Tente não se impactar ao saber detalhes sobre as lojas amada dos shoppings que acabaram dando prejuízo aos seus donos
Diante da atual situação financeira e econômica em que se encontra o Brasil, os mais diversos ramos de empresas estão enfrentando crises e situações delicadas.
Contudo, em meio a tantas notícias sobre gigantes do mercado, nada choca mais do que o caso de uma loja amada dos shoppings, que foi do auge ao fim retumbante e agora conta com prejuízo para milhões de donos.
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Bom, para melhor entender, estamos falando das famosas lojas de picolé gourmet, que sempre foram sucessos em shoppings, chegando a ser consideradas até como uma febre.
Atualmente essas lojas brigam para vender algumas unidades de picolés por dia, apelando para promoções como: de 12 reais por 2,50.
Vamos falar sobre o caso do empresário Luiz Svartman, que tinha uma sorveteria em Moema, bairro nobre da zona Sul de São Paulo. Ao observar as febres que eram as lojas nos shoppings, resolveu aderir ao tipo de comércio, porém, não deu muito certo.
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“Entrei na paleta porque era uma onda muito forte e eu tinha de surfar nela”, disse. Até meados de 2015, tudo se desenvolveu muito bem, porem, passado o tempo, as portas da paleteria, na Vila Madalena, já estavam fechadas. “O movimento não justificava o pagamento dos funcionários e do aluguel”, explicou.
Agora, portanto, conseguimos nos deparar com paletas que eram vendidas por cerca de 12 reais no início do ano, agora já pode ser encontrada por 2,50 reais em algumas lojas.
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Segundo especialistas, esse é o tipo de negócio que explode no início, mas tem vida curta. “É o mesmo que aconteceu com as lojas de cup cake, brigaderias, iogurterias. Esses negócios têm prazo de validade. É uma verdadeira corrida de cem metros”, avalia o consultor do Sebrae Marcelo Sinelli.
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De acordo com ele, as paleterias não vão desaparecer do mapa definitivamente, mas passar por uma espécie de “seleção natural”. “Só as mais estruturadas perdurarão. E sem filas ou preços exorbitantes”, afirma.
O que dizem os donos desses estabelecimentos?
Para Ana Vecchi, diretora da consultoria de gestão Vecchi Ancon, alguns empresários entraram nesse ramo por confundir moda com tendência.
“Da noite para o dia, todo mundo virou sorveteiro. Essas modinhas costumam durar, no máximo, cinco anos. O problema é que muitos empreendedores confundem tendência e moda. Tendência é, por exemplo, a comida saudável ou artesanal”, explica.
Das marcas que ainda estão lutando no mercado, podemos citar a Los Paleteros, que tem mais de cem franquias, e a Los Hermanos, que mantém cinco lojas próprias em São Paulo, contudo, para se manterem, elas já passaram por um processo de reformulação.
A Los Paleteros criou mini quiosques, que exigem investimento menor e são mais versáteis. “Flexibilizamos o negócio para atender às necessidades do mercado”, disse Gean Chu, sócio da empresa.
Já a Los Hermanos reduziu pela metade o número de funcionários. “Recebo e-mails todo dia de gente querendo passar o ponto comercial. As pessoas viram as filas e acharam que era uma mina de ouro. Na verdade, era só um produto novo”, afirmou Marco Menzani, sócio da Los Hermanos.
Dessa forma, sabendo como a situação tem caminhado nos últimos anos, a saída sem dúvidas é continuar se reinventando, para que o negócio não acabe sendo enterrado, assim como já aconteceu com muitos outros.