Empresa gigantesca do setor de refrigerantes, vista como uma rival da Coca-Cola no mercado, acabou entrando em falência após não suportar a crise causada pelas dívidas e um cenário cada vez mais desafiador
O mercado brasileiro de refrigerantes, historicamente falando, é um dos pioneiros na industrialização nacional.
Esse liquido colorido e saboroso está constantemente presente nas escolhas dos consumidores, se tornando um importante segmento da economia nacional, gerando renda e empregos nos mais diversos territórios brasileiros.
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Porém, nem mesmo grandes marcas do segmento estão imunes a passar por reviravoltas e até mesmos crises, colocando até mesmo os rótulos mais favoritos na berlinda.
Como aconteceu no ano de 2020, quando uma famosa e grande marca de bebidas, rival da Coca-Cola nos mercados acabou tendo um fim trágico após não suportar uma crise causada por um amontoado de dívidas.
O fim de um refrigerante de sucesso …
A marca em questão trata-se dos Refrigerantes Del Rey, pertencentes ao Grupo Del Rey, cujo atuava no mercado desde a década de 40 no país e conseguiu se consolidar como uma das marcas mais importantes do segmento.
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De acordo com o portal Wiki, sua fábrica ficava localizada na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), produzindo vários refrigerantes que foram um verdadeiro sucesso em todo o estado.
Inclusive, eles rapidamente caíram no gosto da população da região, assim como suas principais rivais; a mencionada Coca-Cola e o icônico e brasileiro Guaraná Antártica.
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Porém, apesar de todo esse prestígio, após mais de 80 anos, ela teve a sua falência decretada deixando milhares de consumidores em choque.
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Um fato interessante é que, conforme exposto pelo Notícias Concursos, ao contrário de tantas empresas que conseguem entrar com um pedido de recuperação judicial, o Grupo Del Rey teve a sua falência decretada de forma direta e inevitável.
Um escândalo …
Segundo laudo de avaliação do Grupo Del Rey, realizado pela Elege Engenharia do Valor & Sustentabilidade, foi no ano de 2011 que passou a se identificar a derrocada da companhia.
Para piorar a situação, tudo degringolou justamente no mesmo período em que o Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF-MG) denunciaram os donos da marca de refrigerantes pela prática de crimes tributários.
O primeiro escândalo estourou a partir da primeira denúncia com as operações:
- “Que Rei sou eu” em 2012, época em que a fábrica ainda possuía 700 empregos diretos;
- “Rei Posto” em 2018, para investigações sobre sonegação de impostos, ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro.
De acordo com o portal Estado de Minas, o advogado criminalista Marcelo Leonardo, contratado pelo empresário, questionou a forma como a operação foi conduzida.
Segundo ele: “nenhum auto de infração foi identificado contra a empresa”. Fora isso, de acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), primeiro se deve fazer o procedimento administrativo fiscal para depois fazer uma operação policial: “Estão invertendo a ordem legal dos procedimentos”– Afirmou ele na época.
Sobre as mais de 100 autuações que o MP diz ter movido contra o grupo, ele afirmou que a informação não procede.
Após isso, a empresa passou a ter diversas dificuldades para operar linhas de crédito e mediante bloqueios de recursos por parte da Justiça perdeu toda sua força competitiva.
Leiloando tudo
Fatalmente, não demorou muito para que a mesma tivesse sua falência finalmente decretada no ano de 2020, sem nem ao menos conseguir ter a aprovação do seu Plano de Recuperação Judicial.
Com essa determinação da justiça, a empresa foi obrigada a abrir mão de seu patrimônio, fazendo com que a organização tivesse todos os seus bens apreendidos, para o pagamento de suas dívidas, de seus credores.
Com isso, muitos ativos do grupo Del Rey foram colocados TODOS a leilão para o pagamento de seus credores como, por exemplo, um dos seus complexos mais importantes, o parque fabril, localizado em Ribeirão das Neves em Minas Gerais.
Neste caso, o lance inicial do leilão realizado por determinação da justiça foi de cerca de R$67 milhões.
Vale destacar que foi determinado na época que quem comprasse o parque fabril de Ribeirão das Neves teria como responsabilidade, uma área total de mais de 19 mil metros quadrados, as instalações, máquinas e equipamentos.
Além disso, haviam 65 marcas registradas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Porém, de acordo com o portal Capitalist, esse leilão foi impedido pela Justiça, em 2021, visto que o imóvel estava em poder das falidas em razão de comodato e foi arrecadado nos autos da falência, conforme item 1.1 do auto de arrecadação e de avaliação de bens.
O Grupo Del Rey ainda se encontrava naufragado em dívidas, com cerca de R$69,487 milhões em ativos contra R$3 bilhões em passivos.
Como ficou a situação do Grupo Del Rey afinal?
De acordo com o portal Capitalist, ainda em 2023, o impasse do leilão ainda não tinha se resolvido.
E até que esse contratempo legal se resolvesse, a história não teria um fim definitivo por não ter ainda um nome para arrematar a antiga fábrica do Grupo Del Rey.
De acordo com apurações feitas pelo Tv Foco, foi constatado que não há atualizações sobre o assunto, até então.
Vale destacar que não foram encontradas notas oficiais ou manifestações da empresa sobre o ocorrido, lembrando que o canal permanece aberto para que a mesma possa expor a sua versão dos fatos
Importância das bebidas do Grupo Del Rey:
O Grupo Del Rey sempre foi reconhecido no mercado de bebidas em uma trajetória com mais de 80 anos.
A companhia ainda foi ainda mais marcante para os consumidores após o lançamento das linhas:
- Guaraná Del Rey;
- Reizinho;
- Turn On;
- Disfrut.