Operadora promissora que tinha tudo para bater de frente com a Claro, acabou tendo suas portas fechadas após falência decretada
A crise financeira atingiu de forma avassaladora uma grande operadora de telecomunicações do país, resultando em uma dívida colossal de R$ 100 milhões. Este cenário desolador culminou no abandono de milhares de clientes e na inevitável falência da empresa, outrora tão poderosa quanto gigantes como a Claro.
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O colapso da operadora não apenas revela a fragilidade de grandes corporações diante de uma má gestão financeira, mas também deixa um rastro de incertezas para consumidores e o mercado de telecomunicações no Brasil.
Uma operadora de celular que parecia destinada ao sucesso devido ao seu baixo custo acabou falindo com uma dívida colossal. O projeto, com um orçamento superior a R$ 250 milhões, visava ser um modelo de negócios inovador no Brasil, com foco inicial na cidade mais populosa do país.
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A proposta era criar uma rede de telefonia móvel própria, oferecendo o melhor dos serviços pré-pagos e tarifas competitivas do pós-pago. Na teoria, parecia uma ideia promissora e revolucionária para o mercado brasileiro.
A estratégia da operadora era inicialmente conhecer o mercado, estabelecer uma base sólida de produtos e serviços, e depois expandir para o resto do país. A Aeiou oferecia chips gratuitos com uma recarga mínima de R$ 20 e operava totalmente online, uma grande novidade na época.
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Os usuários podiam acompanhar tudo pelo site da operadora. O custo das chamadas era de R$ 0,14 por minuto para a mesma rede e R$ 0,63 para outras operadoras e telefones fixos. A proposta era ser uma empresa jovem, moderna, focada na web e flexível para o consumidor, mas a adesão dos usuários foi aquém do esperado.
Dificuldades
Segundo o Pronatec, naquela época, a conexão de banda larga no Brasil era uma das piores do mundo, dificultando o acesso à internet. Também não era simples fazer recargas com cartão de crédito ou conta bancária como hoje.
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Os primeiros clientes relatavam um sinal de telefonia instável e frequentes falhas. Além disso, os chips demoravam a ser entregues, com atrasos de mais de um mês. A operadora não conseguiu cumprir suas promessas aos clientes, que ficaram sem respostas, acumulando dívidas altas e uma base de clientes em declínio em apenas dois anos.
Falência
Dentro de dois anos de operação, a Aeiou não conseguiu pagar seus clientes e fornecedores, acumulando uma dívida que ultrapassava R$ 150 milhões. Em 2010, a empresa enfrentava 24 processos por reintegração de posse, execuções de títulos, despejo e pedido de falência.
A operadora desapareceu do mercado, agravada por uma suposta ligação do presidente da Aeiou com Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil da época.
Qual a operadora que tem o melhor sinal?
De acordo com relatórios recentes da Opensignal, a Claro ficou em primeiro lugar em “Experiência de velocidade de download”, o que significa que seus clientes tiveram a velocidade média de download mais rápida.