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Falência, fusão do Bradesco e fim de milhares de agências: A reviravolta e adeus de instituição no Brasil

07/12/2023 às 6h10

Por: Lennita Lee
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Instituição financeira passou por reviravoltas em meio à crises, venda ao Bradesco e fechamento de agências (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco)

Saiba mais sobre a reviravolta de uma das maiores instituições financeiras

E uma importante e gigantesca instituição financeira, acabou passando por uma grande reviravolta ao dar adeus ao país e ver suas ações sendo vendidas a um dos seus maiores rivais, o Banco Bradesco.

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Fora isso, ela passou pelo fim de suas agências espalhadas em todo território nacional além de uma especulação em torno de uma possível falência.

Estamos falando do HSBC Brasil, unidade do país pertencente ao Banco HSBC, uma das maiores instituições financeiras que já tivemos e que acabou tendo um desfecho inesperado por milhares.

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Banco Bradesco (Foto Reprodução/Internet)

 Breve história

Fundado em 3 de março de 1865, sua origem remonta ao contexto do Neocolonialismo britânico, quando o escocês Thomas Sutherland fundou um banco em Hong Kong em 1865 para financiar o comércio baseado no tráfico de ópio no Extremo Oriente.

De acordo com a Wikipédia, ao longo do século XX, concentrou suas atividades em Hong Kong, então sob domínio do Reino Unido, e a partir da década de 1980 a expandir seus negócios para os Estados Unidos e a Europa.

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Alguns anos antes da devolução do território à República Popular da China, a sede do banco foi transferida para Londres.

No ano de 1997 ele desembarcou no país e sediou a primeira agência do HSBC Brasil em Curitiba, Paraná, para assumir o lugar do saudoso Banco Bamerindus do Brasil S.A*, que estava falido.

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De acordo com o portal Época, tendo mais de 1.700 filiais e postos de atendimento espalhadas por 550 cidades brasileiras, o banco se firmou entre as 10 maiores instituições financeiras do Brasil, contando com mais de 5 milhões de correntistas.

Ao assumir o controle do Bamerindus, o HSBC tinha planos ambiciosos. Seu primeiro presidente no país, o inglês Michael Geoghegan, queria usar a força do HSBC para transformar o Bamerindus no maior banco privado brasileiro.

O HSBC chegou no Brasil em 1997 para assumir a massa falida do antigo Bamerindus (Foto Reprodução/Internet)

O HSBC chegou no Brasil em 1997 para assumir a massa falida do antigo Bamerindus (Foto Reprodução/Internet)

A ideia era superar os pesos-pesados locais, como o Bradesco e o Itaú, e se tornar uma fonte de lucros polpudos para a matriz.

No rastro da abertura comercial brasileira, ele pretendia também ser o grande parceiro das empresas na área de comércio exterior. Sua meta era fazer do provinciano Bamerindus, que glorificava a cultura rural, um banco cosmopolita.

1- Planos frustrados

Para alcançar seus objetivos, Geoghegan, que se tornou o comandante global do grupo britânico entre os anos de 2006 e 2010.

A pretensão era aproveitar a experiência do HSBC no mercado internacional e investir na popularização do atendimento, atraindo clientes das classes C e D que, até então, eram menosprezadas pelos demais bancos locais.

Vale mencionar que essa foi a mesma estratégia adotada em Hong Kong, onde o HSBC se tornou em uma das maiores instituições financeiras do planeta.

Infelizmente, 18 anos após a sua chegada, esses planos ambiciosos nunca ocorreram no país.

2- Prejuízos

Foi aí, que no ano de 2014, ao invés de conseguir o lucro almejado, o banco se deparou com o gosto amargo de um prejuízo de R$ 549 milhões.

Para completar o quadro crítico, o Brasil, em vez de aprofundar a abertura, tornou-se um campeão mundial de protecionismo, frustrando os planos do banco de crescer na área externa.

Diante dos resultados quase que imperceptíveis, o HSBC não teve outra escolha a não ser deixar o varejo no país e limitar sua atuação aos negócios com grandes empresas.

3- Especulações de falência

Muitas especulações foram levantadas na época sobre o banco ter saído por conta de uma falência.

Porém, de acordo com o portal Época, a saída da instituição fez parte de uma estratégia global do mesmo após ficar diante de resultados tão insatisfatórios.

Essa estratégia de encolhimento e simplificação existe desde 2011, quando Gulliver e o presidente do conselho de administração, Douglas Flint, assumiram o comando.

