Falência, lojas fechadas e adeus após 36 anos: O fim de 2 gigantes de SP, rivais da Riachuelo

Falência: o fim de 2 gigantes de SP, rivais da Riachuelo, choca clientes e transforma o varejo. Saiba mais

O cenário do varejo paulistano testemunhou transformações significativas ao longo das décadas. Empresas que antes dominaram o mercado enfrentaram desafios insuperáveis, resultando no fechamento de portas.

A acirrada competição por clientes, incluindo a disputa com nomes fortes como a Riachuelo, certamente marcou a trajetória de muitas marcas na capital paulista e em outras regiões.

A partir de informações divulgadas pelo portal “Veja SP”, a equipe do TV Foco, especializada em notícias sobre economia e negócios, traz agora mais detalhes sobre o assunto.

O legado da ducal na moda masculina

Uma dessas marcas emblemáticas foi a Ducal. Fundada em 1950, a loja rapidamente se tornou uma referência em moda masculina durante os anos 1960.

Seus produtos vestiam uma vasta clientela, desde cidadãos comuns até personalidades conhecidas. Ademais, a Ducal consolidou sua presença com lojas em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Os desafios econômicos e o declínio

Entretanto, o sucesso inicial não perdurou por muitas décadas. A alta inflação brasileira na metade dos anos sessenta impactou severamente as finanças da Ducal.

O principal problema residia em seu sistema de crediário, que oferecia parcelas fixas sem correção monetária, gerando prejuízos consideráveis. Diante disso, outros negócios também tiveram sua falência decretada em situações econômicas desafiadoras.

Uma tentativa de recuperação ocorreu em 1966, mediante a união com a rede mineira de eletrodomésticos Bemoreira. Contudo, a estratégia não conseguiu reverter o quadro adverso.

Ademais, mudanças nos padrões de moda e no comportamento do público consumidor contribuíram para o declínio da empresa.

A trajetória da Ducal encerrou-se em 1986, com o fechamento de sua última unidade localizada em Duque de Caxias (RJ). Assim, a empresa completou 36 anos de história antes de seu adeus definitivo.

Mappin, um ícone paulistano

Outro gigante do varejo que deixou saudades em São Paulo é o Mappin. Inaugurado em 1913, o estabelecimento da Casa Anglo Brasileira na Praça Ramos tornou-se um verdadeiro cartão postal.

Seu fechamento, ocorrido anos mais tarde, certamente abalou muitos consumidores e o comércio local. Ao longo de sua existência, o Mappin expandiu suas operações abrindo diversas filiais.

Além disso, a empresa inovou ao introduzir, já nos anos 50, a primeira loja da metrópole a contar com estacionamento próprio, localizada na Avenida São João.

Como o Mappin chegou ao fim?

Apesar de sua longa e marcante presença no comércio paulistano, a empresa também enfrentou dificuldades financeiras significativas no final do século XX.

Consequentemente, o Mappin teve sua falência decretada em 1999, encerrando um ciclo de atividade que ultrapassou oito décadas, marcando o fim de uma era para muitos consumidores.

Diversos fatores podem levar ao encerramento de grandes empresas varejistas ao longo do tempo. Entre eles, podemos listar:

• Instabilidade econômica e processos inflacionários persistentes.
• Mudanças rápidas nos hábitos e preferências dos consumidores.
• Intensa concorrência de mercado com novos e antigos competidores.
• Dificuldades na gestão de crédito, capital de giro e fluxo de caixa.

Considerações finais

Dessa forma, a história da Ducal e do Mappin ilustra a dinâmica inerente ao mercado varejista. Mesmo empresas consolidadas podem sucumbir a pressões econômicas e transformações sociais.

Embora tenham fechado suas portas físicas há anos, o legado dessas marcas permanece na memória afetiva de muitos paulistanos e brasileiros.