porém o espaço permanece em aberto.

Mas e você, lembra de outras varejistas que fizeram história? Se sim, deixe nos comentários!

Conclusão:

Em suma, três gigantes do varejo brasileiro, Hermes Macedo, Casa Cruz e Lojas Maia, sucumbiram a diversas crises ao longo das décadas.

Crises econômicas, mudanças de mercado, concorrência e comércio eletrônico levaram ao declínio e fim de empresas outrora dominantes.

A história dessas marcas serve como um lembrete da dinâmica e da competitividade do setor varejista. Mas, para saber mais sobre mais histórias como essa, clique aqui.*

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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