Comprada por rival e falência: O adeus de montadora de motos gigante, rival da Honda, após anos no Brasil

Montadora de motos declarou falência

Abrir um negócio não é uma das tarefas mais fáceis do mundo. Isso porque uma série de situações podem levar ao fim de um grande empreendimento. Dessa vez, por exemplo, falaremos sobre o fim de uma montadora de motos gigantes, rival da Honda.

Para quem não sabe, estamos falando sobre a Fábrica Brasileira de Motos, (também conhecida como Fábrica Brasileira de Motocicletas) ou simplesmente FBM. Durante anos, ela foi uma fabricante brasileira de motocicletas de alta cilindrada, sediada em Cachoeirinha, no Rio Grande do Sul.

A montadora foi fundada em 1973 pelos empresários uruguaios Angel Jacobo Falkas Guelman e Armando Hugo Secco. Iniciou em um pequeno galpão fabricando motos simples off-road e ciclomotores em parceria com a argentina Zanella, que por sua vez possuía motorização de baixa cilindrada 2 tempos.

Em 1983, devido à alta concorrência das japonesas Honda e Yamaha no mercado de baixa cilindrada, a montadora decidiu descontinuar alguns modelos de suas motos em busca de parcerias para fabricação de motos de cilindrada mais alta. Tentaram sem sucesso parcerias tecnológicas com a Benelli e a Kawasaki.

Fábrica Brasileira de Motos fechou as portas (Foto: Reprodução/ Internet)

A montadora teve pouca penetração, devido à comparação com as japonesas similares. Em 1986, a FBM altera seu nome social para MZ Simson do Brasil e lança uma versão mais atualizada da 250: a MZ 250 RSJ. Foram fabricadas 11.840 unidades entre março de 1984 e 1987, sendo muitas delas hoje disputadas por colecionadores.

Uma das motos fabricadas pela montadora que declarou falência (Foto: Reprodução/ Internet)

Quando a rival da Honda foi a falência?

Segundo informações do portal Motociclismo Online, a instabilidade econômica no Brasil, dificuldades financeiras de ambas empresas e falhas no acordo entre a matriz e subsidiária nacional, fizeram a MZ Simson falir em 30 de setembro de 1987. A MZ alemã entrou em crise financeira pós-reunificação e em 1996 foi comprada por um grupo da Malásia. Após diversas tentativas, fechou as portas em 2009.