O QUE ROLOU?!

Falência, vendida por menos de R$0,10 à rival e +: 3 gigantes do varejo tem fim decadente no RJ

06/12/2024 às 4h00

Por: Lennita Lee
Imagem PreCarregada
Falência, crises e venda de 3 varejistas históricas marcaram a história do Rio de Janeiro (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva)

3 históricas e gigantes lojas varejistas tiveram fim decadente após falência, crises diversas e até mesmo ver seu negócio ser repassado à rival por menos de 10 centavos

O setor de varejo, historicamente dinâmico e competitivo, nunca esteve imune às crises econômicas e às mudanças nos hábitos de consumo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tanto é que muitos nomes fortes do comércio, que marcaram gerações, acabaram enfrentando o encerramento de suas atividades, ainda mais depois da pandemia, um dos períodos mais críticos que devastou o Brasil e o mundo.

Porém, essa realidade está bem longe de ser inédita: ao longo da história, diversas empresas icônicas foram à falência ou venderam seus negócios a valores extremamente baixos, fenômenos que ainda ecoam na memória coletiva.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Comércio do bairro da Tijuca, Rio de Janeiro na década de 90 (Foto: Reprodução/José Vasco / O Globo)

Falando nisso, no Rio de Janeiro, cidades e bairros inteiros foram impactados pelo desaparecimento de grandes varejistas que, outrora, faziam parte da vida cotidiana dos cariocas.

Dito isso, a partir de informações divulgadas pelo blog da Imobiliária Sérgio Castro, a equipe do TV Foco especializada em economia, separou 3 grandes casos que marcaram comércio carioca:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

  • Arapuã;
  • Supermercados Peg-Pag;
  • Casa Tavares.

1- Arapuã: A gigante dos eletrodomésticos

Iniciando a nossa lista temos a gigante e inesquecível Arapuã. Fundada à princípio em São Paulo, no ano de 1957.

Porém, a Arapuã rapidamente conquistou o Brasil, tornando-se referência no segmento de eletrodomésticos, incluindo no Rio de Janeiro, onde era amplamente reconhecida.

LEIA TAMBÉM:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No auge, na década de 90, a Arapuã já era a maior varejista de eletrodomésticos do país, mas enfrentou dificuldades devido a decisões estratégicas equivocadas, como:

  • A redução drástica do número de lojas;
  • Retirada de boa parte da sua linha de produtos.
As Lojas Arapuã na década de 80 (Foto: Reprodução/Internet)
As Lojas Arapuã na década de 80 (Foto: Reprodução/Internet)

A empresa, que chegou a faturar bilhões, viu seu império ruir após tentativas de recuperação judicial mal-sucedidas.

O Superior Tribunal de Justiça confirmou, em 2009, a decisão que decretou a falência da empresa em 2003.

A rede Arapuã teve falência confirmada no ano de 2009 (Foto: Reprodução/Veja SP)
A rede Arapuã teve falência confirmada no ano de 2009 (Foto: Reprodução/Veja SP)

Apesar da sua relevância, não foram encontrados relatos públicos da Arapuã sobre o encerramento de suas atividades.

Mas, caso a empresa ou seus representantes ainda queiram expor a sua versão, este espaço permanece aberto para esclarecimentos.

Para saber mais sobre a história da Arapuã, clique aqui*

Supermercados Peg-Pag – A ruína de um império

O Peg-Pag foi um marco do varejo brasileiro em São Paulo, em 1954, e expandiram suas operações para o Rio de Janeiro na década de 1960.

Com práticas inovadoras, como o sistema de autosserviço, promoções chamativas e lojas climatizadas, tornou-se um dos supermercados mais populares da cidade.

No entanto, a concorrência acirrada, especialmente com a ascensão do Pão de Açúcar, levou ao declínio da rede.

Peg-Pag foi uma rede de supermercados famosa no Brasil (Foto: Divulgação)
Rede de supermercados Peg-Pag (Foto Reprodução/Internet)

Em uma transação surpreendente para a época, o Peg-Pag foi vendido ao Grupo Pão de Açúcar por um valor de Cr$ 250 milhões, o atualmente valeriam em real menos de R$0,10 centavos, o que seria impensável nos dias de hoje.

Da mesma forma que a Arapuã, não há registros de manifestação da rede sobre sua venda ou encerramento.

Porém, este espaço também permanece disponível para um eventual pronunciamento.

Casa Tavares: Inovação da moda

Fundada em 1938 no Centro do Rio de Janeiro, a Casa Tavares foi uma das primeiras empresas a industrializar a confecção de roupas no Brasil, substituindo as tradicionais alfaiatarias.

Seus produtos acessíveis e inovadores conquistaram os cariocas por décadas. Tanto é que em 1985, ela lançou a marca subsidiária TACO, que aliás ainda existe no mercado.

Entretanto, na década de 90, a Casa Tavares encerrou suas operações, marcando o fim de uma era para o comércio carioca, por razões não encontradas.

Casa Tavares (Foto Reprodução/Montagem/#RIO)
Casa Tavares (Foto Reprodução/Montagem/#RIO)

Assim como as outras marcas mencionadas, a empresa não deixou registros públicos sobre os motivos do encerramento de suas atividades.

Mas, caso seus representantes desejem se manifestar, o espaço está aberto.

Quais são os direitos dos trabalhadores em caso de falência e encerramento de atividades?

O fechamento ou falência de uma empresa afeta não só consumidores, mas também funcionários, que possuem direitos garantidos por lei. De acordo com o portal Migalhas, os principais direitos estão:

  • Rescisão contratual: Os empregados têm direito ao recebimento das verbas rescisórias, que incluem saldo de salário, aviso prévio, férias vencidas e proporcionais com adicional de um terço, e 13º salário proporcional;
  • Multa do FGTS: Empregadores devem pagar uma multa de 40% sobre os valores depositados no FGTS em casos de demissão sem justa causa;
  • Prioridade no pagamento em casos de falência: A legislação brasileira prioriza dívidas trabalhistas em processos de falência, garantindo que empregadores paguem seus funcionários antes de outros credores;
  • Seguro-desemprego: Para aqueles que se enquadram nos critérios, é possível solicitar o benefício do seguro-desemprego.

Além disso, os trabalhadores podem recorrer à Justiça do Trabalho para proteger seus direitos, e os sindicatos atuam vigorosamente em seu apoio.

Thumbnail Video Youtube

Considerações finais:

Três gigantes do varejo brasileiro, Arapuã, Peg-Pag e Casa Tavares, enfrentaram um fim trágico após anos de sucesso.

Decisões estratégicas equivocadas, concorrência acirrada e a venda a preços irrisórios para concorrentes foram alguns dos fatores que levaram essas empresas à falência.

A história dessas marcas serve como um lembrete da fragilidade de grandes impérios comerciais e da importância de se adaptar às constantes mudanças do mercado.

Mas, para saber sobre outras falências e crises, clique aqui*.

arapuã
Casas Tavares
Lojas ícones do Rio de Janeiro
Peg- Pag
varejistas

Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.