3 montadoras populares foram devastadas e extintas por crises, falências e até mesmo vendas à rivais; Relembre os nomes que fizeram história no Brasil
O Brasil sempre foi um terreno fértil para a indústria automotiva, com grandes montadoras fazendo história no país ao longo das décadas.
Desde a chegada dos primeiros automóveis importados no início do século XX até o estabelecimento de fábricas locais, marcas icônicas ajudaram a moldar o mercado nacional.
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Gigantes como Scania, Volvo e Mercedes-Benz continuam sendo sinônimos de qualidade e inovação, especialmente no segmento de veículos pesados, consolidando suas operações e conquistando gerações de consumidores.
No entanto, nem todas as montadoras obtiveram o mesmo sucesso. Até porque, algumas marcas, apesar de seus esforços, não conseguiram superar os desafios do mercado brasileiro.
Sendo assim, a partir de informações do canal Apaixonados por Estrada, do YouTube, a equipe do TV Foco especializada em história da indústria e comércio, destaca 3 montadoras que encerraram suas atividades no país, em meio a fracassos, falências e até vendas à rivais, marcando o fim de suas histórias no Brasil.
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1. Matra:
A Matra foi uma empresa brasileira de caminhões e chassis de ônibus com uma trajetória relativamente curta, mas marcante:
- Fundada em 1987, por Paulo Cezar Maciel da Silva, a empresa iniciou suas operações em Florianópolis (SC) e logo se destacou com o lançamento do caminhão Matra M22.
- O Matra M22 era um veículo de porte médio com características inovadoras para a época: cabine avançada de fibra de vidro, motor Perkins turbo, rodas raiadas e um sistema de ventilação forçada nos freios traseiros.
Porém, apesar de suas qualidades, o caminhão não obteve o sucesso esperado nas vendas.
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Nos anos 90, a Matra ainda diversificou sua produção, lançando os chassis de ônibus CMO-1615 e 1618.
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Mas, infelizmente, esses chassis, com motorização MWM e concepção convencional, também não alcançaram grande volume de vendas.
Diante das dificuldades comerciais, a Matra encerrou suas atividades em 1992, assinando por si só a sua falência no mercado.
Apesar da extinção, a empresa deixou como legado uma história de pioneirismo na indústria brasileira de veículos comerciais, com modelos que se destacaram por sua originalidade e robustez.
Ao procurar manifestações ou notas dos responsáveis pela montadora, as mesmas não foram encontradas.
Porém, apesar do tempo, caso a empresa queira se manifestar para expor a sua versão dos fatos, o espaço permanece aberto.
2. Fiat Diesel:
A Fiat, antes mesmo de ser essa queridinha entre motoristas, chegou ao Brasil em meados da década de 70, com o objetivo de expandir seus negócios no mercado de caminhões:
- A empresa iniciou suas operações no país através da aquisição de parte das ações da Alfa Romeo brasileira, sucessora da FNM (Fábrica Nacional de Motores), conforme podem ver por aqui*.
- Os primeiros caminhões Fiat produzidos no Brasil foram lançados em 1976. Entre eles, destacavam-se o modelo 130, um caminhão médio, e o 190E, um modelo mais pesado.
- Porém, a produção inicial enfrentou desafios como a necessidade de atender aos índices de nacionalização exigidos pelo governo.
Desafios:
Nesse ínterim, ela enfrentou desafios como a pressão pela nacionalização. Diante disso, a empresa precisou adaptar seus produtos para atender aos requisitos de conteúdo nacional, o que exigiu investimentos e ajustes em sua linha de produção.
Além disso, o mercado de caminhões era altamente competitivo, com marcas como Mercedes-Benz, Ford e Chevrolet já estabelecidas no país.
De acordo com o portal LexiCard, a Fiat Diesel ainda chegou a passar por diversas greves e conflitos com seus trabalhadores, o que impactou negativamente a produção e a imagem da empresa.
Sendo assim, somado ao período de instabilidade econômica, a demanda por caminhões e a capacidade de investimento da empresa sofreram uma brusca queda.
Por fim, em 1985, a Fiat decidiu encerrar as atividades da Fiat Diesel no Brasil.
Com isso, a produção foi interrompida e a fábrica foi vendida. A decisão foi motivada pela falta de perspectivas de crescimento do mercado de caminhões e pela necessidade de concentrar os investimentos em outras áreas.
No entanto, ela também deixou seu legado no setor dos caminhões como:
- Introdução de novas tecnologias: A Fiat trouxe para o Brasil caminhões com tecnologias mais modernas, como motores mais eficientes e cabines mais confortáveis.
- Criação de empregos: A fábrica da Fiat Diesel gerou milhares de empregos diretos e indiretos.
- Desenvolvimento da indústria automotiva: A presença da Fiat contribuiu para o desenvolvimento da indústria automotiva brasileira.
Ao procurar manifestações ou notas dos responsáveis pela montadora, as mesmas não foram encontradas.
Porém, apesar do tempo, caso a empresa queira se manifestar para expor a sua versão dos fatos, o espaço permanece aberto.
3. Dodge caminhões:
Presente no Brasil desde 1969, a Dodge iniciou sua produção com modelos como o D400 e o D700.
- Uma curiosidade é que o Dodge Dart é um carro muito lembrado pelos brasileiros, principalmente pelo potente motor V8 que o equipava.
- Mas a verdade é que uma boa parte das vendas da Dodge (no caso pertencente à Chrysler), no Brasil, vinham dos caminhões, que também eram V8.
- No entanto, a Chrysler do Brasil foi vendida para a Volkswagen em 1980, onde as operações da fabricação de caminhões passaram para esta (começando a divisão de caminhões da VW).
Com isso, os carros saíram de linha um ano depois. A partir daí alguns caminhões já vinham como Volkswagen, mas com algumas peças Dodge.
Até que em 1984 a marca por fim parou de ter os próprios caminhões, existindo apenas a VW, ou seja, com a venda ela acabou sendo engolida por completo pela rival.
A Dodge até chegou a voltar ao Brasil em 1998 com a venda da picape Dakota, mas, de acordo com o portal, não tivemos mais veículos comerciais da marca por aqui.
Para sobre mais informações sobre montadoras, clique aqui*.
Qual foi o legado deixado pela Dodge?
Apesar do seu fim, a Dodge tem um legado de inovação, desempenho e contribuição para a indústria automobilística, com destaque para:
- Pioneirismo em carroceria de aço
- Desempenho automotivo: Especialmente nos anos 20 ao desenvolver o motor-8-cilindros V6
- Competidora assídua pela NASCAR Muscle Car Group na década de 60.
- Símbolo da Dodge: O símbolo ícone da Dodge, um carneiro selvagem, escolhido em 1932. O carneiro representa o equilíbrio entre segurança, força e controle.
Da mesma forma que as demais, ao procurar manifestações ou notas dos responsáveis pela montadora, as mesmas não foram encontradas.
Porém, apesar do tempo, caso a empresa queira se manifestar para expor a sua versão dos fatos, o espaço permanece aberto
Considerações finais:
A indústria automobilística brasileira, por muito tempo, serviu como um terreno fértil para grandes marcas, também testemunhou a saída de algumas delas.
Matra, Fiat Diesel e Dodge, por exemplo, marcaram presença no país, mas enfrentaram desafios que as levaram a encerrar suas operações no país.