Empresa que possui uma famosa marca de tênis se envolveu em uma série de polêmicas como falência e prisão nos últimos anos
Uma marca bem popular de calçados já passou por várias turbulências. Entre pedidos de falência de suas controladoras e até mesmo a prisão de seu fundador, a empresa deu a volta por cima e segue até hoje em funcionamento.
A Ortopé surgiu em 1963, no Rio Grande do Sul, pelo gaúcho Horst Ernest Volk. Em 1973, a gestão da companhia deixou de ser centralizada na família Volk após a alemã Elefanten Schue adquirir uma fatia societária da companhia.
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De acordo com o portal Terra, em 2007, marca entrou com um pedido de falência e foi adquirida pelo grupo Paquetá The Shoe Company. A empresa gaúcha tentou alavancar novamente a marca de produtos infantis que explodiu em vendas nas décadas de 1980 e 1990.
Dois anos depois, a Paquetá entrou com um pedido de falência por uma dívida de R$ 638,5 milhões. Em seguida, o grupo Vulcabras Azaleia arrematou o ativo da marca após a concorrente entrar com pedido de recuperação judicial.
Já em 2020, assim como a concorrente, a dona da Azaleia vendeu os negócios da Ortopé e da Dijean para a Dok Calçados. Em todos os casos, as companhias que compraram a Ortopé acabaram entrando com pedidos de recuperação judicial.
De acordo com o g1, o Grupo Dok demitiu 500 funcionários no início de 2023, em meio a uma crise financeira. A informação foi confirmada pelo Sindicato da Indústria de Artefatos de Couro e segundo a fonte, foram 320 profissionais na unidade do município de Frei Paulo e 180 em Salgado, em Sergipe.
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INVESTIGAÇÕES
O portal Exclusivo informou que o Grupo Dok se tornou alvo de investigação por suspeita de fraude. O Ministério Público de São Paulo abriu uma investigação para apurar suspeitas envolvendo a dona das marcas Ortopé e Dijean. Existem 17 inquéritos instaurados pela Polícia Civil para investigar supostos casos de fraude, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
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POR QUE DONO DA ORTOPÉ FOI PRESO?
Em 1999, Horst Ernest Volk foi preso por sonegação fiscal com fraude. Na ocasião, o filho do empresário, Paulo Volk, comandava a companhia.
Contudo, a prisão do empresário estava ligado à sua gestão fiscal. À época, o mandado de prisão atendeu a um pedido do Ministério Público Federal que acusava Volk de utilizar notas fiscais falsas, evasão de tributos do Imposto de Renda e contribuições sociais de funcionários, além da sonegação de mais de R$ 1 milhão.