Falência por causa de “traição”: Montadora gigante de carros acaba extinta no Brasil após 40 mil vendas

O fim de gigante montadora de carros após 40 mil vendas em todo o país

Manter uma grande empresa no Brasil, sem sombra de dúvidas, não é uma tarefa nada fácil. Isso porque qualquer momento de instabilidade na economia pode provocar uma desordem e levar ao fracasso. Inclusive, quem enfrentou essa situação foi uma famosa montadora de carros.

De acordo com o portal UOL, a fabricante com ideias arrojadas, que se destacou no mercado nacional, vendeu 40 mil carros de 20 modelos diferentes. Além disso, produziu diversos protótipos que não saíram do papel ao longo de sua trajetória, entre 1969 e 1996.

A gigante em questão trata-se da fabricante Gurgel Motores, que ficou conhecida em território brasileiro pelos seus modelos de carros que foram uma explosão de sucesso na época.

Fundada em 1 de setembro de 1969, pelo engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, a Gurgel foi uma das grandes montadoras brasileiras, que pareceu sempre estar a frente de seu tempo em relação as rivais da época.

Tendo como seu primeiro carro, o Bugue Ipanema, que utilizava um motor Volkswagen, foi um dos responsáveis pelo começo de uma grade história.

Entretanto, o que era para terminar em um final feliz e continuar com seu legado histórico de criação de carros extraordinários, teve seu fim decretado. Conforme informações do UOL, o processo de falência da gigante de carros, iniciou nos de 1990, quando as grandes montadoras internacionais como a Fiat, Chevrolet e mais, ganharam a isenção dos impostos pelo governo brasileiros, que resultou na consequência da concorrência com o mercado estrangeiro.

Assim, a Gurgel acabou ficando para trás, uma vez que suas rivais passaram a tomar espaço e se tornar as queridinhas dos brasileiros.

Um dos pontos que influenciou na decadência da empresa, foram a pressão das fabricantes sobre fornecedores contra o compartilhamento de peças com a Gurgel e atrasos do BNDES para repassar recursos aprovados para a construção de uma nova fábrica.

Além disso, durante entrevista à Folha de S.Paulo, no ano de 2001, Fernando do Amaral Gurgel, filho do empresário João Augusto Gurgel, culpou os governos do Ceará e de São Paulo pela queda da empresa.

Isso devido uma “traição”, ao qual ele alega, por parte dos ex-governadores Ciro Gomes (PDT, na época PSDB), do Ceará, e Luiz Antônio Fleury Filho, de São Paulo, falecido no ano de 2022.

Ciro na época, se manifestou sobre o ocorrido e expôs que os acordo feitos com a fabricante foram quebrados devido dívidas que não foram pagas com os bancos, resultando na responsabilidades para os governos.

Ainda, se acordo com a Wilkipedia, em meio a falência declarada pelo Governo, a Gurgel conseguiu recorrer diante da decisão de falência e ficou ativa no mercado até setembro de 1996. Entretanto, mesmo após as tentativas de venda do terreno da empresa e seus veículos abandonados, a fabricante foi leiloada no ano de 2007, por quase R$16 milhões.

O que foi arrecadado com a venda, foi direcionado para dívidas trabalhistas, que envolveu um número de R$ 20 milhões. Vale destacar que a Gurgel deixou um lastro de R$280 milhões em dívidas.

Qual o carro da Chevrolet mais vendido no Brasil?

O carro mais vendido da Chevrolet, no Brasil, no ano de 2023, foi o Onix, com mais de 102.049 emplacamentos. Com esses números, o modelo alcançou a terceira colocação dos mais vendidos no ano. O Onix ficou atrás apenas do Volkswagen Polo (111.247) e o Fiat Strada (120.603).