Montadora gigante de carros acaba de ter seu fim escandaloso exposto
E uma gigantesca e famosa montadora de carros, presente na Região Metropolitana de São Paulo, mais precisamente em São Bernardo do Campo, acaba de ter desfecho escandaloso exposto ao público, em meio à falência decretada, calote e até mesmo abandono.
Se trata da Karmann-Ghia, responsável pela produção de alguns dos carros mais desejados na história da indústria automotiva brasileira.
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Fundada ainda na década de 60, em São Bernardo do Campo, a Karmann-Ghia produziu entre 61 e 74 as duas gerações do esportivo da Volkswagen que levava seu nome, o Karmann-Ghia e o Karmann-Ghia TC.
Após o encerramento da produção dos Volkswagen, a Karmann-Ghia continuou fabricando componentes para outras fábricas e montadoras.
Falência decretada e escândalo exposto
Apesar da montadora ter tido a sua falência decretada no ano de 2016, mais precisamente em novembro, alguns capítulos do seu fim escandaloso foram expostos entre os anos de 2022 até um pouco antes do inicio deste ano de 2024.
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Apenas para vocês entenderem o que aconteceu com ela, de acordo com o portal Flatout, o pedido de falência foi feito ainda em junho de 2016, pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Pedido tal motivado pelo escândalo de abandono da fábrica pelos atuais proprietários, que ainda cometeram um calote deixando cerca de 300 funcionários sem salários desde dezembro.
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Fora esse número, a montadora ainda deixou outros 300 que haviam sido demitidos sem os direitos da rescisão de contrato.
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Para impedir a retirada do maquinário por credores da Karmann-Ghia, um grupo de trabalhadores estava acampado nos portões da fábrica na Via Anchieta desde maio de 2016.
A Karmann-Ghia vinha passando por dificuldades financeiras desde 2008, quando a família Karmann deixou o negócio. Desde então a fábrica foi vendida outras quatro vezes e se encontrava em uma disputa judicial entre o proprietário anterior e o atual.
Nos últimos anos a principal cliente da Karmann-Ghia era a Fiat, que comprava entre 60% e 70% dos componentes ali produzidos. Contudo, com a crise e a queda na produção de veículos, os pedidos foram reduzidos e a fábrica paulista não conseguiu manter seu funcionamento.
Qual foi o desfecho do caso da Karmann-Chia?
Agora, após um imbróglio que se arrastou por sete anos, desde o decreto da falência da Karmann-Ghia, os pagamentos de salários atrasados e verbas rescisórias aos cerca de 600 trabalhadores da época, iniciado em 2022, finalmente foi concluído em dezembro 2023.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Carlos Caramelo, que acompanhou o drama dos operários desde o início, a Karmann-Ghia foi vítima de sucessivos golpes, o que dificultou encontrar uma solução de curto prazo para a fabricante de autopeças e seus funcionários:
“Quando pensávamos que alguém assumiria a empresa e os trabalhadores poderiam voltar a trabalhar ou, então, ao menos receber seus direitos, surgia mais um revés.
Novos investidores anunciavam a penhora de alguma máquina como garantia para obter um empréstimo e depois descobríamos que o equipamento já havia sido penhorado antes.
Ou então eles conseguiam recursos e simplesmente desapareciam da empresa. A Karmann foi alvo de muita bandidagem.”– Disse ele