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FIM DEVASTADOR!

Falência: O Fim de loja de móveis nº1 do Brasil e o calote de R$100 milhões após 71 anos de existência

23/08/2024 às 8h20

Por: Lennita Lee
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Loja tradicional de móveis passou por reestruturação mas acabou tendo falência decretada após 71 anos (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Estadão/Canva)

Loja gigantesca de móveis e eletrodomésticos não conseguiu se reerguer e teve sua falência decretada após 71 anos de história, deixando milhares de clientes e o mercado local devastados

O mercado mobiliário desempenha um papel crucial na economia brasileira, gerando empregos e contribuindo com exportações. Inclusive, inúmeras varejistas se consolidaram com louvor nesse setor sendo reconhecidas até hoje como as maiores referências na hora de montar um lar.

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Falando nisso, uma dessas marcas que inclusive rivalizava com tais nomes do mercado, acabou tendo um desfecho triste e escandaloso após fechar as suas portas e alegar falência em meados julho de 2017, na região sul do país.

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Estamos falando da Manlec, rede varejista de móveis e eletroeletrônicos, fundada ainda em 1953, como uma pequena fábrica de móveis no Bairro Bom Fim. A entrada no varejo ocorreu pra valer em 1967, aonde ela foi considerada a nº1 do segmento na época.

Tradição pede socorro!

De acordo com o portal Valor Econômico, após uma série de problemas, ela pediu pela sua recuperação judicial em agosto de 2014, quando a mesma apresentou um plano de pagamento das dívidas com deságio de 43,7% sobre o “calote” em dívidas que chegavam a R$ 105,4 milhões.

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A mesma ainda tinha dívidas trabalhistas na casa dos R$ 9 milhões, referentes a verbas rescisórias, férias e décimo-terceiro salário, o deságio proposto é de 30%, com pagamento em 12 meses.

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Isso sem falar no passivo de R$ 96,3 milhões com 249 credores quirografários e com garantias reais (bancos e fornecedores), a proposta de deságio é de 45% e o prazo de pagamento, de 240 meses, após 18 de carência. Em ambos os casos foi prevista uma correção de 1% ao ano.

Conforme declarado pelo advogado Fernandes Jr, na época, a aprovação do plano era necessária para recuperar o fôlego da varejista, cuja qual enfrentava a falta de capital de giro para comprar mercadorias.

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A Manlec operava com potencial de faturamento médio mensal de R$ 5 milhões e essa reestruturação poderia promover para a mesma o retorno aos tempos de glória, como em 2013, quando a receita bruta anual foi de R$ 223,8 milhões, em cerca de cinco anos.

Desde a aprovação do pedido de recuperação, a Manlec chegou a reduzir os custos administrativos em 40%, fechou 6 das 38 lojas que tinha no Rio Grande do Sul, desativou a loja virtual, o sistema de televendas e reduziu de 612 para 375 o número de funcionários.

A empresa começou a focar a operação em segmentos de produtos com “mais giro e lucratividade“- Conforme declarado pelo advogado.

A intenção com a sua recuperação era levantar de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões para capital de giro. Os bancos e fornecedores que optassem em continuar operando com a Manlec, durante a recuperação, teriam parte dos novos créditos pagos antecipadamente, porém ela não conseguiu escapar do pior …

Falência decretada

De acordo com o portal GZH, essa crise da varejista deveu-se ao endividamento bancário e aos altos custos do crédito nos últimos anos.

As principais dificuldades apontadas estava na queda nas margens em função da concorrência e das vendas financiadas sem juros nos cartões de crédito, aumento dos aluguéis de lojas, retração do mercado consumidor e alta da inadimplência.

Porém, em meados do dia 27 de julho de 2017, a Justiça decretou a falência da Manlec. Conforme a decisão, a Justiça entendeu que a empresa não tinha mais condições de operar, o que foi rebatido pelo advogado da Manlec, João Medeiros Fernandes Jr: “A empresa está enxuta, mas está saneada e é viável. Ficamos surpresos com a falência agora”

Naquela altura do campeonato, a empresa tinha apenas uma loja. A intenção era manter a operação e encerrar a recuperação judicial no fim daquele ano.

O advogado afirmou que iria recorrer da decisão, argumentando que a falência prejudicaria os esforços para pagar, por exemplo, os R$ 12 milhões de dívidas trabalhistas, cuja qual provocou uma onda de protestos:

“Tínhamos conseguido progresso em um terreno da empresa e que seria mais valorizado para venda agora”

Não foram encontradas notas oficiais por partes dos proprietários da varejista sobre o assunto, porém o espaço permanece aberto caso a mesma queira expor a sua versão dos fatos.

Qual foi o real desfecho da Manlec?

Apesar os esforços, a falência e desaparecimento da Manlec do mercado foi de fato concretizada. Vale mencionar que a mesma havia completado 71 anos de existência antes do fim.

Esse fim deixou um profundo vácuo no varejo do Rio Grande do Sul. A empresa era mais do que um mero ponto de venda; era parte da cultura local, com suas lojas sendo um ponto de encontro para as famílias gaúchas durante gerações.

De acordo com o portal Monitor Mercado, esse episódio ainda levantou questionamentos sobre a gestão de empresas veteranas em um contexto de rápidas mudanças econômicas e tecnológicas.

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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