Banco Tradicional Brasileiro acabou tendo sua falência decretada em meio a um desfecho escandaloso e prejuízos
E um banco tradicional, que marcou a história do nosso país, acabou tendo sua falência decretada após ser alvo de um verdadeiro escândalo. que chocou o país na época, levando milhares de clientes ao prejuízo.
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Estamos falando do Banco Fluminense da Produção fundado e sediada na cidade serrana de Petrópolis, estado do Rio de Janeiro, em 21 de junho de 1941.
Quem presidia a instituição nos primeiros anos, foi Augusto Maria Martinez Toja e, após novembro de 1944, passou a ser presidido por Francisco Campos, tendo como diretor-superintendente Octacílio Negrão de Lima.
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Foi então, que em 1946, Edson Passos tornou-se um dos diretores do Banco.
História e tradição
De acordo com informações obtidas pela Wiipédia, o Banco Fluminense foi considerado a maior rede bancaria do antigo estado do Rio de Janeiro, com agências em várias localidades e tinha como lema: “Força econômica a serviço da coletividade”.
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Vale dizer que ele foi uma das primeiras três matrizes de bancos comerciais existentes na cidade de Petrópolis no período compreendido na primeira metade do século 20.
Seus concorrentes na época eram o Banco Construtor do Brasil S.A e a Sociedade Cooperativa de Responsabilidade Limitada Banco de Todos, cujas sedes ficavam no Centro da cidade.
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O Banco Fluminense foi criado para integrar o Estado do Rio de Janeiro, na evolução bancária nacional, de maneira a pegar todo o protagonismo em crédito bancário para si.
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Até então, o Estado do Rio de Janeiro, não dispunha de um grande banco que estivesse sediado em seu território e que fosse dotado de agências em todas as suas cidades.
Com iniciativa da ação particular liderada por Augusto Maria Martinez Toja e o apoio do governo estadual exercido por Ernâni do Amaral Peixoto, surgiu o Banco Fluminense da Produção no ano de 1941.
1-Perfil de clientes
Ele tinha como público alvo:
- Produtores rurais e comerciantes e industriais: Para que guardassem e/ou investissem aquilo que pudessem de seus ganhos com a produção rural.
- Algumas prefeituras
- Governo estadual: Por vezes o poder público o utilizava para suas operações financeiras e depósitos de seus aportes financeiros)
Fora isso, ele também chegou a financiar o transporte público e rodoviário.
2- A queda
Apesar de toda a sua pompa no mundo dos negócios, em 1948, o Conselho da Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc) recomendou que o Banco Fluminense da Produção pedisse sua liquidação, na forma da Lei.
A justificativa do orgão foi baseada em afirmações de que o banco já estava sem qualquer condições de continuar operando.
Quando que a falência do Banco foi decretada?
Com a concordata Banco fez com que as suas operações de crédito, cujas quais era seu carro chefe, fossem paralisadas e que os depósitos de mais de 10 mil pessoas fossem perdidos, causando grande impacto na economia fluminense.
A falência judicial do banco foi finalmente decretada no dia 26 de dezembro de 1950, com sérios prejuízos aos seus credores e cerca de trinta e sete mil depositantes.
Esse fato escandaloso repercutiu até nos discursos da Câmara dos Deputados.
Pra piorar o que já era ruim existiam especulações que apontavam o ex-governador do Estado do Rio de Janeiro, Ernâni do Amaral Peixoto, de ter usado um “testa de ferro” para tornar-se um sócio oculto do Banco Fluminense da Produção.
Segundo estes relatos, Amaral Peixoto seria o real responsável pela crise da instituição. Sobre estas insinuações Amaral Peixoto procuraria defender-se afirmando no programa de rádio Panorama Fluminense, da Rádio Guanabara do Rio de Janeiro.
Veja na íntegra o discurso exibido de Amaral:
“Lamentamos apenas que a calamidade que nos aflige venha servindo de pretexto a explorações políticas por parte de homens que, indiferentes à sorte do povo, agem somente em função de suas ambições e para satisfação de seus ódios.
Intrigas e misérias de toda sorte tem sido veiculadas. Espalham que sou o maior acionista do banco e afirmam, reservadamente, que devo ao mesmo alguns milhões de cruzeiros.
Os meus amigos podem ficar tranquilos. Não sou acionista do Banco Fluminense da Produção, nada lhe devo, nem tenho com o mesmo qualquer ligação.
Acompanhei sempre com simpatia seus desenvolvimentos pelos bons serviços prestados ao Estado do Rio. Como Interventor Federal procurei ajuda-lo, sempre dentro dos limites do razoável.
Quando a Tesouraria do Estado dispunha de saldo superior a 30 milhões de cruzeiros, o depósito nesse banco foi de apenas dois ou três milhões.”