Apesar de o banco ter passado melhor que a concorrência pela crise financeira global, viu-se obrigado a rever a agressiva política de expansão implementada no fim dos anos 90 e na década passada.

A gestão de uma operação global revelou-se mais complexa do que esperavam os executivos idealizadores da estratégia.

Os custos, muitas vezes, não compensaram os benefícios. O ajuste incluiu o corte de 25 mil vagas até o ano de 2017, além das 40 mil já eliminadas desde 2011, do total de 266 mil existentes hoje globalmente.

Na época o Banco estudava voltar a sediar seus negócios em Hong Kong, de onde se mudou para Londres em 1992, após a compra do Midland Bank, sua plataforma de varejo no Reino Unido.

Os cortes, segundo Gulliver, permitiam economizar US$ 5 bilhões por ano (27% do lucro de 2014).

Venda ao Bradesco

No ano de 2015, como mencionamos logo no inicio desse texto, o Banco Bradesco comprou 100% das operações do HSBC Brasil por uma bagatela de R$ 16 bilhões.

De acordo com o G1, o Bradesco anunciou a compra do HSBC Brasil em agosto do ano de 2015,  por US$ 5,2 bilhões (o que na época equivalia a R$ 17,6 bilhões) em dinheiro

Mas, segundo o banco, o valor estava sujeito a ajustes após conclusão do balanço do HSBC Brasil, como assim ocorreu.

1-Aprovação do Cade

Ainda de acordo com informações divulgadas pelo G1, apesar da compra ter sido iniciada em 2015, somente em junho de 2016 que o Bradesco recebeu a aprovação do Cade, porém com restrições.

Na época, entre as ações que o Bradesco teria que adotar, ele teria que estimular os novos clientes, presentes nas 106 cidades do país a transferir operações de crédito (como empréstimos pessoais) para outros bancos.

Além disso, o acordo impedia que o banco comprasse uma nova instituição financeira por um período de  30 meses.

2- Terror da concorrência e fusão

Com a aquisição, como mencionamos, o Bradesco assumiu 100% das operações do HSBC no Brasil,  dominando assim o varejo, seguros e administração de ativos, bem como todas as agências e clientes.

Com a fusão das operações, o Bradesco alcançou um aumento no valor total de seus ativos em 15,9%, ou R$ 175 bilhões, totalizando R$ 1,276 trilhão, segundo informou o banco, para o terror do seu maior concorrente, o Itaú.

Segundo os dados do Banco Central, o Bradesco ficou atrás somente do Banco do Brasil, que na época era o líder e, ainda assim, de forma bem acirrada.

Já a carteira de crédito do Bradesco cresceu 15,4%, alcançando R$ 534,5 bilhões.

Como ficaram os clientes e as agências do HSBC Brasil?

Os cinco milhões de clientes do HSBC Brasil foram integrados ao Bradesco no dia 08 de outubro de 2016. Com isso, as fachadas das 851 agências do HSBC passaram a ter somente a marca do Bradesco.

Segundo o portal Exame, os clientes do HSBC foram devidamente orientados, na época, sobre os procedimentos para a integração com o Bradesco.

Fora isso, o Bradesco enviou, a cada um deles, um kit de boas-vindas, com informativos a respeito do que mudaria ou não na vida desses correntistas com a mudança de gestão, assim como  um cartão de débito para que eles pudessem movimentar as suas contas.

De acordo com o portal IDinheiro, na internet, a página do HSBC Brasil, assim como contas no Twitter, Youtube, Linkedin e Facebook  foram desativadas.

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Não deu certo aqui, mas em outros países …

Apesar de não ter dado certo no Brasil, o HSBC ainda está ativo em alguns países.

De acordo com informações divulgadas pela Wikipédia, a rede internacional do Grupo HSBC é composta por aproximadamente 6.200 escritórios e agências distribuídas em 129 países e territórios na Europa, Ásia, Américas, Oceania, Oriente Médio e África.

HSBC ainda opera em países da Europa, Africa e Asia (Foto Reprodução/Internet)

HSBC ainda opera em países como da Europa, Africa e Asia (Foto Reprodução/Internet)

Inclusive, de acordo com o portal Estadão Investidor, ele continua recebendo a alcunha de um dos maiores bancos do mundo e agora inovou mais uma vez.

Agora, em novembro de 2023, ele ingressou nos ativos digitais ao anunciar a oferta de serviços de custódia para tais serviços, como títulos e ações tokenizados.

Essa medida é mais um passo do banco no sentido de se tornar um player importante no mercado de cripto.

 

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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