Loja gigantesca, vista como uma das marcas mais icônicas do mundo da moda ressurge das cinzas após 10 anos
Em março de 2023, mesmo em meio a todo caos que o varejo enfrentava, uma das maiores lojas, reconhecida como uma das marcas mais conceituadas do mundo da moda, teve seu retorno triunfal, após 10 anos da sua “falência” no Brasil.
O fato fez milhares de clientes entrarem em festa mas, ao mesmo tempo, milhares de rivais do segmento entraram em desespero com a sua retomada ao mercado nacional.
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Estamos falando da gigante espanhola Mango, fundada ainda na década de 80 em Barcelona (Espanha),carregando consigo uma identidade de alfaiataria atemporal e um estilo casual clássico.
Do chão ao topo …
Antes de tudo é bom puxar na memória o que fez esse nome tão renomado “falir” em solo brasileiro.
Conforme publicado pelo portal Metrópoles, a Mango passou por fechamentos massivos de lojas físicas em São Paulo e no Rio de Janeiro, há 10 anos, mais precisamente no ano de 2013.
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Na ocasião ela até tentou se manter no país pelo e-commerce, mas o público ainda não tinha o costume de fazer compras on-line, pelo menos não como nos tempos atuais.
De acordo com o portal Exame, o até então vice-presidente de desenvolvimento comercial da Mango Internacional, José Gómez, atribuiu essa decisão à “elevada burocracia brasileira e aos impostos à importação de bens”
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Além disso, o diretor acrescentou que “a companhia reestruturou suas operações de venda eletrônica, de modo que os esforços do grupo deveriam se concentrar a partir de agora nesse segmento”
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Porém, ela voltou ao topo em nosso país por intermédio de uma parceria de peso com uma das empresas de e-commerce mais respeitada por aqui, a Dafiti.
Esse retorno ocorreu em meio aos investimentos da empresa para ampliar a internacionalização e enfrentar uma das suas maiores rivais do ramo, a também espanhola, Zara.
Vale dizer inclusive que a Zara, que está no mercado desde 1975, é referência até hoje quando o assunto é tendência e sofisticação.
Mas agora, com a Mango de volta na área, ela aterroriza não somente à Zara, como também outras rivais do mesmo segmento.
Vale esclarecer que o investimento em si não chegou a ser divulgado.
Fabio Fadel, diretor comercial da Dafiti, declarou à época que os produtos da Mango chegaram ao portfólio de itens do segmento premium do site, após uma negociação que durou longos nove meses.
O executivo afirmou que a escolha da Mango se deu pela relevância que ela tem mundialmente.
Voando ainda mais alto …
Com o seu retorno, a estratégia da Dafiti ficou ainda mais clara para os consumidores.
Isso porque o intuito da empresa ainda é manter a oferta do que há de melhor na moda democratizando o acesso às grandes marcas nacionais e internacionais.
Mesmo porque, a Dafiti entrega em todo o país e tem preços muito competitivos, fazendo a parceria ser ainda mais imbatível.
Vale dizer que a Mango está presente em mais de 115 países e possui mais de 2,6 mil lojas em todo o mundo.
Além disso, ela também conta com designers próprios, ofertando modelos diferenciados no mercado, com qualidade e a um preço acessível.
Fato esse que aumenta ainda mais o seu destaque, principalmente pela alta qualidade de seus produtos, bem como pela durabilidade de suas peças.
Entre todas as categorias disponibilizadas, se encontra uma grande variedade de malhas, suéteres e cardigans*
(*casacos mais longos feitos em sua maioria de lã).
Os consumidores também podem contar com opções de jeans, incluindo peças de diferentes modalidades, estilo e lavagens.
De acordo com o Diário do Comércio, a escolha da Mango pela Dafiti não poderia ser melhor, um vez que ela sempre conseguiu fazer o Brasil enxergar com bons olhos as marcas internacionais que estão chegando por aqui cada vez mais …
Segundo declarações do executivo da Dafiti, Flávio Dias, a credibilidade da Dafiti acaba viabilizando as marcas em enxergarem o espaço como a possibilidade de atuar em território nacional sem grandes riscos operacionais.
Isso graças a um bom relacionamento que a Dafiti já estabelece com inúmeras marcas globais, promovendo coleções e acima de tudo, respeitando o: “conceito (lifestyle) de cada marca, além de possuir um bom nível de serviço para todo o país”,
Seu público alvo
Ainda de acordo com Fábio Fadel, mencionado mais acima, a Mango lançou a “marca premium de entrada”, voltada a mulheres maduras das classes A e B, dispostas a pagar em torno de R$ 300, em média, por peça , e preços que variam de R$ 150 a R$ 500.
O que foi visto como um grande desafio para a Dafiti, a julgar pelos dados do relatório Webshoppers 47 elaborado pela NielsenIQ Ebit e obtidos com exclusividade pela Folha, em março de 2023.
Segundo um levantamento, feito ainda em 2022, o tíquete médio gasto na categoria moda e acessórios no Brasil foi de R$ 192, alta de 9% sobre os R$ 176 de 2021 (valores nominais).
Origens
Um fato bem interessante sobre a Mango é que, de acordo com o portal ” Mundo das Marcas”, Isak Andic Ermay, o pai da marca, durante sua viagem para Filipinas, comeu pela primeira vez uma manga.
Ao sentir o sabor da fruta, imediatamente decidiu usar o nome desta fruta tropical em sua nova marca de roupa.
A ideia original da nova loja baseava-se na criação de coleções de moda feminina que explorassem uma estética urbana, o que foi um verdadeiro sucesso até então …
O que pensa a Mango quando o assunto é concorrer com a SHEIN?
A categoria têxtil representou 4% do faturamento bruto do comércio eletrônico no ano de 2022, o equivalente a R$ 10,5 bilhões.
Estes dados não consideram os varejistas online estrangeiros (crossborders), como a SHEIN, que se tornou um fenômeno de vendas e só cresce no Brasil.
Porém, segundo informações divulgadas pelo portal Folha de S. Paulo, a expectativa é que a Mango, a longo prazo, consiga quebrar até mesmo os imbatíveis produtos vindos da china,
Entre 2022 a 2023, a varejista asiática gerou filas nas duas lojas pop-up que abriu em São Paulo e no Rio. Para 2024 ela promete continuar com os novos pontos de venda temporários.
Mas como mencionamos, essa concorrência com a popular Shein, que oferece fast fashion a preços incompatíveis, não está incomodando nenhum pouco a Mango, na opinião de Fadel:
“A cliente da Shein busca uma roupa com alguma informação de moda, que acaba sendo substituída com facilidade, já a cliente da Mango não quer nada tão perecível e sazonal e paga por itens de maior qualidade.” – Afirmou ele
Vale dizer que a Shein está bem à frente, até mesmo da Dafiti, entre outras varejistas, em 2024*.
(Para saber mais sobre o assunto, clique aqui*)