O QUE ROLOU?!

Falência devastadora e adeus: Varejista popular que nem a Magalu tem 120 lojas fechadas após 45 anos

Varejista, tão grande quanto a Magalu, teve falência decretada após 45 anos (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/Magalu)

Varejista, tão grande quanto a Magalu, teve falência decretada após 45 anos (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/Magalu)

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Não é nenhuma novidade que o varejo brasileiro sempre enfrentou quedas dramáticas ao longo das décadas, afetando até mesmo os grandes nomes que, até então, eram verdadeiros impérios.

Um dos casos mais emblemáticos foi o da Arapuã, referência no setor de eletrodomésticos, que teve sua falência decretada duas vezes após anos de glória e influência.

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Ela, cuja qual já foi tão popular quanto uma Magalu é atualmente, acabou tendo uma falência devastadora, após 45 anos de existência.

Sendo assim, a partir de informações coletadas no portal Wiki, a equipe especializada em economia do TV Foco, traz mais detalhes sobre essa quebra e seus reais impactos.

As Lojas Arapuã foi uma das varejistas mais marcantes da história do país (Foto Reprodução/YouTube)

Do apogeu à queda …

Fundada em 1957, na cidade de Lins, interior de São Paulo, por Jorge Wilson Simeira Jacob, a Arapuã rapidamente se tornou um dos nomes mais importantes do setor:

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Erros estratégicos

No fim dos anos 80, Simeira Jacob, inspirado por uma visita aos Estados Unidos, decidiu focar exclusivamente em eletroeletrônicos, encerrando 120 lojas e reduzindo o catálogo de produtos de 7.500 para 700 itens.

A aposta isolada em um segmento tão volátil foi arriscada, e, com a instabilidade econômica da época, o resultado foi catastrófico.

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Em 1998, diante de um cenário econômico de altas taxas de juros e aumento da inadimplência, a Arapuã pediu concordata, acumulando dívidas que ultrapassavam R$ 550 milhões.

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Arapuã teve declínio após vários erros estratégicos (Foto: Reprodução/ Internet)

Mesmo tentando diversificar os produtos novamente, o impacto das escolhas passadas e a dificuldade de manter vendas a prazo agravaram sua situação financeira.

Inicio do fim …

Curiosamente, mesmo com a crise instalada, a Arapuã patrocinou o São Paulo Futebol Clube em 2001, durante o Torneio Rio-São Paulo.

A decisão de investir em marketing esportivo garantiu visibilidade, mas não aliviou sua condição financeira.

Porém, as dívidas ultrapassaram R$ 1 bilhão em 2002, levando a empresa a um plano de recuperação judicial que incluía o fechamento de lojas e demissões em massa.

Arapuã chegou a patrocinar o São Paulo (Foto Reprodução/X)

Na época, a empresa já acumulava 3 parcelas vencidas das concordatas. Mas, mesmo sob pressão, a Justiça não havia decretado a falência da empresa por confiar no seu plano de reestruturação.

Em julho de 2002, a Arapuã foi declarada falida em primeira instância, mas reverteu a decisão no TJ-SP, conseguindo adiar sua falência.

Em 2009, o STJ analisou o pedido de duas empresas para decretar a falência da devedora, visando garantir o pagamento de seus créditos.

Na ocasião, o STJ confirmou a falência da Arapuã por descumprimento da concordata pedida em 1998.

O tribunal aplicou a lei de falências de 1945 (vigente desde 2005), permitindo a recuperação judicial da empresa.

Quando aconteceu a falência definitiva das redes Arapuã?

Foi então, em junho do ano de 2020, que uma empresa credora, juntamente com o Ministério Público de São Paulo, recorreram da decisão da falência pela segunda vez.

Nesse meio tempo, a Arapuã aprovou um plano de recuperação judicial e alienou parte dos seus bens para o pagamento de parte das dívidas. Inclusive, ela chegou a afirmar que pagou alguns credores e dívidas trabalhistas.

A Arapuã teve seu pedido de recuperação judicial negado pelo STJ em 2020, devido ao descumprimento de acordo anterior e à existência de falência

Assim, os ministros do STJ decretaram, dessa vez definitivamente e pela segunda vez, a sua falência, por 4 votos a 1.

De acordo com a Folha de S.Paulo, a defesa da Arapuã não se manifestou, alegando possível recurso.

Apesar disso, é bom deixar claro que o espaço permanece aberto caso a mesma ainda queira expor sua versão dos fatos.

Considerações finais:

Para saber sobre mais falências e crises que assolaram o país, clique aqui*.

Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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