QUEBRA E ADEUS!

Falência decretada pelo Banco Central, engolido pelo Santander e +: Fim decadente de 3 grandes bancos de SP

17/12/2024 às 6h00

Por: Lennita Lee
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Três Bancos têm fim decadente, incluindo intervenção do BC, após décadas em São Paulo (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva)

Entenda como a falência e fim de três grandes bancos impactou o mercado financeiro de São Paulo e quais foram as consequências no setor econômico como um todo

O sistema financeiro de qualquer país é a espinha dorsal de qualquer economia, permitindo a circulação de recursos e a realização de investimentos.

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Contudo, nem mesmo as grandes instituições bancárias estão isentas de passar pelas crises, vendas a rivais e até mesmo as temidas falências.

Inclusive, tais quebras podem causar impactos devastadores, gerando instabilidade, desemprego e perda de confiança.

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A história de três casos de quebras que assolaram o país, especialmente em São Paulo, a locomotiva do Brasil, impactando fortemente a grande metrópole:

  • Caderneta de Poupança Delfin;
  • Banco Sudameris;
  • Banco Cruzeiro do Sul.

Sendo assim, a partir de informações divulgadas pelo portal Wiki e pela revista Veja S.Paulo, a equipe especializada em economia do TV Foco traz mais detalhes de cada um desses casos e como o “fim decadente” desses nomes impactaram os brasileiros e seus correntistas:

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Caderneta de Poupança Delfin:

Primeiramente, iremos começar a lista falando da Caderneta de Poupança Delfin, propriedade do ex-ministro Delfim Neto, a qual figurou como uma das maiores instituições de poupança do Brasil até sua liquidação, em 1983:

A instituição atraiu milhares de investidores com promessas de segurança e retorno financeiro através de títulos de capitalização. 

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No entanto, o colapso da Caderneta de Poupança Delfin deixou um rastro de desespero entre os clientes:

  • Apesar de não ter muitos detalhes de sua história divulgados de forma pública, ainda hoje, décadas após o fechamento, muitos investidores ainda lutam para reaver valores aplicados;
  • Na época, as autoridades financeiras anunciaram a liquidação sem apresentar soluções claras para os poupadores, agravando o sentimento de abandono;
  • O impacto foi profundo em São Paulo, principal praça da instituição. A quebra comprometeu o consumo e aumentou a desconfiança do público nas instituições financeiras, criando um efeito dominó que durou anos.
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Não há registros de declarações públicas suas em defesa, no entanto, o espaço permanece em aberto se a mesma ainda desejar expor sua versão dos fatos.

Banco Sudameris: 

Fundado em 1900 como Banco Commerciale Italiano de São Paulo, o Sudameris expandiu e se transformou até enfrentar dificuldades no final dos anos 90:

  • A aquisição do Banco América do Sul, em 1998, revelou-se desastrosa, com prejuízos decorrentes de uma carteira de crédito de baixa qualidade e custos elevados;
  • Após sucessivas injeções de capital e tentativas de reestruturação, o grupo controlador, o Intesa, decidiu vender o banco; 
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Banco Sudameris (Foto Reprodução/ Internet)
  • Em 2003, o ABN AMRO Real, adquiriu o Sudameris por R$ 2,3 bilhões, encerrando um ciclo de quase um século de operações. 
  • Porém, em 2007, o ABN AMRO Real passou a ser do Santander.
  • A venda marcou o início do fim do banco como entidade independente, mas a transição foi lenta, só sendo concluída em 2007, o que acabou fazendo com que, na verdade, o mesmo fosse engolido pelo Santander.

A situação impactou principalmente São Paulo, onde o banco concentrava suas operações e era referência para clientes de alta renda e pequenas empresas.

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O Banco Real foi comprado pelo Santander (Foto Reprodução/Internet)

Banco Cruzeiro do Sul:

Fundado em 1989 como um desdobramento da Cruzeiro Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM), parte do Grupo Pullman, o Banco Cruzeiro do Sul passou por transformações significativas ao longo de sua história. 

A partir de 1993, sob o controle da família Índio da Costa, o banco viveu uma ascensão meteórica, destacando-se como um dos principais agentes financeiros do Brasil até sua queda definitiva em 2015:

  • O Banco Cruzeiro do Sul passou a ser um dos mais importantes do setor financeiro, especialmente em São Paulo, onde concentrou grande parte de suas operações;
  • Em 1994, a instituição tornou-se agente do BNDES, atuando no crédito de longo prazo e no financiamento de empresas, com destaque para o programa FINAME;
  • A parceria consolidou a relevância do Cruzeiro do Sul no mercado financeiro;
  • A partir de 2003, o banco foi designado dealer oficial pelo Banco Central, passando a intermediar operações de títulos do Tesouro Nacional e derivativos no mercado secundário. 

Todas essas conquistas fortaleceram sua visibilidade e atratividade, consolidando sua reputação.

Além disso, em 2004, o banco entrou no segmento de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS e, em 2005, lançou cartões de crédito com cobrança consignada, ampliando sua base de clientes.

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Banco Cruzeiro do Sul (Foto: Reprodução/ Internet)

Fim decadente:

No entanto, os primeiros sinais de dificuldades surgiram em 2011, quando a agência Moody’s rebaixou a classificação de risco do banco, citando problemas na captação de recursos e deficiências na gestão financeira:

Em junho de 2012, o Banco Central interveio na instituição após rombo financeiro de R$ 1,3 bilhão, resultado de créditos fictícios registrados em seus balanços.

  • Naquele momento, o patrimônio líquido do banco era negativo em R$ 150 milhões;
  • Apesar de tentativas de negociação com possíveis compradores, como o Banco Santander, a situação se deteriorou rapidamente;
  • Em setembro de 2012, o Banco Central decretou a liquidação da instituição, marcando o fim de suas operações.

Quando o Banco Cruzeiro do Sul faliu de vez?

Em agosto de 2015, a Justiça decretou oficialmente a falência do Banco Cruzeiro do Sul, bloqueando os bens dos controladores para responsabilizá-los pelo prejuízo financeiro.

Os credores, investidores e correntistas ficaram no centro de uma das mais complexas liquidações judiciais do setor bancário brasileiro. 

O caso revelou fragilidades no sistema regulatório e na governança bancária.

Os controladores do banco, liderados por Luís Felippe Índio da Costa, alegaram que a intervenção do Banco Central foi precipitada e que o Cruzeiro do Sul poderia se recuperar.

Entretanto, os auditores e as investigações apontaram irregularidades significativas, como a emissão de créditos fictícios e má gestão contábil.

As alegações dos controladores não foram suficientes para evitar a responsabilização. Bens foram bloqueados e parte das dívidas foi paga por meio da venda de ativos.

Considerações finais:

Em suma, o sistema financeiro permite a circulação de recursos e investimentos. 

No entanto, grandes instituições bancárias também enfrentam crises, vendas a rivais e falências, causando instabilidade e desemprego. 

Três casos notáveis em São Paulo incluem a caderneta de poupança HASPA, o Banco Sudameris e o Banco Cruzeiro do Sul. 

Essas quebras tiveram impactos profundos, gerando desconfiança e retração econômica. Mas, para saber outros casos como os mencionados neste texto, clique aqui*.

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Banco Haspa
Banco Santos
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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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