Rede gigantesca de supermercados sucumbiu à crise e à falência após enfrentar uma série de dificuldades financeiras, com desfecho chocante após 44 anos
No Brasil, as redes de supermercado em geral desempenham um papel essencial na economia e na vida cotidiana da população.
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Mesmo porque, além de serem responsáveis pelo abastecimento de produtos básicos, como alimentos e itens de higiene, elas facilitam o acesso aos bens de consumo e atuam como um dos maiores empregadores do país.
O setor ainda é responsável por:
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- Conectar o produtor ao consumidor;
- Sustentar cadeias de fornecedores;
- Movimentar uma grande fatia do PIB nacional.
Impactos devastadores:
Sendo assim, quando uma grande rede de supermercados enfrenta uma crise financeira ou chega à falência, o impacto vai muito além de suas prateleiras.
Até porque, a população sente diretamente os efeitos por conta do
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- Desemprego;
- Interrupções abruptas de um serviço essencial;
- Aumento de preços devido à redução da concorrência local.
Dito isso, o desaparecimento de uma rede de supermercados se reflete não apenas no setor varejista, mas na estrutura econômica e social de todo o país.
Inclusive, a equipe especializada em história das empresas, do TV Foco, baseada em informações divulgadas através do portal Wiki, traz mais detalhes sobre um desses casos: O da rede Casa da Banha.
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Um império
O fim das Casas da Banha remontam o ano de 1999, quando ela fechou suas portas e teve a sua falência decretada, após 44 anos atuando no país.
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Aliás, a notícia da sua quebra devastou e entristeceu milhares de consumidores, cujos quais se dirigiam a ela para obter o que havia de melhor em produtos.
Apesar de ter sido fundada em 1955, o seu BOOM veio quando ela passou a patrocinar o eterno Velho Guerreiro Chacrinha, nos anos rebeldes e coloridos da década de 70.
Tanto é que o saudoso apresentador costumava jogar bacalhau para a plateia em seu programa de auditório, na antiga TV Tupi, dando alusão aos produtos da rede.
Falência:
O juiz Luiz Felipe Salomão, da 2ª Vara de Falências e Concordatas, tomou a decisão de decretar a falência, conforme noticiou o portal Diário do Comércio.
- O advogado da empresa, Alfredo Bumachar, afirmou que a decisão foi tomada após uma confissão da empresa feita na Vara.
- O juiz, por sua vez, deu um prazo de 20 dias para que os credores justificarem seus créditos e priorizou o pagamento das dívidas trabalhistas, estimadas em US$ 5 milhões na época.
Lojas fechadas:
No entanto, a crise se intensificou no ano 1986, com os planos econômicos heterodoxos do Governo Federal, como o Cruzado I e II.
De acordo com o advogado da empresa, esse “congelamento foi absurdo”.
Em 1991, a empresa implicou um controle e a contenção das empresas, bem como nos fechamentos de algumas unidades das lojas pertencentes a elas.
O advogado explicou que: “Na decretação do Plano Cruzado I, várias mercadorias vendidas pelas Casas da Banha estavam com preços promocionais e, com o congelamento, os preços tiveram de continuar a ser cobrados por um ano”
Além disso, a empresa ainda enfrentou o confisco do Plano Collor, cujo qual “agravou ainda mais o que já estava ruim” — conforme declarado pelo advogado.
Demissões:
Por fim, a empresa que chegou a ter em sua folha de pagamento cerca de 22 mil funcionários, em 1991, reduziu a apenas a 9 mil empregados restantes, com uma remuneração devida de apenas US$ 2 milhões.
Isso sem falar que venderam ou repassaram 149 unidades aos antigos donos para sanar dívidas.
Além disso, 75 delas permaneciam fechadas à espera de negociação, incluindo o tradicional Porcão.
Em 1992, a Casas da Banha dispensou mais 3,5 mil empregados por uma decisão judicial enquanto fechava gradativamente suas portas.
Já no ano seguinte, em 1993, a rede ainda foi alvo de 9 mil processos trabalhistas.
O número foi reduzido a 800, com o pagamento gradual de indenizações pedidas em 2,8 mil processos.
Ao procurar manifestações da empresa sobre tais demissões, as mesmas não foram encontradas. Mas, apesar do tempo, o espaço permanece aberto se assim desejar expor sua versão dos fatos.
Quais os direitos dos trabalhadores em caso de falência de empresas?
Em caso de falência, o trabalhador tem direito de receber os mesmos benefícios que teria em uma demissão sem justa causa, o que inclui:
- Salários atrasados;
- Férias vencidas;
- Proporcionais com acréscimo de 1/3;
- 13º salário;
- FGTS;
- Aviso;
- Multa de 40%;
- Seguro-desemprego
Para saber sobre mais falências e casos como esse, clique aqui*
Considerações finais:
A falência da Casas da Banha, uma das maiores redes de supermercados do Brasil, revelou o impacto devastador que crises econômicas e má gestão podem ter no varejo e na vida dos consumidores.
Fundada em 1955, a rede foi à falência em 1999 após enfrentar dificuldades com políticas de congelamento de preços e planos econômicos federais.
Esse desfecho impactou milhares de trabalhadores e famílias, marcando um triste capítulo na história do varejo brasileiro.